segunda-feira, 30 de outubro de 2006

(a)política

Vejam a expressão emocionada da garota na hora de votar pra presidente pela primeira vez:
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Preferia um milhão de vezes continuar na cama, lendo Cem Anos de Solidão (Gabriel Garcia Marquez é o caraaaaaa!), tão mergulhada que já estava na história. Mas fui cumprir meu dever de cidadã, mais ou menos como quem vai fazer exame de fezes.
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"Normal", vocês podem pensar, "Line Gilmore nunca disse uma palavra sobre política por aqui, uma opiniãozinha sequer, deve ser totalmente desligada dessas coisas!". Não é isso, eu juro. Antes fosse. Já entrei em discussões acaloradas e que não deram em nada com colegas de escola, amigos e gente da família sobre a atual conjuntura. E infelizmente, a única certeza que fica, seja eu de direita, de esquerda, centro-direita, centro-esquerda ou o diabo a quatro, é a de que o país está uma grandessíssima porcaria, não só por culpa dos políticos, obviamente, mas principalmente pelo descaso com que muita gente trata a política. Gente como eu inclusive, confesso, assumo a culpa. A razão pela qual me abstive de falar de política aqui no blog por esse tempo todo foi muito simples: não quero brigar, nem causar polêmica. Ou então porque eles não merecem. Mas como hoje foi um dia memorável, uma festa da democracia, uma prova de que o país está no rumo certo (sei...), tenho que falar.
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Com 1 ano e pouco de idade, eu cantava a musiquinha do Lula-lá, ensinada por mamãe e tia Rosane, toda vestida de vermelho, com boné, botton, tudo que a militância tinha direito. Vai ver naquela época eu acreditava. Até em 2002 eu acreditava (estranho, porque o outro velhinho gordo da roupa vermelha já fazia parte das histórias-de-xixi-na-cama há muito tempo), sinceramente. Tinha 14 anos, e teria votado nele. Parei de acreditar na mesma época que parei de acreditar em príncipe encantado. Muitas gafes, escândalos, vergonhas e dossiês depois, Lula não me diz mais absolutamente nada. Só fez dar atestado de incompetência nesses 4 anos. "Tá, mas por quê você foi votar de vermelho?"
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Em parte pra satisfazer a vontade que tive um dia de ser uma dessas mocinhas que metem as caras, balançam bandeiras, gritam "por la liberdad!" pelo meio da rua, entre bombas de gás e medo de ir presa. É, eu queria, se tivesse algo pelo que valesse a pena lutar. Fui de vermelho porque o vermelho um dia significou alguma coisa, um sonho de que alguém podia fazer melhor pelo país. E pra o povo ficar olhando mesmo. E porque estou em uma fase um tanto quanto vermelha também... e porque amo vermelho. Mas não foi pra votar no Lula. "Tá, e o Alckmin?"
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Tadinho do Alckmin, com aquela cara de chuchu... Por um momento cheguei a acreditar nele também, no 1º turno ainda, quando o programa ainda dava pra engabelar os eleitores mais incautos. É, eu caí na magiquinha do programa eleitoral. E nas histórias da Veja. Ainda bem que não dei meu voto a ele, porque justifiquei no 1º turno, lá em Recife ainda. Fiquei feliz quando ele conseguiu empurrar a disputa mais pra frente, porque estava doida pra ver Lula se ferrar jnos debates, aos quais teria que comparecer. O dossiê ainda colocou mais lenha na fogueira, a coisa tava ficando boa... e meu chuchuzinho estraga tudo. Passei a ver um demagogo de marca maior, que não deu resposta pra nada, que ficou com medo de mostrar quem era, de defender as privatizações, que se escondeu atrás do escândalo, batendo sempre na mesma tecla, como se não houvesse assuntos muitíssimo mais relevantes pra discutir na campanha. Que foi uma decepção completa nos debates (é, pelo menos na minha visão das coisas, Lula conseguiu se sair melhor nos debates). Aliás, que campanha mais esculhambada, viu... como é que pode um candidato à presidência ter uma musiquinha que ninguém lembra?? Um candidato sem musiquinha relevante não merecia o meu dedinho apertando no verde.
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Anulei, com muito orgulho. Eeeeeu, dar o meu primeiro voto de presidente pra o menos pior? Já sabia que Lula Molusco ia ganhar, então fui lá com aquele sentimento meio de conformismo, meio de indiferença, mas completamente de uma satisfaçãozinha egoísta de saber que ganhou, sim, mas não foi com meu dedinho. Vou pagar pelas brincadeirinhas do PT no Planalto como todo o resto do Brasil, fazer o quê? Aí, gente, é isso que me irrita tanto quando se trata de política: saber que, por mais que se discuta, não dá pra fazer muita coisa. De que adianta "ser o patrão", me digam... Votei de olhos fechados, num gesto simbólico de justiça (não, na verdade foi porque zero-zero era muito deprimente, e estava sem idéias pra qualquer outro número), e dou um doce a quem adivinhar quais foram os meus números (mãe, tá proibido falar, viu?). Post que vem mostro a foto. Fim. Piririririm!
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(soundtrack: Queen - Bohemian Rhapsody)

