quinta-feira, 28 de setembro de 2006

I'll be back (risinho maléfico)...

É bom ter certeza que vou estar de volta. Nunca desejei tanto que chegasse outubro. Os 10 milhões de coisas continuam dando errado, mas e daí? Line Gilmore de vez em quando (muuuuuito de vez em quando) consegue abstrair e ser feliz com os detalhes que dão certo. E esperar o resto dar certo também.
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É bom lembrar que os amigos de escola continuam sendo amigos, que meu quarto continua sendo meu, que Melzinha continua histérica e abusada (inclusive andou futucando meu perfil no orkut esses dias), que ainda tem vaga pra eu tocar no Café com Literatura, mesmo sem valer nota, que finalmente vou ter tempo pra (tentar) cuidar do design do meu bloguinho (casa de ferreiro, espeto de pau, será?) e me organizar. Qualquer dia coloco aqui a listinha de resoluções de fim de período... uma delas é voltar a fazer listinhas.
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É bom saber que, de um jeito ou de outro, eu saí viva desses 6 meses, e que tá acabando, e eu vou passar sem ir pra a final. E que depois dessas férias, vou ganhar um tempinho (e perder de ganhar uma graninha no fim do mês) pra viver direito.
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Inspiração pouca, apesar da imensa quantidade de assunto. A propósito, uma listinha, pra eu me lembrar depois:

  • o tijolo demográfico, mais conhecido como CDU-Várzea, e os episódios nele ocorridos
  • minha estranha relação com a Igreja Batista da Capunga
  • os filhos que tive nesse período
  • O fim-de-semana
  • meus tours por Recife nos ônibus errados
  • as bizarrices do CAC
  • a descoberta coletiva de minhas coleguinhas sobre o tal DDA
Depois que chegar em casa (rua 14 de agosto, número 100), compareço de verdade. Ou não...
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(sondtrack: Jon Brion - Strings That Tie To You)
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off the record: a soundtrack acima é, pelo que me lembro, o primeiro repeteco do blog!! Quer dizer, em quase 7 meses de vida, meu repertório musical foi inédito nas horas de dizer Ni. Uau!

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

não-post

Extremamente cansada. Morrendo de vontade de escrever sobre o weekend fora de série com mamãe (que valeu cada loucura feita, mas de certa forma é a causa do acúmulo assustador de trabalhos sobre a minha cabeça), mas simplesmente não dá agora. até o final do semestre Line Gilmore não existe. Assim como não existem noites de sono e horas de não fazer nada, e horas de dizer Ni. Vão desculpando...
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(soundtrack: Eels - I Need Some Sleep)

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

busy

pergunta: o que uma pessoa faz quando tem uma quantidade absurda de trabalhos pra entregar nos próximos 5 dias e nenhum deles está concluído?
resposta mais do que óbvia: passa a noite inteira zanzando na internet com coisas inúteis.

só pra vocês sentirem o drama:

15/09
entrega de toda a produção de Desenho de Observação:

- 1ª avaliação: entregar sem falta todos os desenhos até sexta-feira, 15.
- desenhos de CONTORNO:, banco (cadeira), calçado, flor, mão + pé, palma de banana, rosto humano.
- desenhos com TONS (sombra): cilindro, cone, cubo e esfera.
- desenhos com as LINHAS DE SUPERFÍCIE: palma de banana, pimentão.
- desenhos de CONTORNO, TONS e LINHAS DE SUPERFÍCIE: rosto humano, açucareiro de inox, flor e folha seca.
- desenho com TONS e CONTORNO: 6 objetos escolhidos pelo aluno.

18/09
entrega das pranchas 23 e 24 (para quem ainda não entregou)
entrega das pranchas 25 e 26.

25 - perspectiva isométrica (mão livre)
26 - perspectiva isométrica (instrumento)

A prancha 27, perspectiva com vista explodida, será feita NA SALA DE AULA.

19/09
entrega das pranchas (definitivas) de IMAGENS.
poderão ser utilizadas texturas e/ou cores.

2 pranchas MANUAIS: imagens impressão obtidas através de fotografias utilizadas em anúncios, revistas, cartazes, etc.

2 pranchas IMPRESSAS: imagens digitalizadas obtidas em banco de imagens, ou manipulações com uso de software, podem usar dingbats, etc.

27/09
i
nício das apresentações dos seminários de Design Contemporâneo.

(calendário gentilmente envidado pra toda a turma por Maíra, nossa anjinha)

Ok, ok, não foi totalmente inútil. Escrevi quase meia página pra o seminário do dia 27, cuja reunião do grupo é sábado, consegui fazer as pranchas impressas de terça-feira e encaminhar uma das manuais. faltam as 2 perspectivas (pra segunda) e todos os desenhos de observação. Descobri que odeio desenho de observação... que ironia. E tenho quase certeza que se acender a luz e sentar à mesa na frente de uma folha de papel em branco com a maior paciência do mundo e um lápis com a ponta feitinha, durmo em menos de 2 minutos.
Mas fazer o quê? Vou lá. Me desejem sorte (se bem que a essa hora nem tem ninguém pra me desejar sorte... e o pior é que nem dá pra ouvir Strokes no volume máximo, que aí eu ficaria acordada, com certeza).


