domingo, 13 de julho de 2008

de mudança

Não avisei pra muita gente. Eu já vinha pensando em me mudar há um tempinho, mas a vontade bateu com força agora, porque agora eu tinha tempo pra cuidar de de todas as frescurinhas que envolviam o processo.
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Então pessoal, atualizem seus feeds, mudem o link em seus blogs, troquem a página nos favoritos (se é que alguém ainda usa isso depois da revolução RSS), porque Line Gilmore tá indo embora de mala e cuia, com todas as suas listinhas e crises e não-posts e declarações de amor. Para o Wordpress. Por quê? Porque eu quis, tá? Porque é cool, porque mudar faz bem, e eu precisava. E dessa vez não bastava só trocar a imagem do topo do layout, a mudança tinha que ser de verdade. E o blog tinha que mostrar que valia o esforço.
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Sim, sim, trocar de host é um grande passo. É como, sei lá, cortar o cabelo, comprar um cachorro, colocar "namorando" no orkut. Não é, no entanto, como fazer uma tatuagem. Por isso estou deixando essa que foi minha casa por mais de dois anos arrumadinha, com todos os móveis no lugar, pra se por acaso um dia eu brigar com Mr. WP e resolver voltar correndo.
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E pra quem eventualmente vem aqui e lê o blog todo (não sei se sou só eu que faço isso, mas eu faço mesmo, e daí?), não se preocupe, que levei tudinho pra lá. Deu um trabalho danado taggear todos os posts (e confesso que acabei corrigindo umas coisinhas que estavam esquecidas, tipo posts sem título e formatação estranha), mas compensa, pra não começar do zero um blog que já tem 2 anos de história. Só não consegui pegar os comentários, mas se tiver saudade deles, venho aqui.
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So this is goodbye. Acho que vou sentir uma saudadezinha dessa caixa de texto desse jeitinho, do botão laranja de publicar, da linguagem fácil. Do B. Mas já tava na hora de virar gente grande. Então, sem mais delongas, é aqui, povo!

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(soundtrack: Pato Fu - Woo)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

no place like home

Com frio. E casaco, e meia, e cobertor de lã e edredon até o pescoço.
Com saudade de Namorado. Do abraço, do beijo, do jeito que ele fica ranzinza quando tá com sono, do cheiro. Mas não do amor, que quase dá pra ver.
Com gente nova entrando em casa.
Com barulho de tosse o dia inteiro, e pílulas e chás e nebulizações e homeopatias que, felizmente, não são pra mim.
Com todo o tempo do mundo.
Com um livro quase no fim.
E feliz por estar em casa. O único lugar do universo onde dá pra parar, diminuir o ritmo e fazer milhões de planos pra quando voltar.
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e o único lugar que rende esse tipo de foto.
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(soundtrack: não sei exatamente o nome da música, mas é de um cd de cantigas de ninar da Disney, antiiiiigo, do tempo em que eu não precisava de Frontal pra dormir)

domingo, 6 de julho de 2008

Friozinho (bem "inho", afinal ainda estamos em Hellcife), chá, cobertor e livro bom, que tô com pena de começar a ler, porque tenho a leve impressão de que vai acabar muito rápido. E Cambaio, raridadezinha deliciosa de Chico que acabei de descobrir (lesa e levemente atrasada). E muita, muita preguiça sem culpa. Quer coisa melhor pra férias de inverno?
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(soundtrack: Chico Buarque - Uma Canção Inédita)

segunda-feira, 30 de junho de 2008

depois do almoço

[...]
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Namorado: mas agora que você tá mais ou menos de férias, vai voltar a postar mais, né?
Line: hmmm... muito não.
Namorado: muito não...
Namorado: você escrevia um bocado.
Line: é. sei lá, é que agora não tem mais tanta coisa acontecendo, não tem tanta necessidade de escrever. Voocê me pegou num momento muito caótico, tudo acontecendo ao mesmo tempo.
Namorado [perplexo]: e agora, não é caótico não?
Line: não... não. agora tá tranquilo.
Namorado: e tá bom?
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[Line sente o coração aumentar de tamanho e esquentar, e sorri.]
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(soundtrack: Nando Reis - Sim)