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

declaração de amor

A casa está bonita
A dona está demais
A última visita
Quanto tempo faz
Balançam os cabides
Lustres se acenderão
O amor vai pôr os pés
No conjugado coração
Será que o amor se sente em casa
Vai sentar no chão
Será que vai deixar cair
A brasa no tapete coração
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Quando aumentar a fita
As línguas vão falar
Que a dona tem visita
E nunca vai casar
Se enroscam persianas
Louças se partirão
O amor está tocando
O suburbano coração
Será que o amor não tem programa
Ou ama com paixão
Mulher virando no sofá
Sofá virando cama coração
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O amor já vai embora
Ou perde a condução
Será que não repara
A desarrumação
Que tanta cerimônia
Se a dona já não tem
Vergonha do seu coração
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Vai ver meu coração é suburbano ainda... Só sei que essa música me pegou de jeito esses dias. E resolvi me declarar.
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Porque ele é tímido.
Porque tem aqueles olhos verdes.
Porque teve pelo menos uma causa nobre na vida.
Porque consegue ser boêmio, malandro, apaixonado e engajado ao mesmo tempo.
Porque ele sempre diz o que eu quero ouvir, ou o que eu queria ter dito.
Porque ele é uma das pessoas mais fascinantemente inteligentes que existem.
Porque minha mãe aprova esse meu romance com ele, apesar de sentir um pouco de ciúmes (dele, não de mim).
Porque ele sabe o que são amores certos, tortos, futuros, passados, ternos, raivosos, correspondidos ou não.
Porque eu me vejo em todas as mulheres que ele canta. Sou eu quem abre a porta do conjugado coração, sou eu quem veste o vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar, sou eu a linda namorada, fui eu quem deixou o terceiro que chegou se instalar feito um posseiro dentro do meu coração, foi nas minhas veias que o sangue dele se perdeu, enfim...
Porque ele conta as melhores histórias pra crianças.
Porque ele consegue fazer uma cantiga de roda soar incrivelmente romântica.
Porque ele faz todas as declarações de amor que eu quero ouvir.
Porque sua voz é íntima como nenhuma outra, como se estivesse o tempo todo me dizendo um segredo.
Porque ele empresta gentilmente suas palavras pra eu falar pra outros garotos, já que sabe que sou dele pra sempre.
Porque ele é o mais impossível dos meus amores, e o que eu tenho certeza de que é pra sempre. E se for pra enganar o coração, que seja de verdade.
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(soundtrack: Chico Buarque - Suburbano Coração)

terça-feira, 24 de outubro de 2006

done

Pronto. Depois de quase 6 horas sentadinha na frente do pc, escutando de Oasis a Pato Fu, passando por Chico Buarque, Bee Gees, diversos covers dos Beatles e até Celine Dion, meu blog está respeitável. Foram necessários dias vazios de inspiração e de foto boa, pra elas (a inspiração e a foto) virem de uma vez, e numa noite, pra variar - é só assim que as coisas funcionam pra mim, tudo calmo, sem ninguém pra interromper, nem no msn, nem na televisão, nem no telefone, nem ao vivo. E ainda consegui de brinde um assunto interessantíssimo pra escrever no meio da noite. A prova definitiva de que dormir é uma imensa perda de tempo.
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Ainda falta muita coisa. Recuperar os comentários do Blogger e torcer pra os do HaloScan não estarem perdidos no limbo, acrescentar de novo meus links (visitantes não tão assíduos, aproveitem que a temporada de links está aberta!!), tentar fazer meus comentários aparecerem numa janela pop-up, e não na página inteira, como estão agora, ajeitar um monte de postagens antigas, que estão totalmente desconfiguradas, encontrar de novo o monte de coisinhas legais que meu layout antiquiquíssimo tinha, mas enfim... ficou do meu jeito. E com certeza vai dar bem mais gosto escrever (e ler também, assim espero). Enquanto isso, não deixem meu HaloScan vazio!

