quarta-feira, 28 de junho de 2006

feliz? de saco cheio? stressada.

E depois de quase 3 meses em recife, soltem fogos!!! 1a madrugada na net, vivaaaaaaaa!!

Line Gilmore comunica que já está com internet em casa (com a velocidade de uma tartaruga cotó, mas vale), e pode ser que apareça com um pouquinho mais de frequência, embora nada seja garantido, já que ela agora é uma pessoa mais ocupada do que se pode ter idéia.

É pessoal, voltei pra minha fonte de inspiração, meu pc, meu amor, meu tecladinho preto que conheço tão bem, mesmo sem as aspas, e estava morrendo de saudade. Às vezes fico me perguntando se tem algum jeito de viver sem dormir, só pra poder curtir o blogworld e a internet a noite inteira, como eu costumava fazer nos 4 meses antes de vir pra Recife. Só que antes eu tinha o dia todo pra colocar o sono em ordem, e agora? Já morro de medo de ter que usar a noite toda pra fazer meus trabalhos de faculdade (nossa, me sinto tão gente grande falando "trabalhos de faculdade"!), e não sobrar tempo nenhum pra a tão saudável prática de escrever coisas bobas no blog e fuçar o orkut alheio, além, é claro, das famoooosas conversas de msn que varam a madrugada. E agora que voltei (e sei que é só por hoje, que definitivamente não vou fazer isso todo dia) é que percebi o quanto me fez falta. Tenho que reconquistar meus amigos, porque alguns com certeza já esqueceram que eu existo, e com razão... Tenho que tomar vergonha e cuidar da cara disso aqui, já que tô com Photoshop, Corel e net, e tenho que aprender a usar os 2 primeiros satisfatoriamente, porque meus queridos profs daqui a pouco começam a exigir um bocado.

Já deu pra ver que tô com um milhão de coisas na cabeça, e o pior: coisas que só tendem a se avolumar cada vez mais. Deus me ajude a não enlouquecer de vez (mais, né...). E eu queria tanto um amor quando cheguei aqui... hoje isso parece tão bobo. Claro que não faria mal nenhum ter um colinho e uns beijinhos no fim do dia cheio, mas quando eu penso que dá pra adiantar bem mais minha vida se eu não tiver distrações amorosas, fico bem mais tranquila. O quê??? Eu falei isso? Tomara que eu não vire uma workaholic quando crescer, aff.

O caos em que se encontra minha vida sentimental, aliás, merece um post inteiro. Por enquanto, deixem as palavras passearem no stress da minha cabecinha. Tem horas em que eu penso que é demais pra ela, que eu devia estar ainda na escola, que ainda sou muito menininha pra isso tudo, sabe... me olho no espelho e tenho 15 anos. Estranho... eu queria mesmo não ter que resolver onde/com quem/fazendo o quê vou passar o weekend, porque no weekend propriamente dito é legal, mas na hora de decidir é stressante. Tô descobrindo que tenho um sério problema com decisões. Prestes a tomar uma decisão totalmente ilógica pra qualquer pessoa, mas que me deixa inexplicavelmente tranquila, enquanto seguir o senso comum e até os conselhos de mamãe (e de tia Iara) me dá um nervooooooso, uma sensação de que de repente vai dar tudo errado, e eu não vou ter pra onde correr... e já cansei de pedir opinião. Definitivamente não é uma prática saudável, e me deixa mais confusa ainda.

Mas apesar de tudo, apesar do caos, do tempo apertado, de meus amores complicados, da net leeeeerda, dessa chuva chata que resolve cair bem na hora que eu saio de casa, a sensação que tenho agora é a de que everything will be alright, mesmo que não seja agora, e mesmo que não seja do meu jeito. Meu curso de Design me deixa feliz, meu trabalho me faz sentir útil, minha família perto me dá o apoio que eu preciso, e Deus me carrega no colo quando eu não consigo andar com as próprias pernas. Então tá tudo bem.