sábado, 21 de junho de 2008

look at all the lonely people

A gente tem que prestar mais atenção ao que acontece com as pessoas que estão por perto (e as que nem estão tão perto assim). Tem tanta gente passando por coisa que a gente nem imagina... Porque parece estar tudo bem, porque tá calmo na superfície. Mas ninguém devia ter que enfrentar os próprios fantasmas completamente sozinho. Chega uma hora que as forças acabam, a vontade de continuar vivendo acaba, e a gente precisa de alguém pra nos puxar de volta pra a vida, ou pelo menos tentar. Pelo menos saber.
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Aí quando acontece o pior, quando alguém tenta parar de viver e consegue, não dá pra entender. Porque ninguém prestou atenção. eu não prestei.
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De alguma maneira ela estava pedindo ajuda, não é possível.
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Eu vou sentir falta. Sim, soa hipócrita ouvir alguém que não fala com uma pessoa há meses dizer que vai sentir falta, mas é diferente a falta de "até as próximas férias" da falta de "mais nunca". E vou lembrar dela feliz e espevitada, como sempre foi, desde a primeira vez. Ela não hesitava em dizer "te amo". Ela abraçava. Ela ajudava. Ela cantava e dançava. Ela falava alto. Ela dizia o que ninguém mais tinha coragem. Ela tinha que ter tido coragem pra continuar, pra passar por cima do que quer que estivesse acontecendo, como sempre teve pra tudo na vida. Ela parecia tão feliz, tão normal.
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Hoje ela me fez esquecer de coisas pequenas, tipo minhas unhas e o fim do período e as horas que eu não tenho, e pelo menos por um dia parei pra pensar no que realmente importa. E eu quero a vida, por mais assustadora que pareça, por mais difícil que seja continuar. E não vou enfrentar meus fantasmas sozinha.
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(soundtrack: Beatles, - Eleanor Rigby)

quarta-feira, 18 de junho de 2008

fim de período

Os pratos estão formando uma torre na pia. Tem tecidos e papéis espalhados pelo chão da casa toda. Tem roupas jogadas de qualquer jeito no quarto, de quando eu chego em casa, tomo um banho e em vez de cair na cama, morta de cansada, ainda vou trabalhar mais. Já enjoei das músicas do pc, de tanto que escutei enquanto trabalhava nele. A câmera não tem mais memória pra fotografar, de tanta foto de trabalhos sendo feitos que tem nela, e não tenho tempo pra descarregar arrumadinho. Minhas unhas estão pedindo desesperadamente pra eu olhar pra elas com carinho, mas eu não vou ouvir. As palavras escapam antes de serem ditas, e fica aquele branco incômodo de mente cansada. O raciocínio lógico tem uma hora que não funciona mais. A coluna resiste bravamente, e por enquanto só dói um pouquinho, pra eu lembrar que ela existe. O dinheiro vai embora da conta mais rápido do que se diz "aceita visa?", de tanto material que tô tendo que comprar. Almoço é uma coisa que não existe muito, Namorado é uma coisa que eu não vejo muito, sono é uma coisa à qual não tô podendo me dar ao luxo agora. A personificação do caos, essa sou eu em final de período.
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Mas ainda me lembro, todos os dias, de trocar a água das flores que ganhei de presente. Nem tudo está perdido.
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^^
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(soundtrack: Belle and Sebastian - Lord Anthon)

terça-feira, 10 de junho de 2008

mesa de trabalho de Line Gilmore, prazer.

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Computador, coisas coladas com durex no computador (basicamente tudo que tenho que fazer nas próximas duas semanas. besteirinha), Jones - meu toy-art particular, esquecido de presente de Curupa. Eu super queria que ele e a Barbie tivessem um relacionamento feliz e duradouro, especialmente agora perto do dia dos namorados, mas ela é de plástico e tem prazo de validade na minha mão =/ - completamente desolado com o tanto de coisas que tenho que fazer nas próximas duas semanas, pixel art no desktop, monitor #2 desligado por causa da tablet, taaaaaablet (recém ganhada linda linda maravilhosa e com mouse wireless ai que chics), caneca-presente-antiquiquíssimo-de-vó melada de café de de manhã cedo *vergonha*, caneca-de-Nescafé-ganhada-da-mãe-na-base-da-chantagem-emocional com canetas que não funcionam mais mas são bonitinhas, garrafinha de coca-cola roubada (não dá pra ver porque Jones tá na frente, mas está lá sim senhor), foto cute-cute de 15 anos atrás com Irmãozinho e um minúsculo pedacinho da bolsa que costurei quando ainda tinha tempo pra isso (preta, no cantinho direito, ó). E João Grandão ali atrás, em motion blur.
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Ok, confesso que arrumei pra a foto, e normalmente não tá tão bonitinho. Mas foi só ontem (dia dessa foto) que vi como tô ficando nerd. By the way, quem é que dizia que o homem é bom, a sociedade é que o corrompe?
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(soundtrack: The Cardigans - No Sleep)
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e comentando a soundtrack (e pessoas, prestem atenção, porque posso estar instituindo uma nova tradição aqui no blog: comentar a música do dia, caso ela mereça ser comentada. Já quis fazer tanto isso e não fiz, não tem momento melhor que agora pra começar, né?): estou tendo um affair delicioso com The Cardigans. Tá, já conhecia os hits mais mais há um tempinho, mas fui descobrir a banda mesmo por causa do Last.fm (saaaanto Last.fm!), e a bola da vez, ou melhor a bolacha da vez é Long Gone Before Daylight (não quer baixar? ouve aqui). O melhor dos melhores de todos os discos da banda eveeeer. É todo cheio de emoção e melodias lindas e tristes - bittersweet é a palavra que define isso melhor do que qualquer outra -, a voz de Nina é macia e gostosa e feminina, tem um instrumental diferente e que enche o ar, um violão meio indie, meio folk, bem calminho, especialmente nessa música, No Sleep, que tem uma letra linda. E tem Communication, que é simplesmente A Música (e que fez Namorado ficar super com medo e se sentindo culpado, só porque mandei ele escutar depois que a gente tinha não se entendido muito bem, e foi aí que eu vi que ela é poderosa). E é pop, easy-listening, o tipo de música que fica na cabeça o dia inteiro se deixar. Super recomendável pra dias de chuva, ou pra aquela sessão de experimentar-todas-as-roupas-do-armário (porque tem umas músicas que super dá pra dançar, tipo Live and Learn), ou sei lá, presta de qualquer jeito. E só meu pequeno comentariozinho sobre a soundtrack do dia foi maior que o post. Adoro isso. E viram que fui super boazinha e coloquei bem muitos links? That's all folks. Aguardem novas descobertas.