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Aliás, acabei de ter uma idéia aqui... promoção relâmpago!
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ATENÇÃO!!
(e aproveitem, que isso é uma coisa única!)
quem estrear os comentários no maior número de postagens (tem 62, contando com esta) ganha... deixa eu ver... hmmm... er... ah, depois eu penso num prêmio. E aceito sugestões também, mandem bala!
(tá vendo, mãe? É assim que se faz, pelo menos eu fui honesta...)
Não basta comentar, tem que ser o primeiro! E por favor, leiam os posts antes de comentar, porque eu vou odiar saber que você comentou em todos os posts só por interesse, que coisa feia...
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é isso aí, corram e digam Ni!
(ih, rimou!)
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(soundtrack: Pato Fu - Tolices)
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update:
como tem gente que não sabe brincar, vou explicar as regras beeeem direitinho:
a promoção só acaba quando todos os posts estiverem comentados, ou seja, pode se prolongar por um tempo longo e indefinido, se ninguém se dispor a tentar ganhar, o que me dá um tempinho pra pensar no prêmio. No momento, quem está na frente na disputa é mamãe, mas ainda tem muuuuiitos posts não-comentados. Pronto, expliquei? Então boa sorte!!
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outro post de saudade

Dessa vez não é saudade de alguma coisa da infância, nem de um amor que está longe, nem de uma música... nenhuma situação, pessoa, época, sensação, nada disso.
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É uma saudade enorme das madeixas que deixei pelo chão, em Recife e aqui. Num acesso de sei lá o quê (não era de raiva, com certeza, porque estava lindo), inventei de cortar o cabelo sozinha. Pra provar que sabia, pra experimentar, porque li em algum lugar que mulher pequena não combina com cabelo grande, pra chegar diferente em Ilhéus e dar um susto em todo mundo, minha mãe principalmente, porque sim. Porque sim não é resposta... Me arrependi amargamente, sério. Apesar dos elogios, do tanto de gente dizendo que tá lindo. Linda eu sou de qualquer jeito, ora bolas!
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Tá, ruim não ficou. Mas também não ficou bom, não melhor do que estava. Não dá pra fazer quase nada diferente, o infeliz não me obedece, nem com toneladas de gel e horas debaixo do secador. Não me sinto mais tão irresistível, não dá mais pra fazer aquele charminho que eu sabia tão bem, me escondendo atrás dele ou puxando pra aparecer aquela metade do pescoço com a pintinha incrivelmente sexy (é, eu tenho uma pintinha bem no meio do pescoço, e acho mesmo incrivelmente sexy). Fiquei meio avessa aos flashes depois da mudança... fora que tô parecendo uma menininha, especialmente quando tem uma florzinha de crochê lutando pra ficar firme nesse cabelo escorregadio e agora sem ondas. Deu saudade também das ondinhas que ele teve por quase um ano, e eu passei a tesoura sem dó nem piedade (mas tava precisando mesmo, na época tava mais enorme do que se podia aguentar). Nem que eu quisesse dava pra fazer de novo com esse pingo de cabelo de agora...
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Tá, mudar faz bem de vez em quando. Mas a frase já diz, é de vez em quando!! E como Murphy é meu amigo, minhas chances de acertar o quando eram mínimas, eu devia saber... A parte boa é que o banho é bem mais rápido, e se eu quiser sair com o cabelo totalmente assanhado direto do chuveiro pra uma festa, fica até interessante. Ressaltou meu ar inteligente (leia-se: de quem só se preocupa com a aparência o mínimo possível, e só tem cabelo pra não chocar todo mundo na rua, porque é uma parte do corpo totalmente dispensável - definitivamente não é o meu caso) e cult... mas e daí? Fiquei com uma franjinha incontrolável e me odeio quando acordo. Graaaande idéia.
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Alguém tem alguma fórmula milagrosa pra minhas melenas castanhas crescerem bem muito rápido? Ou um jeito de catar meus fiozinhos por aí e colar de volta?... Li esses dias que a Jennifer Aniston passou um tempo usando shampoo de crina de cavalo, pra o cabelo crescer. Será que presta?



volta, amor!


(soundtrack: Chico Buarque - Vai Passar (mas "vai crescer" se aplicaria melhor...))

domingo, 22 de outubro de 2006

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

de sorte (?)