Fim do post oficial.
Agora uma pequena, minúscula, ínfima, insignificante (tô brincando) homenagem a meu irmãozinhooooooo!!
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Ele é um pentelho, emburra por qualquer coisinha às vezes, fala tão rápido que ninguém entende e fica insuportável de vez em quando.
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Mas já me fez rir demais com suas piadas sem noção, e é gostoso demais ver a alegria dele quando ganha presentes, qualquer presente. Sabe todas as manhas do The Sims, e a gente já dividiu muitas histórias nesse joguinho que eu morro de saudade. Já foi meu cúmplice em muitas traquinagens, e nós dois já driblamos tanto os castigos de minha mãe que fica sem graça falar aqui (mentira, só não falo pra ela não saber mesmo). É um magrelo que a gente quase não sente quando abraça, mas tem uma força incrível pra um monte de coisas. Adora inventar mecanismos, desmontar carrinhos de pilha pra usar o motor e matar formigas com detergente. Vive tirando onda porque eu sou baixinha, desde o dia em que descobriu que estava 1 mm mais alto que eu. Escreve as histórias mais sem-noção que existem, e é mestre na arte de contar piadas sem graça, e todo mundo acaba rindo. E vai ser Kiko pra sempre, pra mim. E eu morri de vontade de estar lá em Ilhéus pra dar o abraço de aniversário dele. Ele adora fazer aniversário, com certeza é o dia mais feliz do ano.
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Então, irmãozinho, aproveitou o dia? Aproveite o resto da vida também, que faz bem. Te amo muito muito muuuuuuuuuuito!! E queria te apertar e dar um monte de beijos melados, daqueles que você odeia e eu dou só pra provocar...

(soundtrack: Flying Machine - Smile a Little Smile For Me)

sábado, 17 de junho de 2006

music and me

Tá. Eu sei que tá todo mundo esperando, mas não vou escrever sobre meu fantáaaastico, maravilhooooso, tuuuudo-de-bom curso de Design na UFPE. Nem sobre o Dia os Namorados meio esquisito... Não vou escrever mais uma vez sobre toooodo o processo de estar virando gente grande, porque uma hora abusa.
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O assunto de hoje é música. Não sei se já falei disso aqui, mas eu tenho uma relação muito especial com certas músicas, porque me fazem sentir de novo coisas que já estavam quase esquecidas. E é bem interessante, porque elas sintetizam uma fase minha, uma coisa que aconteceu e importou muito, uma série de sentimentos peculiares, enfim... deixem eu me organizar, que as idéias estão totalmente anarquizadas aqui dentro. Ok, vamos por partes:
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Eu faço pra mim, de tempos em tempos (quando meu gosto musical muda muito bruscamente, ou quando tenho que viajar e deixar meu pc/jukebox) cds de MP3 com as favoritas. E escuto exaustivamente. Aí recebo uma avalanche de influências, volto pro pc/jukebox e vou mudando, muitas vezes de forma muito sutil. E os cds vão ficando lá, se acumulando, guardando lembranças fortíssimas. Porque pra tudo que acontece comigo tem uma música, e com elas, as sensações são infinitamente mais intensas, e eu faço questão de sentir tudinho com todas as forças, porque sei que vou lembrar depois que tudo passar. Choro, dou risada, fecho os olhos e sonho, canto junto...
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Aí um dia, dá na telha escutar as músicas antigas (se 1 ou 2 anos for um tempo enooooorme...). Esses dias, por exemplo, o que tava tocando foi trilha sonora dos últimos 3 meses de 2005, que incluíram fim de 3º ano, férias, vestibular e uma paixão meio torta (muito torta). Tudo o que eu fazia era suspirar e fechar os olhos, pra ver se a música me fazia sentir certas coisas de novo. E fez, mas de um jeito calmo, diferente do furacão que me atravessou na época. Lembrei da escola, que me deixou uma saudade que toda vez eu penso que vai passar já já, mas não passa nunca. E dessa paixão torta. Aí ri. Não ia mais chorar, porque o choro é muito mais intenso do que o riso, e essa história toda já está adormecida demais pra tanto. Mas ri, tendo certeza que passou.
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Aí fiquei pensando se daqui a um tempo vou rir também de agora. Se tudo que é tão forte vai se resumir a um suspiro quando eu ouvir as músicas que me resumem hoje, muitas delas soundtracks daqui. E resolvi nunca, nunca abandonar o hábito de fazer meus cds originais (que, diga-se de passagem, só eu consigo curtir por inteiro).
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(soundtrack: Counting Crows - A Long December)