domingo, 8 de junho de 2008

pra contar pros netos

Eu tinha perdido meu celular, e estava mais ou menos desesperada. Fiquei completamente desesperada quando consegui um telefone emprestado de alguém no estágio, liguei pra Namorado e ele disse que não, eu não tinha esquecido no carro dele. E voltei a ficar só mais ou menos desesperada quando ele disse que sabia com quem estava, que foi um tal de Alisson que foi procurado pela tia do restaurante do CAC, porque era o primeiro número na minha agenda telefônica. A tia ligou, o tal-do-Alisson foi lá e pegou meu celular pra me devolver, não sem antes ter que provar, de 082651356 maneiras diferentes que me conhecia e não era um cara mal-intencionado que só queria roubar um celular todo arranhado e incrustado de materiais estranhos (porque é isso que acontece quando você é uma pessoa agoniada e trabalha com materiais estranhos que deixam a mão suja).
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Enfim, o-tal-do-Alisson ligou pra Namorado - que era o número mais recente na discagem rápida - e queria combinar com ele pra entregar, só que o horário dos dois era péssimo, então era melhor eu mesma combinar com o-tal-do-Alisson, pra pegar meu aparelho no outro dia.
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Seria uma história no mínimo curiosa, se o-tal-do-Alisson não fosse o super-famoso-blogueiro-e-meu-amigo-de-internet Aju. Que tinha se mudado pra Recife há menos de 1 mês. Cujo telefone estava na minha agenda há menos de uma semana. E que eu ainda não havia conhecido pessoalmente(!!!). Agora já tinha motivo. E no dia seguinte à agonia toda de "perdi meu celular", eu estava esperando aju na frente do CFCH, de chapeuzinho e flor vermelha no cabelo. E tivemos uns bons 40 minutos de conversa fiada regada a coca-cola, e eu super me diverti com as histórias desastrosas de Aju com meninas-que-gostam-de-forró. É, foi mais do que no mínimo curioso... é dessas histórias que a gente conta no Natal pra a família. ai ai.
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E hoje é aniversário do Aju. E como boa conselheira sentimental e psicanalista particular, eu sei que já disse, mas vou dizer de novo, que não custa: vem muita m* por aí (brincadeira, a frase certa é "gosto muito de tu, e te desejo muita felicidade, muita sorte e pouco forró daqui pra frente").
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e muitos anos de vida.
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(soundtrack: Barão Vermelho - Maior Abandonado)

Mas agora, neste exato momento, eu só queria não ser eu mesma. Ou não ter saído de casa. Ou ter ido pro outro lado. Ou não ter comprado aquela #%$*^& de Ruffles.
Só acontece comigo.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