Mamãe já tinha me explicado um bocado sobre DDA (Distúrbio de Défict de Atenção), mas depois de ler Mentes Inquietas, muita coisa se esclareceu de uma maneira... hmmm... esclarecedora. E tenho mais motivos pra ficar alegre do que triste.
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Em primeiro lugar, meu caso não é extremo. Os vôos do meu pensamento por milhões de coisas diferentes não me causaram mais que umas bronquinhas e um "estou decepcionado com você" de algum professor que não recebeu o trabalho no dia certo.
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Tive sorte com uma mãe que não me obrigava a ser o que não era. Pelo menos não em excesso. É claro que lembro (me lembram) das perdas de paciência quando eu não conseguia sentar e fazer a tarefa, ou de que eu frequentemente saía da minha sala de maternal pra "assistir" as aulas dos mais velhos, ou dos lápis e borrachas perdidos misteriosamente na escola, ou das broncas por eu não prestar atenção à mensagem na igreja (geralmente começava - e isso ainda acontece - a viajar na maionese e acabava dormindo, sonhando mesmo). Mas lembro também de quando comecei a ter que estudar sozinha, e aí as coisas eram no meu tempo. Das caixas com 24, 30 lápis, que pra mim eram artigo descartável, que nem as echarpes Hermés de Miranda Priestly. Do reconhecimento de que eu era especial, e não problemática, desde o começo. Do enorme estímulo à criatividade (eu tinha livros, papel e lápis de cor no lugar de bonecas) e, mais tarde, à escolha da profissão. Descobri que não tem nada mais perfeito pra DDAs do que design.
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Tive sorte de estudar em escolas "alternativas" e liberais (exclua-se a passagem obscura pelo São Jorge na 2ª série), e ter professores que eram literalmente meus fãs. Alguns até aceitavam minhas saídas de mestre improvisadas, como a vez em que li uma redação num papel em branco, e depois não tinha lugar nenhum pra a tia dar o visto. Por outro lado, teve outra que quase me bateu com um caderno, tentando me acordar na hora da aula (que horror...). A parte ruim foi ter sido muito solitária na escola, consequência da dificuldade em me relacionar típica dos DDAs somada à minha pouca idade (pelo menos 1 ano mais nova que todos os coleguinhas) e ao fato de ser a queridinha dos professores. Todo mundo odeia CDFs, e o pior é que eu nem era. Me sentia uma farsa, exatamente como alguém que deu o depoimento no livro, por não dar o tempo e a atenção devida às minhas tarefas, e ainda assim elas serem impecáveis, feitas em cima da hora. Acontece até hoje, na faculdade, e descobri que é "defeito de fabricação" da maioria dos designers deixar tudo pra o último minuto.
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Mas o pior de tudo foi a constatação de que os DDAs não têm um pingo de sorte no amor. E como eu já tive no jogo... sei lá, é tão estranho pensar que minha dificuldade em dar certo com alguém, em mostrar meus sentimentos, em conseguir ser amada de volta sem maiores complicações pode ter origens patológicas, e ser pra sempre. E um medo de nunca, nunca, nunca dar certo. E um imenso ponto de interrogação: Por que cargas d'água eu tinha que ser tão romântica então???
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Depois de tudo lido e devidamente filosofado, ficaram algumas coisas: o alívio de não serem culpa minha todas as atrapalhações e esquecimentos da vida, o medo de que, agora que sei das minhas peculiaridades de DDA, comece a usar isso como desculpa pra tudo, e que o distúrbio tome conta de mim mais ainda (aquela coisa de que o machucado só dói quando a gente vê o sangue) e a sensação nada confortável de que todo e qualquer traço bom ou ruim da minha personalidade é um sintoma, e que, resumindo, eu não tenho personalidade, só um conjunto de características devidamente catalogadas, de tão bem que os diagnósticos me traduziram. Confuso? Confuso é ser DDA, viu...


