quarta-feira, 26 de setembro de 2007

às seis horas da manhã

Levantei meio atordoada na minha primeira manhã de volta à vida normal, e fui cambaleando, meio dormindo, até a cozinha fazer meu café. Antes de chegar no meio do caminho, escutei "A Rosa", de Chico, tocando em algum lugar perto. Era bom demais acordar com uma surpresa boa dessas. Nem pensei, abri logo todas as janelas e a porta da frente, pra a música entrar por todos os meios possíveis. Sim, eu estava de pijama.
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Parei, com o café numa mão e o pacotinho de biscoito na outra, e escutei por um tempo que não tenho idéia de quanto foi. Depois, fomos sentar no chão da cozinha, de costas pra a porta, eu e meu café, porque era o melhor lugar pra ouvir. Vi a cozinha de um ângulo totalmente novo, e tenho que fazer isso mais vezes - com a cozinha e com todo o resto. Por que não quero ser aquela que todo dia faz tudo sempre igual.
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Quem quer que estivesse ouvindo Chico naquele volume - que seria muito ofensivo à Boa Vizinhança se não fosse Chico - e naquela hora da manhã - que seria muito inoportuna se não fosse Chico - vai merecer pra sempre minha eterna gratidão. Não deu pra descobrir, mas parecia ser do mesmo andar que eu. Não era uma playlist convencional, a maioria das músicas tava mais pra o lado b, então deve ser mulher, porque as mulheres são incomparavelmente mais apaixonadas por Chico e tudo que tem a ver com ele. Se eu não fosse tão tímida e cheia de frescuras de comunicação com estranhos, teria tocado a campainha mais provável só pra dizer "obrigada por me deixar de bom humor tão cedo".
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E depois disso, o dia foi bom.
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(soundtrack: Chico Buarque - Subúrbio)

terça-feira, 18 de setembro de 2007

season premiere

Hibernação stars-hóllica. Estou com medo que acabe. E vai acabar em 5 dias. E até acabarem os 5 dias, estou me entregando completamente ao ócio contemplativo, no sentido mais puro da palavra, coisa que normalmente me deixa inquieta com tanta energia acumulada, mas agora é só a medida do quanto eu precisava descansar. É engraçado pensar que hoje, no horário da minha aula de diagramação, Rory estava ajudando a construir uma casa com um martelo cor-de-rosa cheio de purpurinas.
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(soundtrack: Sam Phillips - Love is Everywhere I Go)

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

season finale

Ontem de madrugada chorei um bocado. Eram umas 5 da manhã (a minha hora do dia), e não tinha sono certo pra me fazer parar com o vício. Último episódio da última temporada de Gilmore Girls. Gente, foi intenso. Não só porque a season finale foi incrivelmente fofa, mas pelo que aconteceu na minha cabeça. Não sei bem como foi, mas de repente era eu ali, indo embora de casa, me formando, terminando com Logan, planejando com minha mãe um roller-coaster tour que não vai acontecer... Aí deu pra ver muita coisa que eu vou sentir um dia, e foi assustador. Ou vai ser ainda, sei lá. Vi - de novo - como sou incrivelmente neurótica, e como a falta do que fazer, e mais ainda, de ter com o que me preocupar, me deixa ainda pior. É esse o problema das férias...
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Eu não queria ter tanto tempo sobrando pra pensar no tanto de coisas que eu deixei de lado. Como eu me tornei anti-social, como perdi contato com pessoas importantíssimas que me fazem uma falta enorme, e agora simplesmente não dá pra voltar, não tem clima. nem motivo, na verdade. nem assunto.
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Eu não queria ficar triste. Eu não queria que esss coisas todas ficassem gritando na minha cabeça. Eu não queria ficar melancólica toda vez que ando na praia, ou toda vez que vejo GG, ou toda vez que passo por um lugar onde aconteceu alguma coisa boa e distante. Semana passada, por exemplo, me vi quase chorando na AABB, de saudade da turma de 3o ano, porque nossa última reflexão (passeio de fim de ano com a turma toda) tinha sido lá, e foi memorável.
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Eu não queria ter que me livrar de tudo isso um dia, porque sou idiota e sentimental em tudo o que se refere a lembranças. Mas vai acontecer, tem que acontecer, senão eu não aguento o peso. Talvez o pior seja pensar que nada num futuro próximo pode ser a longo prazo. Não tem como durar. Eu sempre vou ter que ir embora, sempre vou ter essas escolhas torturantes pra fazer, e a certeza de ter feito a coisa certa não vai bastar, eu vou sempre me encher de saudades e histórias impossíveis.
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Eu quero só, agora, que as aulas recomecem, e me dêem motivos pra me preocupar, e me afastem dos meus fantasmas. Quero que a temporada comece. Quero ficar com a cabeça cheia de coisas importantes e urgentes. Eu entendo os workaholics. Acho que sou uma.
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Eu não queria ser tão cheia de neuras, e nem queria me entender tanto. é como se tivesse um analista, desses que adivinham tudo, dentro da minha cabeça. é perturbador. Eu queria conseguir virar as costas. eu queria não querer saber. Eu queria chorar mais, do jeito que foi a madrugada de ontem, porque depois de tudo, fui dormir com uma calma enorme e uma saudade imensa não sei do quê. Chorar bem muito, até tudo ir embora e só ficar o presente. Aí eu viveria o presente e ponto. Eu acho que estou pirando.
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(soundtrack: Sam Phillips - How To Dream)