das coisas que eu quero

[copiado da Intense]
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Eu quero dormir umas 12 horas seguidas, e acordar tendo café-da-manhã pronto. Eu quero um edredon. Eu quero terminar de uma vez por todas meus trabalhos. Eu quero ter uma boa idéia. Eu quero que Namorado perca o mau-humor de de-manhã-cedo, só por estar do meu lado. Eu quero acarajé. Eu quero uma furadeira de impacto. Eu quero um cachorro. Eu quero que minha internet funcione direito. Eu quero acordar com música de manhã. Eu quero fondue de morango. Eu quero encontrar um presente legal e não-caro pra o dia dos namorados. Eu quero que chegue o dia dos namorados. Pensando bem, o dia dos namorados é na véspera da entrega do meu trabalho mais punk e mais atrasado, então só quero que chegue um dia bom pra namorar. Eu quero fevereiro. Eu quero um casaco de lã. Eu quero muitas roupas novas. Eu quero chocolate quente e filme bom. Eu quero uma diarista pra fazer faxina lá em casa. Eu quero um roupão preto. E grande, e fofo. Eu quero um par de óculos de sol que fique bem no meu rosto. Eu quero que Cá apareça. Eu quero assistir Sex and the City. Eu quero uma Barbie pra brincar e costurar roupinhas, não pra entregar no final do período. Eu quero sair. Eu quero uma caipiroska. Eu quero passar a tarde na Livraria Cultura, e no final levar livros de verdade, grandes e cheios de figuras. Eu quero achar um esmalte que combine comigo. Eu quero viajar.
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a tal da furadeira de impacto.

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(soundtrack: John Lennon - Love)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

CDU - Várzea

Aquele dia no ônibus foi muito estranho, e alguns minutos depois eu senti que foi decisivo pra o que estava acontecendo. Eu não falava com ela há mais de um mês. Estávamos nos ignorando mutuamente com a maior classe do mundo, como duas pessoas que simplesmente não se conhecem. Um belo dia aconteceu de ela sentar do meu lado no ônibus, indo da federal pra a cidade. Eram poucos lugares vazios. Tudo bem. Ia ser uma meia hora longa, eu pensei.
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Ela disse oi. E a gente começou a conversar amenidades, e coisas que aconteceram naquele meio tempo, do tipo "consegui um estágio", "tô procurando apartamento pra morar aqui perto", "meu iPod quebrou", "comecei a namorar", "coloquei 5 cadeiras esse período". Não tínhamos nenhuma disciplina em comum naquele período.
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A gente tinha começado uma amizade que tinha tudo pra dar certo, menos os temperamentos. Um belo dia, brigamos feio (e é por isso que eu super desaconselho qualquer pessoa de fazer trabalho de faculdade com amigo). E eu não ia pedir desculpas. Nem ela. A amizade e todas as coisas em comum acabaram, desceram pela descarga mesmo. Eu viajei de férias, fiquei 3 semanas totalmente desligada de tudo o que dizia respeito à faculdade, inclusive esse pequeno problema. Quando voltei, não senti a menor vontade de "voltar" com ela. Ainda estava morrendo de raiva. E achei outros amigos. E continuei vivendo, muito bem, obrigada.
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Mas naquele dia no ônibus, conversando com ela tão naturalmente, senti sim um pouquinho de saudade. Porque foi divertido o tempo que durou. Aí chegou a hora de ela descer, eu ainda ia ficar no ônibus. Nenhuma das duas tocou no assunto que nos fez brigar feio. Nenhuma das duas pediu desculpas. Eu não desci antes do que pretendia, só pra continuar a conversa. Não importava tanto.
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Depois dessa meia hora de trégua no ônibus, voltamos a não nos falar com toda a classe do mundo. Pra o resto da vida, provavelmente.
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(soundtrack: Wilco - Via Chicago)

off the record: estou tão sentimental e ultimamente. E lembrando de coisas passadas com uma facilidade enorme.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

