quinta-feira, 31 de maio de 2007

pra dias sem inspiração (3)

Já faz um tempinho que descobri que listinhas são ótimas pra driblar o branco quando preciso seriamente tirar as teias de aranha, já que fata de inspiração não é desculpa plausível pra qualquer um que queira ser designer quando crescer. Entãaaao, aplico aqui o que aprendi com a experiência em um milhão de projetos: a metodologia da listinha. Não importa de que assunto, ou que tamanho, ou que teor, ela sempre ajuda minha cabecinha pipocante de DDA. E a da vez é simplesmente o que eu fiz nos últimos quinze (desesseis, desessete, dezoito) dias, porque coisas acontecem e precisam ser lembradas mais tarde:
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Li um livro de Tolkien, e virei fã. E fui chamada de hobbit na dedicatória. Porque eu sou bobinha e não sei botar moral. E realmente, devo ter o tamanho de um hobbit... crap.
Comprei discos de vinil no pátio da Igreja do Carmo (depois de uma longa peregrinação desde a Av. Guararapes até encontrar o tal carinha que vendia vinil) e fiz um relógio com um deles. Não importa se ainda não foi pendurado, ou se nunca mostra a hora certa, o fato é que tá aqui, com numerozinhos e tudo. E me senti criativa, cult e retrô, especialmente porque um dos discos foi a trilha de Grease ^^
Falando nisso, assisti Grease!! E todos os teen movies feitos desde então devem algo a esse. E John Travolta estava uma coisa com aquele jeitinho de bad boy, jaqueta de couro, costeletas e tudo.
me atrevi a cozinhar (cof cof), numa festinha particular com Emmanuel e Yasmim aqui em casa (ninguém precisa saber que era massa-pronta-com-molho-pronto e batata-congelada-pra-fritar), e foi incrivelmente divertido.
cortei a franjinha, que já estava se mimetizando com o resto do cabelo. E fiquei meio com cara de sapeca, a não ser nos dias em que meu cabelo é quase uma linha de prumo, de tão retinho, que aí pareço um pouquinho com Ahn-dre-ah depois da reforma (Ahn-dre-ah de O Diabo veste Prada, ou Anne Hataway do filme homônimo, pra os desavisados).
encontrei meu quartzo rosa (que aparece no caótico layout do blog, ele mesmo), que não sei onde tinha se metido, e não saiu do meu pescoço até sumir de novo hoje.
escutei cds inteiros, coisa rara pra mim. E ouvindo com calma, dá pra perceber que tem algo que une uma música à outra, e é legal escutar sem saber o nome, só deixar rolar. Notei, entre outras coisas, que uma banda não precisa de guitarras pra ser legal, como é o caso de Keane. E que Parachutes, de Coldplay, é perfeito pra dias de chuva e dor-de-cotovelo. E que Linkin Park (me matem, eu escutei um disco inteiro de Linkin Park) só quer ser o U2.
aprendi muitas coisas no processo de formatação/instalação de todos os programas possíveis e imagináveis/reconfiguração do meu querido pc. Depois de um longo inverno, ele volta a ser meu companheiro de aventuras.
fiz um dos brigadeiros mais deliciosos ever. Com chocolate em pó de verdade polvilhado por cima do prato que fui detonando aos poucos, de colher, sem enrolar, como deve ser todo brigadeiro-fora-de-festa que se preze. Além disso, é o lado bom de não ter irmãozinho perto pra dividir, hohohohoho.
dei uma pausa na lua-de-mel com Chico, pelo simples fato de estar morrendo de saudade de todas as minhas outras músicas, que fiquei mais de 1 mês sem escutar, enquanto meu pc estava em coma. E não me senti nem um pouquinho culpada por isso, afinal, os Beatles, os Strokes, os Hermanos, os Gallagher e tantos outros estavam lá, guardadinhos, esperando que eu os tirasse da gaveta. Mas aposto que assim que meus dvds chegarem, we'll be honeymooners again.
ganhei uma bala e um desenho na aula de hoje, presente de Karina, a pessoa mais zen que já conheci, e que é uma grande amiga.