(soundtrack: um piano lindo do filme que está passando, que nem sei qual é, mas é de amor)

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

no place like home!

Line Gilmore postando de casa finalmente!!! só espero que seja eterna enquanto dure a conexão aqui... só tô pedindo a Deus uma coisa, pra lidar com as eternidades da net discada (na verdade só tô escrevendo hoje porque o gmail ainda não abriu, pra eu pegar uns trabalhos que tenho pra fazer):


Paciência - Lenine
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora, vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber?
A vida é tão rara


Foi a música que não saiu da minha cabeça desde o finzinho da tarde. Depois de dias difíceis, especialmente ontem, as coisas parecem finalmente estar entrando nos eixos. Mas não confio mais não, afinal, o que foi que eu disse no post passado sobre uma coisa dar certo e 10 mil darem errado logo em seguida? Tomara que eu erre de vez em quando.
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Eu tento ir na valsa...
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Torçam, orem, rezem, acendam vela, façam promessa, corrente, mentalizem positivo pra eu ser feliz. Ou sei lá, talvez eu seja.

foto meio Amélie Poulin... é o que dá uma menina sapeca + uma câmera + um espelho.


(soundtrack: Lenine - Paciência)

domingo, 10 de setembro de 2006

secretly falling apart

Eu sabia (e disse) que aquela tristeza vazia das tardes de sábado ia voltar qualquer dia desses. Voltou.
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É uma mistura de querer que tudo se ajeite e saber que nada vai se ajeitar tão cedo. É ter certeza de que se uma coisa dá certo, 10 mil dão errado, numa reação em cadeia, digna dessas típicas comédias de erros. É me sentir irresistível no espelho e totalmente desajeitada na frente dos outros. É falta de uma melhor amiga ao vivo, de conversar coisa séria olhando nos olhos (talvez eu fosse mais reservada aqui no blog se tivesse com quem dividir as neuras do dia a dia). É não atingir a cota diária de palavras ditas que toda mulher precisa. É, paradoxalmente, sentir que eu estava bem mais perto de certas pessoas quando conversava a 1200 km de istância, e não saber mais ler seus olhos nem me deixar ler. E saber que não posso fazer nada, ou não ter idéia do que se faz pra evitar isso, que é tão triste.
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É falta de um grande amor. De estar completamente entorpecida por um sorriso, um carinho, um par de olhos pretos. A gente vai parando de sonhar quando se machuca. Mas a vida é muito mais plena com sonhos e machucados do que sem nenhum deles... é não ter com quem sonhar.
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É falta de paciência, agonia de esperar, esperar, passar a vida esperando alguma coisa, geralmente mais que o possível. É me entender e me definir de um jeito tão claro, quase doentio, que não sobram mistérios a serem desvendados, nem por mim nem por ninguém. Quem é que sabe exatamente os motivos da própria tristeza, e abre desse jeito em público? Pessoas normais não fazem isso... Vai ver é esse o meu prolema, me entender(em) demais.
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É estar engordando, exatamente como minha mãe disse, e não ter força de vontade nenhuma pra me controlar um pouquinho, porque eu nunca precisei. Talvez se eu dormisse mais, não cpmesse tanto. E comer me sentindo culpada é a pior coisa, porque eu nunca precisei... é não estar feliz com o espelho, mas mesmo assim não parar de me olhar. E fazer um drama desses no blog por causa de 2 quilos me faz sentir pior ainda, como essas pessoas extremamente fúteis que vivem por uma calça jeans no lugar certo. Talvez eu seja assim mesmo, e aí fico me odiando e batendo a cabeça na parede.
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É a frustração de escrever tanto sobre sentimentos, sobre meu dia, sobre coisas bobas, e não conseguir conceber uma linha sequer pra o trabalho sobre design e cinema, cuja data de entrega/apresentação se aproxima de maneira cada vez mais assustadora. Ás vezes eu queria fazer dos meus dramas coisas diferentes de palavras. Porque elas parecem tão vazias... especialmente hoje.

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Torçam pra eu fazer alguma coisa legal no próximo fim de semana.
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(soundtrack: Aqualung - Strange and Beautiful)

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

sabem quando a gente tem algo ou alguém muito intensamente, e por pouquíssimo tempo, e perde da maneira mais estupidamente idiota possível, que contando ninguém acredita? então...

Não vou nem contar.