declaração de amor torto

Ontem finalmente consegui montar meu tão adiado painel de fotos altamente egocêntricas/constrangedoras/sentimentais (e sim, ficou lindo). Aí foi dando saudade das coisas que estavam nas fotos, e não vou começar a falar delas agora, senão não acabo nunca, e tenho um vestido e uma bolsa pra costurar e um projeto inteiro de embalagem pra fazer (sim, o vestido e a bolsa são trabalhos de faculdade também).
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Mas enfim, fiquei com saudade do Irmãozinho. É, isso mesmo, do meu irmão chato e insuportável, que não consegue passar 24 horas sem me tirar do sério. Deu saudade de quando minha mãe (a propósito, comecei a chamar minha mãe de "minha mãe" por causa dele, porque morria de ciúme daquela coisa que tinha chegado em casa pra atrapalhar meu reinado de filha-única, e a mãe era minha, e a coisa tinha que ter consciência disso, logo mudei de "mamãe" pra "minha mãe") obrigava a gente a sorrir e se abraçar pra a foto. E do tempo em que nem precisava ela mandar.
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E das brigas de travesseiros muito peculiares, e de quando a gente jogava soldadinhos de paraquedas da varanda do terceiro andar. E de quando eu falava alguma coisa completamente esdrúxula e ele acreditava (todo irmão mais velho faz isso). Fiquei com saudade do meu irmão, com quem nunca consegui me dar bem de verdade, porque sei lá, parece que a gente compete o tempo todo, seja lá pelo que for. Eu sei, é feio uma mocinha toda lady e delicada e sentimental dizer que sempre viveu aos tapas com o irmão mais novo, mas é a verdade. E hoje eu queria que tivesse sido diferente, mas aposto que se pudesse viver tudo de novo, ia acabar perdendo a paciência e brigando do mesmo jeito, porque as coisas que ele faz me dão nos nervos.
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Eu juro que tentei ser mais paciente, ser a-irmã-mais-velha-com-a-cabeça-no-lugar. Eu podia ter tido mais paciência, é verdade. E fico me sentindo meio mal toda vez que vejo irmãos que se dão maravilhosamente bem, como Namorado e a irmã dele, ou Minha-Irmã e Minha-Irmã (são duas meninas que chamam uma à outra assim, "minha irmã" e "minha irmã"). E nem sei se ele lembra de mim agora, já que tem, sei lá, mais de um mês que a gente não se fala - tá, tem toda a questão dos custos telefônicos e dos horários da gente, e o fato de ele não usar celular, mas se a gente quisesse, dava pra se comunicar sim - e sei que é difícil pra qualquer pessoa acreditar, mas eu amo meu irmão. Que ganhou seu primeiro (e único, até onde eu sei) apelido de mim. Que ficou deesesperado uma vez que só tinha nós dois em casa e eu passei mal. Que morria de medo de cachorro, mas acabou roubando o posto de dono do coração de Mel, que é minha. Acho que é isso que todo irmão mais novo faz, chega roubando as coisas, e no final não dá pra ficar com raiva.
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Aí por último, vi no orkut um depoimento lindo de um irmão mais velho pra a irmã mais nova. Ela está doente de coisa séria, e ele acabou confessando coisas que talvez não fossem ser ditas nunca se estivesse tudo bem. Aí pensei em como vai ser, se eu vou precisar ficar doente, ou ele, ou outra coisa bizarra acontecer pra a gente descobrir que se ama. Pra ele finalmente retribuir meus abraços, pra eu prestar atenção no que ele diz, pra a gente sentir que tem alguma coisa mais que o sangue, a miopia e o cabelo liso em comum.
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pedaço do painel que tem ele. Algumas das fotos mais queridas da minha vida.

(soundtrack: Fernanda Takai - Diz Que Fui Por Aí)

quinta-feira, 22 de maio de 2008

tan taran tan tan tan tan tan tan taran

[musiquinha da Fox]
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Rufem os tambores. Soprem as cornetas. Toquem as sirenes, senhoras e senhores, porque começou oficialmente o final de período da federal!!!
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[pausa para o desapontamento geral dos leitores].
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Pois é pois é pois é. Adeus cama, olá cadeira do pc. Adeus tardes de sábado gostosas com Namorado, olá ateliê. Adeus roupinhas fofas, olá avental. E adeus casinha arrumada, muito provavelmente, e adeus unhas grandinhas. Olá olheiras. E daqui a exatamente um mês, dou o contrário de adeuses e olás, e vai ser muito mais legal.

E pra comemorar (mentira, foi totalmente sem motivo)... cortei o cabelo. Olhei no espelho e vi que ele estava cansado de ver todo dia a mesma coisa. E aí passei a tesoura. Sem dó nem piedade. Eu me garanto. Heh.

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e aí, ficou o quê?
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[/line gilmore blogueira genial mode off] [/line stressada e rabugenta mode on]
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off the record:
tô ficando muito nerd, né não?
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(soundtrack: Beatles - Free as a Bird)

terça-feira, 20 de maio de 2008

^^

Por acaso encontrei seu perfume na roupa que eu estava usando. É impressionante como você aparece assim do nada e me faz feliz em dois segundos. Aí lembrei como é bom dormir no seu colo, e como é bom o seu carinho meio com medo de me acordar. Mas eu adoro acordar no seu colo, então não tenha medo. E adoro essa saudadezinha pequena e inofensiva. Que não dói porque vou levantar no outro dia e ver você ainda por perto.