tive idéias na hora certa. Acho que minha criatividade nunca foi tão cobrada como agora. Ainda bem que ela compareceu no lugar certo, porque seria um grande problema escrever coisas geniais no blog todo dia, e deixar meus projetos ao léo. Por sorte, foi o contrário (nãaaao, bloguinho, não fique sentido, que eu posso trancar a faculdade, mas não você. Acalmou?).
percebi que não consigo viver em baixa rotação. Ou seja, peguei (de novo, porque eu nunca aprendo) 6 cadeiras na faculdade, cada uma com seu grandioso e complicado projeto final, e uma monitoria que começou ontem, e até agora não sei se é ou não remunerada. De qualquer jeito, it's not about the money, it's about the currículo. E pelo prazer de criticar trabalhos dos calouros (muahahahahaaaaa). Como diria meu saudoso amigo Cazuza, essa é a vida que eu quis.
só pra compensar, passei um fim de semana inteiro de molho, só pondo os pezinhos fora de casa pra levar o lixo pra fora. Na horizontal, tirando o atraso dos filmes repetidos e cercada por junk food e coca-cola, além do precioso controle remoto. Como diria meu saudoso amigo Cazuza, essa é a vida que eu quis.
comi algodão doce, hoje mesmo, menos de 5 minutos atrás, depois de desistir de parecer gente grande.

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(soundtrack: Billie Holiday - Someone to Watch Over Me)
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off the record: percebi uma coisa de uns tempos pra cá: nunca mais escrevi nada triste, chateado ou no mínimo levemente deprê, o que é muito estranho. Até porque não tenho muita vocação pra Poliana. Aposto que Freud (ou Renata Ingrata, renomadíssima filósofa de botequim) explica. Pode ser uma espécie de bloqueio doentio de tudo que naõ me agrada, ou estou transformando isso aqui num universo paralelo, pra escapar da penosa vida que tenho que enfrentar aqui fora. Mas segundo o dito popular, quando a esmola é demais, o santo desconfia. Ou então, depois da calmaria vem a tempestade. Ou então é neura minha, que sou paranóica e bocó o suficiente pra desconfiar de uma simples sucessão de dias bons, em vez de aproveitá-los.

terça-feira, 22 de maio de 2007

pra dias sem inspiração (2)