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arrumadinho...
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(soundtrack: Robbie Williams - She's The One)

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

alguém arruma um título, por favor

Sabem enjôo de grávida?
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Então... (não, gente, não tô grávida!!) tô enjoada de computador, de internet, de todas essas maravilhas da vida moderna. Tenho que fazer de vez um layout decente pra isso aqui, e agora não tenho a desculpa do tempo. Na verdade tô esperando uma foto boa e recente, o que é extremamente difícil devido às condições capilares em que me encontro. Mas ultimamente só tenho tido saco pra ficar morgando em casa, assistindo todas as porcarias que passam de tarde (hoje foi Stuart Little, que meigo!) e tentando entender meu cabelo.
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Lógico que coisas legais acontecem, como a aula de matemática que fui não assistir hoje, lá na minha escola. Abraços apertadíssimos, pessoas me abordando de todos os lados, coleguinhas fazendo as mesmas brincadeiras de sempre, comentários bons e outros nem tanto sobre meu peso, muita conversa jogada fora e a sensação de que certas coisas nunca mudam. Andada até o centro (ooooh!), que deu uma saudade dos velhos tempos em que saía todo mundo depois da prova e ia simplesmente bater perna e pôr o papo em dia - e como tinha papo... Ainda teve foto oficial da turma que tava lá, e uma vontade enorme de voltar a ver aquele povo todo dia, até enjoar. Vontade nenhuma, contudo, de reaprender o que é o círculo trigonométrico.
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Mas enfim, o resto é leseira mesmo. O que eu queria, afinal? tô de férias!
Provavelmente a listinha de assuntos de um post aí pra trás vai ficar sendo empurrada com a barriga forever and ever. Porque eu só funciono pra dizer Ni com as emoções à flor da pele. Claro que me lembro das bizarrices do CAC, dos episódios do CDU-Várzea e de todo o resto. Mas agora tudo virou causos pra contar aos amigos. Não dá assunto pra um post inteiro, enorme e cheio de divagações, como eu adoro. Sou muito atrapalhada mesmo... tenho que aprender a não deixar pra depois o que dá pra deixar pra depois e acabo não fazendo nem agora, nem depois nem nunca.
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os doidos que eu aprendi a amar
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(soundtrack: Cranberries - Linger)

sábado, 14 de outubro de 2006

começo-de-semana

Normalmente a parte boa da semana é o fim, certo? Mas peraê, quem disse que alguma coisa na minha vida é normal?
Cheguei em casa no domingo, comecíssimo de semana, e Jady veio quase junto. E mais uma vez não consegui organizar as coisas na cabeça pra escrever um post decente. Então lá vai a listinha que só eu entendo direito:
  • festícula de 5 anos de Jady, com direito a velinha que não acendia nem com um maçarico, e depois aquelas chuvinhas de faísca que também não acendem nem no lago de fogo do inferno. Mãe, nunca mais compre dessas!!
  • a coisa ridícula que Jady trouxe pra mim (engraçado, a festa foi dela e ela que deu presente...).
  • mamãe me acordando às 7 da madrugada, "pra não perder o dia", depois de eu ter passado 21 horas acordada no dia anterior.
  • "´chegou a hora de acordar Alininha", no som de "chegou a hora de apagar a velinha", que tal?
  • (re)conhecer a parte legal da cidade.
  • A foto com Jorge Amado, um exercício de contorcionismo de Jady, que eu quase me atrevi também, mas era mico demais pra mim.
  • as fotos metalinguísticas de Jady, mamãe e eu. Foram os 3 dias em que saí com a camera na mão em todas as fotos. E fotografando em poses nada ortodoxas também...
  • o licor de chocolate, deliciosamente delicioso.
  • o chocolate gelado do Chocolate Caseiro Ilhéus. Basicamente parecia um chocolate quente, daqueles bem cremosos e cheeeeeios de chocolate de verdade, só que era gelado.
  • "Por isso eu bebo e chooooooro"...
  • o pôr-do-sol desastrado, porque resolveu nublar. Mas num lugar especialíssimo, que eu morri de saudade.
  • a barata (isso mesmo, uma barata) no banheiro do Vesúvio, também devidamente fotografada.
  • os 10 quilômetros de praia que andei com Paty, enquanto colocávamos o papo em dia. E se ela não dissesse "vamo voltar" e virasse pro outro lado, eu teria andado os 10 km numa direção só, avaliem...
  • as uvinhas que vovô trazia pra mim, nas horas mais inesperadas possíveis, totalmente fofo!
  • a carteira de identidade de Jady, que mostra que o tempo faz milagres com as pessoas.
  • "mamãe zi ama, mamãe zi dola, mamãe zi quer", e pula o final, por favor.
  • a coisa feia que fizeram no meu cabelo, e foi a única parte chata do começo-de-semana, mas é o que vai ficar por mais tempo. Oh shit...

E é lógico que teve mais coisa. Mas quem disse que eu lembro de tudo?