(E hoje não é dia especial de nada não. Foi só o amor que veio um pouquinho mais forte.)
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(soundtrack: Duffy - Warwick Avenue)

sábado, 17 de maio de 2008

[/sentimental]

Eu vou sentir falta dele. Na verdade era isso que eu queria dizer, quando falei que a pessoa da mesa do lado vai sentir falta das nossas conversas barulhentas e do meu riso incontrolável, que é sempre culpa dele.
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Foi ele a primeira pessoa que puxou assunto sem-ser-de-trabalho comigo. E que tentou me mostrar o que é música boa (opiniões controversas a esse respeito, mas tudo bem). Ele é o cara mais underground que eu conheço, e não sei como consegue acumular tanto conhecimento em, sei lá, um metro e sessenta de altura. Ele leu os livros que eu sempre quis ler. Ele conhece mais de Chico Buarque do que eu (!!!). Ele já atingiu outro nível de maturidade, e conhece muita coisa de muita coisa. E ainda assim discute comigo como se ganhar a discussão valesse a vida. Ele é o tipo de pessoa que você leva anos conhecendo, aos poucos. Eu só tive seis meses. E queria ter aproveitado melhor.
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Ele vai embora, e eu vou sentir falta. Pronto, falei. E ele diz que eu sou má, cruel, fria e sem coração, mas de vez em quando tenho sentimentos (viu?). E vou sentir falta. E vai demorar pra ocuparem a mesa em frente à minha com alguém à altura, apesar de ele dizer que eu sou muito fácil pra rir, que dou risada de qualquer besteira. Mas mesmo a 4718496532 quilômetros de distância, a gente sempre tem o skype. Não dá mais pra levantar e verificar a intensidade do riso provocado, ou tentar ganhar uma discussão apelando pro olho-no-olho. Mas sempre tem o skype.
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Não vou desejar sucesso, que ele já deve estar de saco cheio disso. Quero, sim, que ele se divirta bem muito na Microsoft, e não deixe eles lá saberem que ele vai comprar um Macbook com o salário que receber de tio Bill. E que continue sendo o cara mais underground que eu conheço.
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[Pelo visto eu tenho sorte com bons amigos à distância...]
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(soundtrack: Chico Buarque e Miúcha - Maninha)

segunda-feira, 12 de maio de 2008

quase lá

Já é quase amanhã, mas ainda é hoje. O dia dela. Que não podia passar em branco aqui, Porque é por causa dela que esse blog existe, antes de tudo. É por causa dela que eu existo, ora bolas! E é dela que eu sinto essa saudade que já se conformou, mas ainda incomoda. Porque o que é que eu faço com a vontade de simplesmente olhar pra ela e falar o que estou pensando sem dizer uma palavra? O que é que eu faço com a luz do quarto, que ninguém apaga dizendo ''todos a bordo?''? O que é que eu faço com os aniversários, quando antes só o que precisava era escrever ''eu te amo'' num lacre de leite Ninho?
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Ela faz falta, embora na maioria das vezes seja ela a dizer essas palavras. E no dia dela, eu queria fazer mais do que um post sem-vergonha quase meia-noite. Eu queria ter acordado ela de manhã, e feito qualquer besteira pro café da manhã, e ter tomado, como sempre, o primeiro gole do copo d'água. Mas depois de 20 anos de cafés da manhã e mergulhos na cama de manhã cedo e lacres de leite Ninho com declarações de amor, ela já sabe como é. E eu também. E a gente pode lembrar e rir, mesmo com uma saudade imensa.
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Feliz aniversário, mãe. E boa viagem. E feliz seja todo o resto da sua vida. E vai ser, porque você fez por merecer. Te amo.
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(soundtrack: Lily Allen - Littlest Things)

sexta-feira, 9 de maio de 2008

sobre a vida.

Perder alguém pra uma cidade distante. Perder alguém pra outra pessoa. Perder alguém pra uma coisa mais importante. Perder alguém pra amigos novos. Perder alguém pra o tempo, simplesmente. Já experimentei essas coisas, e são horríveis. Mas nada se compara a perder alguém pra sempre. Morte mesmo, a palavra que a gente tem medo de falar. Que ninguém gosta de conversar sobre. Que todo mundo tenta evitar a qualquer custo. E que está infinitamente mais perto do que a gente pensa.
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Hoje recebi duas notícias ruins. Dois amigos perderam pessoas queridas, repentinamente, e eu fiquei sem ter o que dizer. Nunca perdi alguém, e não consigo imaginar a dor que é saber que aquela pessoa não está mais por perto, e não vai estar nunca mais, por mais que você queira, por mais que você ame e sinta saudade. Ou a agonia de não ter se despedido, e das coisas que ficam sem ser ditas. A vontade automática de ligar pra contar qualquer coisa, e de repente lembrar que ninguém vai atender deve ser desconcertante.
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E eu tenho medo. Morro de medo. Não de morrer, mas de perder pra sempre quem eu amo (ou de perder quem eu amo pra sempre, o que vem a ser a mesma coisa, se você considerar que amor só é amor se for pra sempre). De não dar tempo de dizer tudo, e de aproveitar junto as coisas boas da vida, e de mostrar o tamanho do amor, com todas as letras, pra não ter dúvidas. E aproveito agora, e aqui, que esse blog é meu e não tem obrigação nenhuma de fazer sentido: mãe, te amo. Mais do que qualquer outra pessoa no mundo. E não tem nada a ver com domingo ser dia das mães, ou com o fato de todo mundo estar fazendo declarações de amor pra a mãe por aí. Te amo. As coisas estão estranhas, e não entendo o motivo. Mas eu quero ter tempo pra você, e queria demais ter um dia das mães igualzinho ao do ano passado (salvo pelo meu cabelo, que agora tá mais bonito). E quero que, mesmo sem eu aí, você faça festa, simplesmente porque a vida vale a pena comemorar, principalmente a sua. Morro de saudade. E te amo.
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Coincidência ou não, o último post foi minha bucket list, que fui super intimada a fazer, e que me deixou toda boba e sentimental quando eu escrevi. Parece que tem alguém querendo me dizer que o tempo é curto, e pra eu parar de ver a vida passar, e tratar logo de mergulhar nela. E aproveitar quem está vivo, como Sofia disse.
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(sondtrack: Não sei quem canta, mas é da trilha de Sweet November - Wherever You Are)