Georgia mandou, eu faço, né... e já que começamos ontem com os questionáriozinhos mandados, vamos continuar, pra não perder o clima! Esse é mais profundo, mais propício à poesia, e me fez sentir inteligente e adulta (!)
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1. Qual é a sua maior qualidade? ser absolutamente transparente pra mim mesma. Eu me entendo.
2. E seu maior defeito? egocentrismo. Meu mundo gira ao meu redor e pronto. A não ser quando estou apaixonada, aí a coisa vira uma variação doentia do egocentrismo.
3. A característica mais importante em um homem? merecer a confiança que espera que os outros tenham nele.
4. E em uma mulher? conseguir ser indispensável.
5. O que você mais aprecia nos seus amigos? o fato de nunca pedirem nada em troca.
6. Sua atividade favorita é… imaginar o que quer que seja. Sou mais feliz no meu pequeno universo paralelo. Mas em termos concretos, adoro ler.
7. Qual a sua idéia de felicidade? emoções intensas, a certeza de que todo o tempo é sempre aproveitado da melhor maneira possível, coisas belas e amigos de verdade ao meu redor, estar apaixonada (é, por si só, uma maneira de ser feliz) e música, sempre.
8. E o que seria a maior das tragédias? levar uma vida sem propósitos, sem graça, sem compromisso com Deus ou com qualquer pessoa. Ou tempo perdido. Ou a não-existência dos sonhos.
9. Quem você gostaria de ser, se não fosse você mesmo? não faço a mínima idéia. Queria ter algo mais de minha mãe (não sei exatamente o quê), o ar sempre relaxado de Gabriella, o senso de humor de Jady e o nariz de Nicole Kidman.
10. E onde gostaria de viver? na Itália, em algum lugar perto de Veneza, numa dessas villas na beira do mar, com uma Vespa na garagem e um amor do lado, que soubesse cozinhar e escolher vinhos.
11. Qual sua cor favorita? Vermelho, porque combina com minha vontade de ser intensa, mas também lembra coisas doces, já que é a cor eleita oficalmente para o amor.
12. Uma flor? orquídeas, em todas as suas variações. São lindas sozinhas ou em bando, além de serem super chiques.
13. Um pássaro?
sabiá, porque conseguiu inspirar tantas músicas, e é extremamente brasileiro.
14. Seus autores preferidos? seria uma injustiça escolher um só. Adoro as Garotas Que Dizem Ni, Vivi, Clara e Flá.
15. Os poetas que mais gosta? Chico é poeta, né?
16. Quem são seus heróis de ficção? Spider-man (na verdade, gosto mais de Peter Parker), porque entre tantos heróis, ele é o mais humano.
17. E as heroínas na ficção? mulheres não foram feitas pra serem heroínas de ficção, mas escolho Lorelai Gilmore.
18. Seu compositor favorito é… Chico é compositor, né?
19. E os pintores que você mais curte? adoro Van Gogh desde criança (ele é simples, intuitivo e intenso), e mais recentemente, descobri Dalí, num trabalho de faculdade.
20. Quem são suas heroínas na vida real? minha mãe e vovó Netinha.
21. E quem são seus heróis? os homens não são heróis na vida real.
22. Qual sua palavra favorita? agora.
23. O que você mais detesta? mediocridade, canalhice, fata de senso do ridículo (mais no que se faz do que no que se vê) e gente que se acha melhor que os outros por causa de qualquer besteira que possua a mais.
24. Quais são os personagens históricos que você mais despreza? os que escondem a verdade por causa de uns trocados, e são capazes de levar um povo inteiro à ruína, também por uns trocados.
25. Quais dons naturais você gostaria de possuir? saber cozinhar e ser organizada.
26. Como você gostaria de morrer? Não sei. Na maior parte do tempo, digo que quero morrer rápido e sem frescuras, pra poupar a mim e aos que eu amo. Mas de vez em quando acho que seria bom poder me despedir e aproveitar melhor o tempo (a gente só aproveita quando sabe que é pouco).
27. Qual seu atual estado de espírito? um pouquinho decepcionada com uma coisa e absolutamente pasma com outra. Feliz, eu acho.

28. Que defeito é mais fácil perdoar? a preocupação de meu pai e minha mãe e tia Nete comigo, que talvez, no fim das contas, nem seja demais. E o medo que algumas pessoas têm de se envolver, porque geralmente é acompanhado de alguma história triste.
29. Qual é o lema da sua vida? aproveitar enquanto é tempo.
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And thats all folks! Tô esperando o próximo questionariozinho mandado, que gostei da coisa :D
E não vou mandar ninguém fazer, até porque no estado de sono em que me encontro agora, nem sei qual é meu nome completo direito, quanto mais amigos pra indicar...
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(soundtrack: Oasis - Slide Away)