sábado, 10 de junho de 2006

não exatamente um post feliz

Acontece uma coisa incrivelmente estranha comigo ultimamente: parece que quanto mais coisa acontece comigo, menos eu consigo postar. E não falo aqui de falta de tempo ou de conexão (e as duas coisas realmente conspiraram contra mim, além do mr. Blogger, que entrou em manutenção um dia desses, justo quando eu tinha feito um post daqueles que a gente se orgulha de ter escrito), mas o pior de tudo é a dona Inspiração que - entrando em ritmo de copa - me dá um olé de vez em quando, cada vez mais de vez em sempre.
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Tá. Pra começar, domingo passado vi mamãe no aeroporto (quem frequenta o blog dela já deve saber) , e foi só por uns 40 minutos, mas valeu muuuuuuito ter acordado cedo, ter feito meu priminho acordar cedo pra me levar, enfrentar o frio (é, frio!) que faz em Recife de manhã cedo, só pra ver mamãe ao vivo, e ver que, contrariando todas as expectativas, ela está incrivelmente bem!! E linda, e muito mais magra do que eu me lembrava, uau!
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Ok, vou explicar essa história das expectativas. Tive sérias dúvidas sobre trazer ou não esse assunto pra dentro do blog (e muitos dos ilustres visitantes até já sabem), mas como isso aqui é meu divã, vou me abrir com ele, kkkkk...
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Mas então... meus pais se separaram recentemente. Muito recentemente mesmo, tipo, meu pai veio pra Recife essa semana. Mas é claro que uma separação não acontece deuma hora pra outra, e com eles não foi diferente. as coisas não estavam às mil maravilhas há um bom tempo. E vou confessar agora que na maioria das vezes que eu resolvi não postar oficialmente porque estava down, o motivo era esse. Já passei por todas as fass traumáticas da situação, desde não acreditar, não entender, não aceitar, não segurar as lágrimas, não ter idéia de como ia ser a vida daqui pra frente... já tive pena de mim mesma, já me senti totalmente impotente (e realmente não tinha nada que eu pudesse fazer), já tive raiva de meus pais, por terem deixado isso acontecer, e sabia desde o começo que os dois tinham culpa no cartório. Mas passou.
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Deus me deu clareza pra ver que se meus pais não estão felizes um com o outro, é melhor que tentem ser felizes cada um no seu canto. E que os dois me amam do mesmo jeito, talvez até mais do que antes. E que não foi culpa minha. E (pelo menos pra mim, pelo menos por enquanto), acho que não vou ficar cheia de traumas, até pelo fato de já estar crescidinha, e de meus pais terem sido muito felizes juntos na época em que eu ainda podia ficar traumatizada. Talvez, aliás, essa seja uma das razões pelas quais eu fiquei de boca aberta da primeira vez que minha mãe me explicou a situação, porque pra mim, eles tinham sido feitos um pro outro. Eu cresci vendo surpresas, presentes de dia dos namorados, aniversários de casamento, beijos, saídas pra jantar sem as crianças... às vezes ainda é difícil entender como o amor morre desse jeito. Aí tem uma música de Nando Reis, que me acompanhou um bocado durante todo o percurso, que diz:
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"a gente não percebe o amor
qu se perde aos poucos sem virar carinho
guardar lá dentro o amor não impede
que ele empedre, mesmo crendo-se infinito
tornar o amor real é expulsá-lo de você
pra que ele possa ser de alguém"
(quem vai dizer tchau)
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Sei lá, vai ver foi isso o que aconteceu. Já cheguei na fase de desistir de tentar entender. A única vontade qu eu tenho agora é a de fazer diferente deles, apesar de não saber direito onde foi que erraram. De não desperdiçar o amor, de fazer feliz quem me ama.
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E essas coisas todas vieram parar aqui por conta da melancolia que costumo sentir perto do Dia dos Namorados, com tanta gente iritantemente feliz e apaixonada à minha volta... e depois que eu vi, aqui na casa de meus avós, o quarto do meu pai, as coisas dele arrumadas no guarda-roupa. As camisas que o tempo todo dividiram espaço com os vestidos de minha mãe, a cama com um travesseiro só no meio (e meu pai nem dorme de travesseiro, minha mãe é que sempre usa uns 3 ou 4), os sapatos dele sozinhos... muito estranho.
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Mas com essa história toda, pelo menos meu irmão e eu fomos poupados da parte de ver o pai só nos fins de semana, ou ter que dizer qualquer coisa na frente de um juiz, ou ver os pais brigando por causa de pesão alimentícia. E eu agradeço a Deus todo dia por ter vindo pra cá, e não estar morando com nenhum dos dois.
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Esses dias meu pai foi no cinema comigo, assistir O Código DaVinci (não perguntem o que eu achei do filme). Como se ele quisesse recuperar o tempo perdido de alguma coisa... sei lá.
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E eu ia falar de tanta coisa no post de hoje! Mas não sobrou espaço pra mais nada.
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(soundtrack: Wilco - How To Fight Loneliness)