domingo, 13 de julho de 2008

de mudança

Não avisei pra muita gente. Eu já vinha pensando em me mudar há um tempinho, mas a vontade bateu com força agora, porque agora eu tinha tempo pra cuidar de de todas as frescurinhas que envolviam o processo.
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Então pessoal, atualizem seus feeds, mudem o link em seus blogs, troquem a página nos favoritos (se é que alguém ainda usa isso depois da revolução RSS), porque Line Gilmore tá indo embora de mala e cuia, com todas as suas listinhas e crises e não-posts e declarações de amor. Para o Wordpress. Por quê? Porque eu quis, tá? Porque é cool, porque mudar faz bem, e eu precisava. E dessa vez não bastava só trocar a imagem do topo do layout, a mudança tinha que ser de verdade. E o blog tinha que mostrar que valia o esforço.
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Sim, sim, trocar de host é um grande passo. É como, sei lá, cortar o cabelo, comprar um cachorro, colocar "namorando" no orkut. Não é, no entanto, como fazer uma tatuagem. Por isso estou deixando essa que foi minha casa por mais de dois anos arrumadinha, com todos os móveis no lugar, pra se por acaso um dia eu brigar com Mr. WP e resolver voltar correndo.
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E pra quem eventualmente vem aqui e lê o blog todo (não sei se sou só eu que faço isso, mas eu faço mesmo, e daí?), não se preocupe, que levei tudinho pra lá. Deu um trabalho danado taggear todos os posts (e confesso que acabei corrigindo umas coisinhas que estavam esquecidas, tipo posts sem título e formatação estranha), mas compensa, pra não começar do zero um blog que já tem 2 anos de história. Só não consegui pegar os comentários, mas se tiver saudade deles, venho aqui.
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So this is goodbye. Acho que vou sentir uma saudadezinha dessa caixa de texto desse jeitinho, do botão laranja de publicar, da linguagem fácil. Do B. Mas já tava na hora de virar gente grande. Então, sem mais delongas, é aqui, povo!

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(soundtrack: Pato Fu - Woo)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

no place like home

Com frio. E casaco, e meia, e cobertor de lã e edredon até o pescoço.
Com saudade de Namorado. Do abraço, do beijo, do jeito que ele fica ranzinza quando tá com sono, do cheiro. Mas não do amor, que quase dá pra ver.
Com gente nova entrando em casa.
Com barulho de tosse o dia inteiro, e pílulas e chás e nebulizações e homeopatias que, felizmente, não são pra mim.
Com todo o tempo do mundo.
Com um livro quase no fim.
E feliz por estar em casa. O único lugar do universo onde dá pra parar, diminuir o ritmo e fazer milhões de planos pra quando voltar.
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e o único lugar que rende esse tipo de foto.
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(soundtrack: não sei exatamente o nome da música, mas é de um cd de cantigas de ninar da Disney, antiiiiigo, do tempo em que eu não precisava de Frontal pra dormir)

domingo, 6 de julho de 2008

Friozinho (bem "inho", afinal ainda estamos em Hellcife), chá, cobertor e livro bom, que tô com pena de começar a ler, porque tenho a leve impressão de que vai acabar muito rápido. E Cambaio, raridadezinha deliciosa de Chico que acabei de descobrir (lesa e levemente atrasada). E muita, muita preguiça sem culpa. Quer coisa melhor pra férias de inverno?
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(soundtrack: Chico Buarque - Uma Canção Inédita)

segunda-feira, 30 de junho de 2008

depois do almoço

[...]
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Namorado: mas agora que você tá mais ou menos de férias, vai voltar a postar mais, né?
Line: hmmm... muito não.
Namorado: muito não...
Namorado: você escrevia um bocado.
Line: é. sei lá, é que agora não tem mais tanta coisa acontecendo, não tem tanta necessidade de escrever. Voocê me pegou num momento muito caótico, tudo acontecendo ao mesmo tempo.
Namorado [perplexo]: e agora, não é caótico não?
Line: não... não. agora tá tranquilo.
Namorado: e tá bom?
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[Line sente o coração aumentar de tamanho e esquentar, e sorri.]
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(soundtrack: Nando Reis - Sim)

sábado, 21 de junho de 2008

look at all the lonely people

A gente tem que prestar mais atenção ao que acontece com as pessoas que estão por perto (e as que nem estão tão perto assim). Tem tanta gente passando por coisa que a gente nem imagina... Porque parece estar tudo bem, porque tá calmo na superfície. Mas ninguém devia ter que enfrentar os próprios fantasmas completamente sozinho. Chega uma hora que as forças acabam, a vontade de continuar vivendo acaba, e a gente precisa de alguém pra nos puxar de volta pra a vida, ou pelo menos tentar. Pelo menos saber.
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Aí quando acontece o pior, quando alguém tenta parar de viver e consegue, não dá pra entender. Porque ninguém prestou atenção. eu não prestei.
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De alguma maneira ela estava pedindo ajuda, não é possível.
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Eu vou sentir falta. Sim, soa hipócrita ouvir alguém que não fala com uma pessoa há meses dizer que vai sentir falta, mas é diferente a falta de "até as próximas férias" da falta de "mais nunca". E vou lembrar dela feliz e espevitada, como sempre foi, desde a primeira vez. Ela não hesitava em dizer "te amo". Ela abraçava. Ela ajudava. Ela cantava e dançava. Ela falava alto. Ela dizia o que ninguém mais tinha coragem. Ela tinha que ter tido coragem pra continuar, pra passar por cima do que quer que estivesse acontecendo, como sempre teve pra tudo na vida. Ela parecia tão feliz, tão normal.
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Hoje ela me fez esquecer de coisas pequenas, tipo minhas unhas e o fim do período e as horas que eu não tenho, e pelo menos por um dia parei pra pensar no que realmente importa. E eu quero a vida, por mais assustadora que pareça, por mais difícil que seja continuar. E não vou enfrentar meus fantasmas sozinha.
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(soundtrack: Beatles, - Eleanor Rigby)