(soundtrack: -----)

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

tarde de domingo

Antes de começar propriamente o post...
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quando escrevi o título, depois de tudo já escrito, lembrei logo da música de Osvaldo Montenegro que manda que façam tardes as manhãs, façam artes os artistas, faça parte da maçã a condenação prevista... façam chuvas os xamãs, façam danças as coristas, faça amor o tempo todo, que amor não desperdiça. Faça votos de alegria, faça com que todo dia seja um dia de domingo. E surpreendentemente (ou não) estou gostando cada vez mais dos domingos.

Ando enfrentando sérios problemas de concentração ultimamente (acho que sou DDA igual mamãe), o que não colabora em nada quando se trata de trabalhos de escola. Resolvi ficar em casa no fim de semana, justamente pra correr com os tais trabalhos, e o resultado foi desastroso: no sábado, estavam todos começados, e só. Aí, no domingo, resolvi sair um pouquinho, pra ver se mudando de ares conseguia me concentrar. Depois da escola bíblica, então, lá vai Line Gilmore pro Recife Antigo, com o seguinte plano:
  • dar uma volta pelos prédios antigos e pelo Marco Zero.
  • sentar calmamente numa mesinha da praça de alimentação do Paço Alfândega e deixar a inspiração fluir pra escrever uma introdução cabulosa pro trabalho sobre Surrealismo.
  • esticar a tarde na livraria Cultura, ou Paraíso.
Só esqueci - e lembrei quando cheguei lá, antes de me arriscar a uma situação mais que constrangedora - que pra sentar calmamente numa daquelas mesinhas do Paço Alfândega, a pessoa tem que ter muito dinheiro, e estar muito bem disposta a gastá-lo (quem dá R$9,90 em 6 pãezinhos (zinhos) de queijo? Levanta as 2 mãos assustado...). O shopping é o templo máximo da ostentação pernambucana, sendo difícil, quase impossível, encontrar nas vitrines qualquer preço com menos de 3 dígitos. Mas ainda bem que os ricos (os que ostentam apenas a classe de ser simples) andam de havaianas e camisetas de lugares legais, e era justamente assim que eu estava. Mas mesmo assim me senti not belonging there (motivos óbvios). Tinha uma feira de antiguidades acontecendo no 1º piso, com coisas lindas, cheias de histórias e muito caras... e pra variar, Mr. Blogger tá aprontando comigo de novo, e não dá pra colocar foto. :P

Mas eram 12:30, eu já tinha passeado pelo Marco Zero, a tal introdução também estava na estaca zero (não resisti ao trocadilho), a Cultura só abria as 14:00. Que fiz eu? Saí do templo da ostentação e ao topar com o 1º carrinho de tapioca que havia pela frente, achei meu almoço. Depois achei uma pracinha cujo nome não sei, mas é uma delícia, sentei num banquinho, e aí a inspiração (inclusive para este post, que foi escrito lá) veio, junto com o vento gostoso que chega do Capibaribe (já ia dizer "do mar"... não liguem, é a saudade). Viajei mesmo, a ponto de dizer que se fosse pintar um quadro, ele teria trilha sonora. Depois, ainda deu pra ver uma feirinha de artesanato, que acontece todo domingo, com coisas lindas e muito menos caras que as do Paço Alfândega. E o azul bem azul do Capibaribe, com as esculturas fálicas de Brennand do outro lado. Deu saudade do passeio que fiz com meus pais e meus tios, quando fomos até lá (o outro lado) de barco.
Muitos turistas (como eu já fui) entupidos de protetor solar e curiosos, com suas câmeras na mão, tendo a emoção de pisar onde Recife começou. Muitos meninos de rua também, dormindo nos bancos, e essa é a parte triste. O contraste absurdo. No Paço Alfândega, dá pra entrar de carro e não ter a mínima noção da miséria que existe do lado de fora. Só por isso (e pela imensa quantidade de lixo nas ruas) o Recife Antigo não é perfeito.
E a CulturaParaíso já estava me esperando. E no finzinho da tarde, a pipoca doce mais doce e cheia de leite Moça que já comi. E a chateação de voltar pra a vida real. Quase comprei uma rosa pra colocar no cabelo, na volta.

(soundtrack: Sino do Carrinho de Sorvete, acho que quero um)

off the record: se fosse antes de domingo, este post seria meio depressivo. Mas a tristeza vazia que aflorou no tempo inútil que passei dentro de casa no sábado assistindo aquelas sitcoms de famílias negras foi de novo jogada pro fundo com os pequenos prazeres de domingo. Qualquer dia desses ela volta.

terça-feira, 5 de setembro de 2006

retratação

11 dias sem postar... que vergonha. E o último post foi tão curtinho que nem valeu direito... mas amanhã escrevo algo decente, e com foto(s).
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Só pra constar, me olho no espelho e vejo alguém que sobrevive de café, leite moça e biscoito integral, com olheiras poeticamente mais fundas a cada dia. Comendo demais, dormindo de menos, odiando certas coisas, amando outras, me enervando com umas poucas e levando na esportiva a maioria.
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See you tomorrow...

(soundtrack: Aqualung - Can't Get You Out Of My Mind)