domingo, 20 de maio de 2007

pra dias sem inspiração

ela mandou, eu faço, né... apesar de quase tudo não caber em listinhas de sete. Dei sorte, porque 7 é um dos meus números preferidos (é ímpar, elegante e cheio de significados bonitos), então lá vamos nós!
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Sete coisas que faço bem
me arrumar
escolher
brigadeiro
escutar
defender uma opinião, estando ela certa ou não
entender
organizar coisas (tenho que fazer bem, já que fica arrumado por tão pouco tempo)
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Sete coisas que não faço e/ou não sei fazer
manter uma rotina organizada e saudável com os trabalhos da faculdade
controlar a língua quando se trata de falar de mim
cozinhar
limpar a casa
dar recado
ficar séria quando existe a mínima possibilidade de a coisa ser engraçada
mentir (eu até tento às vezes, mas sou péssima)
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Sete coisas que me atraem no sexo oposto
me mostrar coisas que eu não conheço.
conversa.
altura.
algum traço de personalidade nerd (ou seja, inteligência um pouco acima da média e uma certa timidez)
dizer a coisa certa na hora certa.
gentilezas.
usar um perfume só, marcante, gostoso e facilmente identificável.
off the record: os exemplares do sexo oposto interessados (ou apenas curiosos), cliquem aqui para saber mais sobre as especificações necessárias (cof cof).
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Sete coisas que não suporto no sexo oposto
mão-boba.
mentira.
ser viciado em futebol, ou qualquer outra espécie de jogo da qual eu não goste ou não possa participar.
ser insossamente bonzinho.
cheirar mal, ou estar o tempo todo suado (eca!).
que subestime minha inteligência (ou seja, que tente me enrolar).
indiferença.
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Sete coisas que digo com freqüência
Tô com um trabalho/projeto/relatório/modelo pra terminar.
Ai, agora deu saudade...
É que meu computador tá em coma/morto/pifado.
Mas deixa eu parar aqui pra comprar uma coquinha!
Eita, tava descarregado...
Afff!
Lá em casa (em casa em Ilhéus, não "em casa em casa")...
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Sete atores/ atrizes que admiro
Nicole Kidman.
Ewan McGregor.
Johnny Deep.
Kate Winslet.
Richard Gere.
Lázaro Ramos.
Kirsten Dunst (ela pode ser sem sal e enjoada, mas é uma ótima atriz sim).
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Sete filmes favoritos
Moulin Rouge.
Lisbela e o Prisioneiro.
a trilogia O Senhor dos Anéis.
a trilogia Homem-Aranha (adoro trilogias).
Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças.
Um Lugar Chamado Nothing Hill.
Dogville.
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Sete livros favoritos
Ensaio Sobre a Cegueira - José Saramago.
Budapeste - Chico Buarque.
A Tenda Vermelha - Anita Diamant.
A série Crônicas de Nárnia - C.S. Lewis.
O Pequeno Príncipe - Exupery (super-hiper-ultra-mega-clichê, mas é verdade).
O Diabo Veste Prada - Lauren Weinsberger.
As 5 Pessoas que Você Encontra no Céu - Mitch Albom.
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Sete lugares favoritos
Livraria Cultura.
Rua do Bom Jesus.
o laguinho da UFPE.
o ateliê de Cloves.
o meu banquinho na Sapetinga.
a cama de minha mãe, com seus respectivos travesseiros e edredons.
a rede da varanda aqui de casa.
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Sete pessoas que desafio a responder as perguntinhas acima
Ops, aí é fogo... todo mundo já recebeu o tal desafio!! Pra não estragar a brincadeira (e aconselho todo mundo que não tem contatos suficientes pra desafiar a fazer o mesmo), substituo por:

Sete coisas que gostaria de fazer ou ter
me apaixonar perdidamente, até não enxergar mais nada.
uma maratona de todas as temporadas de Gilmore Girls.
que meu apartamento tivesse todas as coisas geniais e lindas que eu gostaria de ter criado.
um fim-de-semana em Veneza (obviamente com o sortudo por quem eu me apaixonar perdidamente).
unhas perfeitas.
um corpão, desses de parar o trânsito, só por uns dias, pra saber como essas mulheres se sentem.
todas as roupas que Anne Hataway usa em O Diabo Veste Prada.
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And thats all folks! Acabei de me lembrar que amanhã acordo às sete...

(soundtrack: Zélia Duncan - Leviana)