off the record:
lembrei um bocado da Cris, com isso tudo. Ela consegue tratar do assunto lindamente, bem melhor do que eu. Ela tem experiência.

terça-feira, 6 de maio de 2008

run for your life

A Carol e a Jady me deram a incumbência ao mesmo tempo, então a coisa é meio urgente. Lá vai:
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8 coisas pra fazer antes de morrer (não necessariamente em ordem cronológica ou de importância):

1. conhecer, entre muitos outros lugares do mundo, Londres. E lá, tirar foto atravessando a faixa de pedestres da Abbey Road e zoar com um daqueles guardinhas, e andar no ônibus vermelho.
2. aprender francês. Não serve pra nada na vida (nem em Londres eu vou usar) mas é tãaaaao bonitinho!
3. dançar. De verdade, de vestido rodado e sapatos apropriados, e com um par que lembre bastante o Richard Gere.
4. fazer alguma coisa tipo pular de pára-quedas, ou voar de asa-delta, ou me jogar de bungee-jump de alguma ponte num lugar bonito. Só pra saber se alguma coisa consegue ser mais intensa do que tudo que eu sinto em dias normais, fazendo coisas normais.
5. passar um Natal em NY. Porque apesar de ter muito nojinho dos EUA ultimamente, morro de vontade de estar no centro do mundo, e melhor ainda se for com neve e luzes e musiquinhas de Natal. Ah, e tomar café Starbucks em alguma esquina.
6. casar. É, eu quero, um dia, apesar de a idéia me assustar um pouco agora.
7. saber fazer uma comida especial (que não seja brigadeiro ou leite-com-chocolate), e ouvir todo mundo dizer que nunca comeu tal-coisa melhor que a minha. Igual o pirão de leite de minha mãe, ou a moqueca de Zena.
8. ler, ouvir, assistir, conhecer e apreciar todo tipo de coisa que a vida tem, infinitamente mais do que leio/ouço/assisto/conheço hoje. Parece que a gente tem tão pouco tempo pra tanta coisa.
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Resumindo, quero viver bem muito, e quero que chegue o dia de eu me acalmar, baixar a velocidade, estar de mãos dadas com o meu amor - aquele que vai ser pra sempre - e ver o tanto de coisa que já fiz na vida, e, ao fazer as contas, ter aproveitado mais do que perdido tempo, e ter mais sorrisos do que caras sérias (não digo nem mais sorrisos do que lágrimas, porque elas são boas também, no fim das contas), e ter tido amigos de verdade, e ter amor pra mais outra vida inteira.

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[sim, sim, fiquei sentimental. É o que acontece quando simplesmente deixo fluir.]
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Ah. Era pra indicar 8 pessoas pra fazer a mesma coisa, mas eu simplesmente não consigo. Sou muito lentinha pra memes, e basicamente todo mundo já fez antes de mim, inclusive todo mundo que eu queria indicar. Sei lá, deixo pra mamãe (que já foi intimada mas não fez ainda), pro Menino Estranho e pra o Aju, acho que eles não fizeram =D
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(soundtrack: The Beatles - Dear Prudence)