domingo, 9 de setembro de 2007

se eu fosse uma menina sem sono

Ok. Deve ter gente enjoada de ver a listinha do "e se fosse" pelos blogs around. Eu não recebi de ninguém a incumbência de fazer, dada a minha anti-socialidade-blogwôrldica, talvez. Vi no blog de mamãe há uns dias, e Jady fez também. E assim que a inspiração veio, botei o bloco de notas pra funcionar. Então, eis a lista de coisas que eu seria se eu fosse alguma coisa:

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Se eu fosse uma hora, seria 5 e pouca da manhã, quando o sol nasce.
Se eu fosse um planeta ou astro, seria uma estrela. elas brilham mesmo depois de não existirem há milhões de anos.
Se eu fosse uma direção, seria pra cima.
Se eu fosse um móvel, seria uma escrivaninha antiga, cheia de gavetas e compartimentos secretos.
Se eu fosse um líquido, seria café. a bebida dos nerds, por acaso.
Se eu fosse um pecado, seria a ira.
Se eu fosse uma pedra, seria um quartzo rosa (tem um no layout do blog).
Se eu fosse uma árvore, seria um ipê-roxo, de preferência no meio de outras árvores verdes e bestas.
Se eu fosse uma fruta, seria uma pitanga bem madurinha.
Se eu fosse uma flor, seria uma violeta. miudinha, mas forte.
Se eu fosse um clima, seria frio, mas não a ponto de prender todo mundo em casa. só friozinho pra deixar as pessoas chiques com chapéus e casacos.
Se eu fosse um instrumento musical, seria uma flauta transversal. difícil até achar a posição certa.
Se eu fosse um elemento, seria mau. just kidding... eu seria a água.
Se eu fosse uma cor, seria primária. vermelho.
Se eu fosse um animal, seria um coaaaaaaaaaaala!! fofo e caro pra manter.
Se eu fosse um som, seria o da chuva. ou o do mar.
Se eu fosse uma música, seria de Chico Buarque.
Se eu fosse um sentimento, seria algum tipo de amor torto e confuso.
Se eu fosse um livro, seria sobre outro mundo.
Se eu fosse uma comida, seria cheia de gordura trans.
Se eu fosse um lugar, seria o ateliê de Cloves em fim de período.
Se eu fosse um gosto, seria o de morango coberto de chocolate meio-amargo.
Se eu fosse um cheiro, seria o de pão de queijo recém-saído-do-forno. ou cheiro de sundown, tanto faz.
Se eu fosse uma palavra, seria implícita. não é qualquer um que entende.
Se eu fosse um verbo, seria imperativo. e rápido.
Se eu fosse um objeto, seria um espelho.
Se eu fosse uma peça de roupa, seria básica, adaptável e indispensável. Provavelmente um sutiã preto milagroso.
Se eu fosse uma expressão, seria um sorriso bem aberto e idiota.
Se eu fosse um filme, seria Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (o link é de um flog que eu tive num passado distante, e escrevi sobre).
Se eu fosse personagem de desenho animado, seria o Dexter. Neeeerd.
Se eu fosse uma forma, seria uma espiral em proporção áurea.
Se eu fosse um número, seria 7. já falei sobre ele. é elegante, ímpar e cheio de significados.
Se eu fosse uma estação, seria o outono-quase-inverno.
Se eu fosse uma frase, seria um verso. Na verdade dois. De Chico Buarque. "Bambeia, cambaleia, é dura na queda, custa a cair em si. Largou família, bebeu veneno e vai morrer de rir".


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Wonderbra special series Line Gilmore.

(soundtrack: Chico Buarque - Samba e Amor)

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

independência ou educação!