domingo, 13 de maio de 2007

ele e ela

parte 1 - nenhuma novidade e uma surpresinha boa
minha lua-de-mel com Chico continua, e ainda mais deliciosa depois de assistir Roda-Viva, o dvd que dei a mamãe de presente de aniversário, onde meu amor dos olhos verdes (que aqui parecem azuis) fala do início da carreira, de como largou o curso de Arquitetura da USP (!) pra viver de música, dos famosos festivais da década de 60, de quando a ditadura começou a complicar as coisas, e mais um monte de coisas interessantíssimas, pelo menos pra mim, que estou cada vez mais caidinha por ele. Minha vontade era dar o box inteiro de presente, mas o sonho esbarrou em problemas orçamentários (cof cof) e, bem, se alguém quiser me dar, ou dar a ela qualquer outro dos 10 dvds que ainda faltam, tamos aceitando. E valem a pena, porque são os únicos dvds que eu provavelmente não cometeria o sacrilégio de copiar se eles já não fossem bloqueados contra pirataria. Mas o melhor de tudo foi ter descoberto, entre outras belíssimas, Benvinda - assim mesmo, junto e com N -, uma dessas pérolas escondidas pra fã descobrir, e que parece que é pra mim. Ei-la:
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Dono do abandono e da tristeza
Comunico oficialmente
Que há lugar na minha mesa
Pode ser que você venha por mero favor
Ou venha coberta de amor
Seja lá como for, venha sorrindo, ai
Benvinda, benvinda, benvinda
Que o luar está chamando
Que os jardins estão florindo
Que eu estou sozinho

Cheio de anseios e esperança
Comunico a toda a gente
Que há lugar na minha dança
Pode ser que você venha morar por aqui
Ou venha pra se despedir
Não faz mal, pode vir até mentindo, ai
Benvinda, benvinda, benvinda
Que o meu pinho está chorando
Que o meu samba está pedindo
Que eu estou sozinho

Venha iluminar meu quarto escuro
Venha entrando como o ar puro
Todo novo da manhã
Venha minha estrela madrugada
Venha minha namorada
Venha amada, venha urgente, venha irmã
Benvinda, benvinda, benvinda
Que essa aurora está custando
Que a cidade está dormindo
Que eu estou sozinho

Certo de estar perto da alegria
Comunico finalmente
Que há lugar na poesia
Pode ser que você tenha um carinho para dar
Ou venha pra se consolar
Mesmo assim pode entrar que é tempo ainda, ai
Benvinda, benvinda, benvinda
Ah, que bom que você veio
E você chegou tão linda
Eu não cantei em vão
Benvinda, benvinda, benvinda
Benvinda, benvinda
No meu coração
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parte 2 - o que realmente me trouxe aqui a essa hora
O dia de hoje foi tudo, menos chato. Não teve o sol que ela tanto adora, pelo menos não o tempo todo. Teve chuva, frio, merguho no mar que deu errado, mas não tinha importância. Era pra ser feliz, e foi. Era pra ser espontâneo, e foi. Era pra ser leve, engraçado, divertido, e foi. Que nem ela, a dona do dia. Que mesmo sem convidar ninguém, teve a casa cheia (e o melhor: cheia de amigos de verdade, que vá lá, pode até ser que tenham vindo só pela comida, mas vieram de livre e espontânea vontade), e festa, e bolo e coca, e Chico, e fotos. E teve eu agoniada pra fazer um post-de-aniversário decente, mas ela não deixava a cadeira do computador esfriar nem por 5 minutos. O MSN não parava de tocar, pipocaram homenagens nos blogs por aí e zilhões de scraps no orkut que ela tinha que responder na hora. Percebi uma coisa: minha mãe é muito querida de verdade por muita gente, e ela fez por merecer. Cuidou com carinho de todas as amizades que tem, e eu espero um dia poder ser assim. E isso já está virando post-de-dia-das-mães, então vou matar 2 coelhos com um post só.
...
Eu nem preciso dizer, ela sabe que é responsável por muito do que eu sou hoje. Não que eu seja lá grande coisa (mas ela acha que eu sou, pra não fugir à regra), mas alguma coisa boa ficou, com certeza. Os cílios longos, a paixão por Chico e por coca-cola, o senso de obrigação de fazer as coisas direito, só pra não dizer nada muito óbvio como inteligência, beleza e um enorme senso de humor (será que eu forcei um pouquinho?). É meio lugar-comum dizer que "além de mãe, ela é minha amiga", mas o pior é que é verdade, apesar da pieguice. Não essa amizade afrescalhada de roupinhas iguais e conversinhas de namorado, como acontece com umas mães frustradas ou medrosas que tentam se aproximar das filhas a pulso, do tipo "se não pode vencê-los, junte-se a eles", porque isso seria medíocre demais pra nós duas. É mais como Lor e Rory mesmo, apesar de também ser meio lugar-comum, embora num universo um pouquinho mais seleto. Aff, não dá pra ser original e exclusiva o tempo todo.
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Não sou afeita a essa melosidade que paira no ar nessa época do ano, nem a coisas tocantes e profundas, nem a palavras difíceis, nem a frases feitas, nem a coraçõezinhos cor-de-rosa. O necessário, ela já sabe. O meu amor, e a certeza de que, longe ou perto, com ou sem celular na bolsa, eu tô por aqui, e ela pode contar comigo.
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Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket
pra ela ^^
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(soundtrack: Chico Buarque - Benvinda)