(soundtrack: Chico Buarque - Leve)

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

viajar é preciso

aff. Nada de adiar mais. Infelizmente não vou escrever sobre nada do que foi listado no post de uns dias atrás... aff, parece que quanto mais os assuntos se acumulam, mais difícil fica escrever sobre muita coisa.
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Ok. Viagem Recife-Salvador-Ilhéus. Sobrevivi a uma pequena atrapalhação no Aeroporto Internacional dos Guararapes, que fez a moça do check-in duvidar que eu tenho mesmo 18 anos (piada, né? logo quando eu já tava me sentindo A de maior viajando completamente sozinha de avião), e quase não consigo me despedir de meu pai, porque ele também teve que sobreviver a uma pequena atrapalhação na hora de estacionar. O vôo pra SSA quase foi perdido, porque depois de ir pra a área de embarque me distraí numa livraria, que por acaso era perto do portão 6 (meu portão era o 13, então não ouvi nenhum aviso de última chamada)... que tal?
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Dei sorte de ir sozinha nas 3 poltronas até Salvador (tá vendo, mãe, fui de 1ª classe!!), o que rendeu fotinhas deliciosas da janela do avião. Chegando no Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, poréeeem, o que me esperava eram 3 horas andando com aquela pequena mala pelo aeroshopping, com um saltinho nada confortável. Ai, as ânsias que eu tive de arrombar a própria mala e pegar um chinelo...
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A parte boa: tinha uma livraria legal (de novo as livrarias) e fiquei me deliciando com a antologia completa dos Beatles, um livro deeeeeeeeeeste tamanho, pesaaaaaaaaado e caaaaaaaaaaro, desses que a gente fica até com pena de ler depois que compra, pra não estragar. Era impressionante a relação dos garotos de Liverpool com o LSD, engraçadíssimo! Não encontrei a explicação pra Lucy in the Sky with Diamonds, apesar disso. Descobri que John Lennon era o bad boy da turma, e que Ringo só entrou nos Beatles anos mais tarde, entre outras coisas porque já usava barba e tinha trocado de nome antes dos outros. Yoko é mesmo a viúva mais odiada do rock, mas não deu tempo saber o motivo. E fiquei morrendo de vontade de assistir o desenho Yellow Submarine, no qual a participação dos Beatles foi pouquíssima, na verdade, porque John queria uma coisa mais no estilo Disney, e no fim das contas o filminho ficou completamente psicodélico, apesar de ter se tornado um clássico infantil na época.
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Liguei pra mamãe pra ter certeza que ela ia estar me esperando 5 horas mais tarde, pra vovó pra confirmar a surpresa (risinho maléfico) e finalmente fui fazer o check-in. Dessa vez não duvidaram da minha idade, haaa. Descobri depois uma lojinha de CDs, e fui lá namorar Carioca, acariciar o encarte, ver as letras e os olhos verdes de Chico, aaaaai... ainda deu pra escutar Dura na Queda (lembra, mãe? kkkkkkk), e aí já era a hora de embarcar. A gente passa mais tempo pra chegar do saguão até dentro do avião do que na viagem... nesse caso, ainda bem, porque eu tava doidinha pra chegar logo, e morta de sono, andando desde 5 da manhã.
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A surpresa foi hilária, vocês podem ler no blog de mamãe. E depois do almoço, quem disse que eu ia dormir? Chegando em casa, redesign geral, porque estava a mesma bagunça que eu deixei há 6 meses. Que decepção. resumindo a tarde: trocar mesa de lugar, descobrir poeira, jogar um monte de papel no lixo (ô pena das arvorezinhas...), jogar um monte de CDs no lixo, descobrir mais poeira, não conseguir terminar nunca, descobrir mais poeira e finalmente deixar a sala mais ou menos apresentável, já que a gente tinha visita chegando (eu não sou visita, né) mais tarde. Visita essa que rendeu passeios fotográficos divertidíssimos pela cidade, e possivelmente uns quilnhos a mais (e eu que queria me controlar...)
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Mas o começo-de-semana fica pra próxima, que tô, pra variar, morrendo de sono e muito muito muuuuuuuito chateada com uma pequena barbeiragem que fizeram no meu cabelo. Sem comentários e, principalmente, sem foto da bagaceira.

Fui!
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(soundtrack: Luiza Possi - Seu Nome)

terça-feira, 10 de outubro de 2006

back to stars hollow

e o post de volta pra casa vai cada vez mais sendo adiado...