Essa foi a mais pitoresca das faixas do desfile de 7 de setembro de minha querida cidade natal. Idealizada por alguma professora primária que devia estar muito cansada de seus moleques, e doida pra que eles respondessesm "morte!"
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Não, este não é um post-indignado-politizado-patriota. Longe disso. Eu só não achei que fosse rir tanto num desfile. É o primeiro que eu assisto de verdade, inteiro, sem nenhum compromisso de nota ou de presença no local (a popular Avenida). Ok, é normal que nesses desfiles de colégio que não tem fanfarra a banda não seja lá essas coisas, mas esse ano o pessoal se superou: a banda era... um carro de som. Yeeeep. Que tocava uns 10 minutos e repetia exaaaaatameeeente a meeeeesma múuuusica. É aceitável também que meninas se fantasiem de princesa Isabel, meninos de Dom Pedro. Pois hoje eu vi fadinhas, coelhinhos da páscoa, padres, ala-das-baianas-de-6-anos-de-idade, bailarinas, anjinhos, RBDs (é, meninas de minissaia de pregas, meias 3/4, gravatinha, laço no cabelo, etc etc) e até - pasmem! - um clube de pré-idosos. É, existe essa faixa etária.
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Enfim, a manhã do dia da pátria foi um festival de tosqueiras de cidade pequena. Tosqueiras das quais eu nem sabia, mas estava com saudade. E é claro, teve a companhia divertidíssima da velha guarda da família de mamãe. A certa altura, tia Ju começou a enumerar, às gargalhadas, os membros da família que tinham sérios distúrbios mentais, e morreram de forma triste e trágica, ou sumiram, ou estão causando problemas pro resto do clã, o que me assustou um pouco, porque eu tenho plena consciência de que ninguém aqui em casa é perfeitamente normal.
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E simplesmente não consigo terminar esse post de uma maneira decente. Estou cansada da praia que veio depois do dever patriótico, lentinha, levemente entediada e sem paciência pra forçar meus neurônios preguiçosos a fazer qualquer coisa. Se mami, sivuplê, der um tempinho no pc do quarto, vou dormir assistindo Gilmore Girls, pra variar.
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(soundtrack: Scorpions - Lonely Nights)