sexta-feira, 11 de maio de 2007

come fly with me

Como o Aeroporto Internacional Dois de Julho (ou Luís Eduardo Magalhães, como queiram) já é quase meu lar, e como dar mais um relatóriozinho de viagem ficaria aborrecido - até porque a última vinda pra casa foi mesmo um tanto aborrecida - , vou fazer... adivinhem! uma listinha de pequenas experiências aeropórticas no eixo Recife-Salvador (talvez REC-SSA seja mais apropriado, whatever). Então, senhores passageiros, fasten seat belt while seated, e em caso de despressurização da cabine, já sabem, né?
...
a moça do check-in duvidou que eu fosse maior de idade uma vez. Com minha carteira de identidade na mão. Mas mesmo assim, me chamava de senhora.
já fui fazer check-in no guichê errado, e a moça (outra) levou um tempão pra descobrir que o vôo 1607 era de outra companhia. A mala quase foi despachada mesmo.
a livraria do aeroporto de Recife tem um sofá enorme e macio de couro, mas nunca consegui passar mais de meia hora lá. Já a de SSA é menor e não tem nem um mísero pufe. Mas foi nela que eu fiquei, da hora que abriu (6:00, eu acho) até entrar na sala de embarque.
já quase paquerei o carinha da loja de cds de SSA, só pra dar mais um tempinho de escutar Carioca inteiro. Porque eu tinha tempo e estava entendiada, ora! Deve ser Lucas o nome dele, eu acho.
já cochilei no banheiro.
já cochilei na frente da loja de cds, assistindo o show de Ivete.
já cochilei na livraria de SSA.
já cochilei no avião, e quando acordei, devia ter umas 5 pessoas dentro, e eu provavelmente ia parar em Guarulhos se não acordasse naquela hora.
já cochilei na sala de embarque (mas aquelas poltronas macias e reclináveis de couro são mesmo um pecado, e o vôo atrasou 40 minutos) e acordei com meu nomezinho sendo chamado no alto-falante, porque, aparentemente, só faltava eu pra o avião decolar.
já perdi um estilete na revista da bagagem de mão. E o pior é que era bom, com travinha e lâmina nova. Mas realmente, sou muito perigosa com uma arma de corte dentro do estojo, meus lápis de desenho que o digam...
já quase tive minha bagagem extraviada no desembarque. E o funcionário do aeroporto ainda olhou pra mim como se a culpa fosse minha por ter confundido a esteira das malas do meu vôo com a de outro. Pô, era 1 da manhã e eu estava com sono, tonta e desesperada de ver que só tinha sobrado eu lá na esteira. Deprimente.
já viajei sem nenhum contratempo.
já viajei com todos os contratempos.
minha bagagem já deu excesso (ainda bem que eu sou pequenininha e o cara do check-in era legal), por causa da singela coleção de canecas que tinha que levar pra casa.
já quase confundi minha mala com outra igual, igualzinha, na esteira do desembarque. A sorte foi que nesse dia, tinha um chaveiro enorme com meu nome escrito preso nela (na minha), porque uma vez na vida eu fui esperta e lembrei de todos os detalhes.
já tive que pegar táxi pra ir do aeroporto pra casa, porque era meio-dia e não tinha ninguém pra ir me buscar. É deprimente não ter ninguém te esperando.
já tive crise de choro no banheiro, por causa de um monte de coisas dando errado.
já passei a noite no aeroporto. As 12 horas mais chatas e insuportáveis dos últimos tempos, não por ter que ficar lá, mas por estarem todas as lojas fechadas, um frio glacial, e por não ter uma chaise fofinha de couro pra eu dormir.
consegui, em menos de 12 horas, escutar o show inteiro de Ivete Sangalo uns 3 milhões de vezes. Tocava em todas as lojinhas, passava em todas as tvs, deve ter deixado sequelas permanentes no meu subconsciente.
já li uns 3 livros inteiros esperando em aeroporto.
já almocei um milk-shake de Ovomaltine do Bob's. Aliás, é muito difícil eu não comer porcaria no aeroporto.
já viajei duas vezes com a mesma aeromoça. E parece que ela me reconheceu vagamente também, quando disse isso a ela. Érica (Erika, Hérica, Hérika, whatever) não-sei-de-quê.
já quis fazer algo bem perverso com a criatura que ficou na janela da minha fileira na última viagem. Ela fechou a janela na hora da decolagem, e isso em uma bela manhã de sol. A visão do sol na horizontal é uma das coisas que fazem valer a pena viajar de avião, e a infeliz cometeu o sacrilégio de fechar a janela. Hunf.
...
Tenho que parar, que tá ficando trash. Espero que venham mais historinhas por aí, até porque eu gosto de aeroportos e tudo que vem com eles. Só me lembrem de nunca mais fazer de novo o que topei dessa última vez. 12 horas num aeroporto-fantasma, sozinha e com déficit de sono, não são nada legais. Ah! em caso de pouso forçado no mar, os assentos são flutuantes.