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

love story

Tudo começou numa tarde chata de domingo, no distante ano de 2003. Eu tinha 15 anos, e lembro como se fosse hoje. A gente morava na Av. Bahia, porque a casa onde em moro por 1/3 do ano estava em construção. Tinha um colchão no chão, na frente do sofá, com a distância perfeita pra a televisão, e uma profusão de travesseiros e edredons. Aí começou aquela série ainda desconhecida dos reles mortais que não tinham tv a cabo: Tal Mãe, Tal Filha, no SBT. 1º episódio da 1ª temporada. Rory vai para Chilton. De repente, passou a 1 hora normal do episódio, e quando eu me dei conta, já estava irremediavelmente viciada. Eu e mamy, as próprias Gilmore Girls.
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Mas todo mundo sabe que se tem uma coisa que o SBT não respeita de jeito nenhum, são os fãs de séries gringas. Logo, a season 1 de GG (eu nem sabia ainda que o nome era Gilmore Girls) foi assistida muito mais-ou-menos, fora de ordem, sem frequência certa, e depois de um tempo o vício foi passando, porque não tinha muita coisa que o alimentasse.
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Aaaanos mais tarde (ok, um ano mais tarde), mamy e papy finalmente resolveram colocar DirecTv em casa - já na casa nova, recém-construída -. Então, um dia, totalmente por acaso, zapeando pelos canais de séries, descobri Gilmore Girls, passando todos os dias às 10:30 e 15:30 no Warner Channel. Obviamente era a reprise, porque a nova temporada (4ª, se não me engano) passava todas as terças-feiras, e já escrevi algo sobre esse ser um dos motivos de eu adorar tanto esse dia da semana.
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GG virou minha novela-das-oito. Eu não perdia dejeitonenhum, até porque no Warner, os episódios passavam certinho. Chegava toda terça da Clave de Sol, corria pro banho e pra frente da tv. E todo dia eu travava uma batalha com o irmãozinho, pra convencê-lo a para de assistir o que quer que ele estivesse vendo e me dar o controle. Mas eu conseguia. E lia spoilers (com todo o cuidado pra não saber mais que o necessário), baixava wallpapers, catava a trilha sonora - que só foi ser organizada e botada à venda bem recentemente -, enfim, era fã de GG em todos os sentidos. Nada em Gilmore Girls é óbvio. Nem o humor, nem nada do que acontece, nem a maneira das duas de demonstrar amor. Ainda lembro do episódio em que Dean diz que ama Rory, e ela, ao invés de dizer "eu também", entra em choque e sai correndo. Minha vida e meu relacionamento com mamy tinham (têm) uma semelhança absuuuuuuuuurda com os fatos pitorescos tirados da cabeça de Amy Sherman-Palladino, e logo a gente começou a se chamar Rory e Lor. Só para os íntimos.
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Aí, um belo dia, quando voltei das férias em Recife, no começo de 2005, doida pra matar a saudade de Lorelai, Rory, Luke, Jess, Dean and co., mamy me vem com a notícia aterradora que tinha cancelado a DirecTv. Porque tava ficando caro, porque ela ficava sozinha em casa, porque eu ia entrar no 3o ano e não precisava de tanta distração, etc etc etc. Eu quase surtei. Eu quase cortei os pulsos. Eu quase me joguei da varanda (mas não ia adiantar muita coisa, porque é só 1º andar). Mas o que é que eu podia fazer, né, a vida continua, eu tinha trezentos milhões de outras coisas pra pensar, então aceitei com resignação meu destino de órfã de Gilmore Girls.
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Parei com os spoilers, parei com os fóruns, mudei meu wallpaper, saí de todas as comunidades de GG, porque a raiva de não estar assistindo ia ser enorme. Esse foi meu surto de abstinência. Mas com o tempo, a frustração passou, afinal eu estava no 3º ano, e o que não sobrava era tempo pra me lamentar. Mas também, eu sabia que um dia Rory e Lor iam voltar pra mim, e não ia adiantar nada eu ficar sabendo de toda a season 5 sem assistir. Perdia a graça. Mas mamãe ficou sendo Lor, e vovózinha carrega pra sempre a lisonjeira alcunha de Emily Gilmore, porque certas coisas simplesmente ficam.
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Quando resolvi ter um blog, eu precisava de um apelido, tipo Vivi Griswold, Clara McFly ou Flá Wonka (não é segredo nenhum minha tietagem do Garotas, né pessoal?). Aí, nada melhor que Line Gilmore, of course. Deu uma saudadezinha. Sempre dava, não tinha jeito. Eu ficava sabendo por línguas soltas que Rory dispensou Jess, que Lorelai estava com Christian, que Lorelai estava com Luke, que Richard e Emily se separaram, que Rory estava com Logan - aaai Looooooogan! - , que Lor e Rory estavam brigadas (o quêeeeeee?), que Amy Sherman ia largar a série, que a season 7 era a última e nem estava tão boa assim, e de repente aconteceu. GG acabou. E eu nem me despedi. E eu nem vi como acabou. Buá.
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Um belo diiiiiia, há pouco mais de 1 mês, no auge do meu tão famoso fim de péríodo, vejo eu um dvd escrito "Gilmore Girls - 6ª temporada". Demorou pra eu me lembrar de onde aquilo tinha saído, e mais importante: por que eu não assisti antes. Mas é claro! Roni baixou e me deu, mas se eu não tinha visto a season 5, como é que ia assistir a season 6 assim, sem mais nem menos? Pensei, pensei, olhando pra a cara do dvd, e resolvi, numa daquelas madrugadas solitárias e sem sono: dane-se a ordem dos episódios, e dane-se o fim do período, eu ia matar a saudade de GG there and then.
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E matei. Assisti os 7 episódios (só cabe isso num dvd) em 3 dias. Ver de novo todas aquelas coisas que eu conhecia tão bem me deu uma melancolia gostosa. o Dragonfly Inn, as empregadas rotativas de Emily Gilmore, o cachorro de Lorelai, cujo nome é só um pouquinho esquisito - Paul Anka -, as canecas de café do Luke's... caí no vício de novo, depois de anos "limpa". E como sempre acontece, fiquei doida por mais. A sorte é que na época, outras coisas me fizeram surtar, e minha atenção se desviou um pouco. Mas assim que entrei de férias, vim embora pra casa e botei o dedinho no mouse, e começou a baixação, meio a contragosto de mamy, porque ocupa um espaço absurdo no pc (300 mega, cada ep), mas ela sabe que a culpa foi dela de ter cancelado a DirecTv. No momento, já tenho a 6ª e a 7ª temporadas completas, e a 5ª pela metade. Vou levar todos os devedês pra casa, feliz da vida, e GG vai ter um lugar de honra, junto da minha coleção de documentários de Chico. Aliás, descobri um gosto especial por colecionar coisas, mesmo que seja só mandar baixar no eMule e let it happen, é uma alegria imensa quando vejo os eps se completando e marco o ok na listinha que eu fiz pra não endoidar com tantos números, e vou guardar de lembrança.
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No momento, estou assistindo a season 6, o que ainda falta dela. Tudo in english sem legendas, porque a paciência pra procurar é pouca e a vontade de assistir é muita. Além do mais, é uma incrível ginástica mental tentar entender o que as duas falam na velocidade peculiar Gilmore. Minhas férias vão ter gosto de Stars Hollow.
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off the record: acabei de ter noção de como eu sou absurdamente nerd, geek, ou o que quer que essa paixão desenfreada por uma série americana seja.
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where you lead, I will follow
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(soundtrack: Grant Lee Phillips - Monalisa - da trilha de Gilmore Girls)