(soundtrack: Chico Buarque - Você Vai Me Seguir)

sexta-feira, 4 de maio de 2007

papinho de dizáine

Semana ocupadinha, do fim até o meio. Casa de Yasmim, com direito a Cassino Royale, tutorial de pôquer (sacaram?), strogonoff de camarão e insônia compartilhada, muito comum a estudantes de design inquietas pelo começo das aulas. Depois, a Expo!! Ok, eu não estava esperando ansiosameeeeente pelo evento (ExpoDesign Norte e Nordeste, exposição de trabalhos acadêmicos de design, e não vou me alongar muito na descrição, senão daqui a pouco eu mesma me enrolo, já que design é uma das coisas mais indefiníveis que existem), mas no fim das contas foi óoootimo. Saí de lá com um imenso orgulho do lugar onde estudo, porque a Expo foi zilhões de vezes mais organizada que o , noções espaciais do bairro de Apipucos (existe vidaalém da Av. Caxangá!), raiva de não ter incluído o almoço na inscrição, porque a comida estava surpreendentemente boa, uma camiseta serigrafada por mim, muitas idéias na cabeça e a frustração de não ter nenhuma câmera na mão (pegou, pegou?). E de não ter mandado nenhum trabalho pra a mostra competitiva. Não interessa o fato de eu não estar na cidade na época do fim das inscrições, devia ter feito uma forcinha. Mas São Luís que me aguarde em 2008. Vamos eu, meus caracóis, minhas sombrinhas e tudo que eu achar que vale a pena ser mostrado. Me empolguei, hihihihi!
...
No mais, um período que promete ser produtivo e cheio, e colorido, e levado um pouquinho mais a sério do que o anterior. Depois da Expo, bateu até uma vontadezinha de entrar pro D.A. do curso... mas sei lá, brigar não é pra mim. Nem política. Nem reuniões obrigatórias. A euforia foi por água abaixo, e tá bom assim. Além disso, tem uns 20 livros me esperando ansiosamente na biblioteca do CAC, e um projeto imenso de serigrafia, que vou adorar fazer, nas horas sem medida do ateliê de Cloves. E mais montes de coisas ainda por vir, já que não tive todas as estréias do período ainda. E acho que vou amar todas.

...
(soundtrack: Carla Bruni - Le Plus Beau du Quartier)