quinta-feira, 1 de maio de 2008

de costas

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Esse é o raio-x da minha coluna lombar. A maior radiografia que já tive que fazer. Eu sempre me achei linda de costas, e continuo achando por dentro. Acho linda essa curvinha pro lado, um charme. É só minha saúde que não gosta muito dela...
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Mas essa foto estranha (e não tão legal pra tirar) veio me lembrar que, ao contrário do que eu quero - e costumo mesmo - acreditar, meus ossos não são de adamantium. E meus anticorpos não são superdotados. E minha energia não é infinita, e não é meio litro de café por dia que vai torná-la assim.
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Eu sempre tive orgulho da minha boa saúde. Nunca fiquei doente durante as aulas, desde que entrei na faculdade. Pifava, sim, mas na semana seguinte, quando já estava segura, em casa, com mamãe me dando dengo e qualquer remédio que eu precisasse. Essa foi a primeira vez, e foi horrível ter que ir embora de uma das aulas mais legais do período porque a dor não me deixava continuar ali numa boa. E pior ainda foi perder o fim de semana tão esperado, e gastá-lo todinho deitada na cama com um livro de auto-ajuda *shame on me* (mas eu estava na casa de minha vó, e vocês já sabem o que acontece por lá). E ainda pior do que isso foi vestir aquela bata super estranha do hospital e tirar até minha correntinha de bailarina, pra fazer o raio-x da coluna. Foi quando senti que a coisa tinha ficado feia demais, e tudo por culpa dessa minha mania de achar que dou conta, que posso tudo, que não tem problema nenhum sacrificar o corpo por um bem maior - mas espera aí, o bem maior não devia ser viver bem? de que adianta terminar 3 cadeiras com média 10 e ganhar um muito bem e um aumento no trabalho pra não poder curtir nada disso de tão exausta?
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Eu não podia ter deixado meu lado workaholic tomar conta de mim tanto assim. Agora tô tendo que ficar de pijama em casa, sentada/deitada numa daquelas almofadas triangulares ortopédicas, em pleno feriado, pra ver se fico boa, e isso depois de já ter passado uma meia-semana muito mais-ou-menos, sem aproveitar as coisas direito por causa do remédio que me deixa devagar como eu nunca achei que fosse capaz.
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É, Linoca, parabéns. Você é humana.
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(soundtrack: Rolling Stones - Time Is On My Side)

segunda-feira, 28 de abril de 2008

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As coisas deviam estar bem, mas não estão. Eu tento descobrir o motivo e não consigo. Tudo é intenso demais, e eu só queria não sentir tanto. Não é de hoje que eu sei que sou bem mais frágil por dentro do que por fora. Não precisavam ficar me lembrando.
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(soundtrack: The Cardigans - Communication [over and over])

quinta-feira, 24 de abril de 2008

boa noite

Cansada. Muito cansada. Realmente cansada. Do verbo não me aguento nas pernas (e olha que os quilos não são muitos). Isso devia ser proibido pra quem tem tanta coisa pra viver e tão pouco tempo.
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O que eu queria agora, neste exato momento, era estar em alguma coisa fofa, e aconchegante, e fresca (tudo ao mesmo tempo), e com os pés mergulhados em algu'ma coisa líquida e quentinha, e de cheiro bom, e lendo uma comédia romântica de Marian Keyes, eescutando todas as músicas que eu quero, bastando apenas eu pensar nelas pra isso acontecer, e comendo quilos e quilos de todas as coisas gostosas do mundo, e com Namorado me fazendo algum tipo de carinho do qual eu não enjoasse nunca.
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Mas por enquanto, o combo cama + best of The Cardigans + misturinha besta de chocolate, leite moça e outras coisas secretas dá pro gasto. O briefing que tenho que entregar amanhã pode esperar um pouquinho...
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(soundtrack: The Ca'rdigans - For What is Worth)

domingo, 20 de abril de 2008

almoço de domingo

Hoje eu comi moqueca de peixe. Capixaba, num restaurante português em Recife. Mas teve gosto de saudade. E da moqueca de minha vó.
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Na verdade, de Zena (ou da mulher de Zena, sei lá), que preparava todo domingo a moqueca que ia pra a casa de minha vó. Eu não entendia o motivo de a gente nunca comer no restaurante, sempre pedir pra levar. Agora entendo. A moqueca tinha que ter gosto de casa de vó, cara de casa de vó, pra eu poder hoje me lembrar que era a comida-de-domingo-da-casa-de-vó.
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Faz uns anos que não como aquela moqueca, mas ainda me lembro do gosto. E de como a gente brigava pelo finzinho do pirão. O pirão, aliás, era o melhor de tudo. Amarelinho de dendê, consistência perfeita, uns pedacinhos minúsculos de tomate aparecendo pelo meio. E mesmo pedindo porção extra, nunca sobrava. Lembro de meu pai catando as espinhas pra mim, eu impaciente, querendo logo comer. E tinha as espinhas, é claro. Não foram poucas as engasgadas e os sustos com elas, mas eu pelo menos não lembro de ter deixado o resto do prato sem comer por causa de alguma espinha. Seria o cúmulo do desperdício, e outra moqueca daquelas, só domingo que vem. Fora que sempre tinha o pudim de leite Moça de minha vó (esse era dela mesmo, uma das poucas coisas que dona Didi se atreve a cozinhar) pra amaciar a garganta depois.
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Um belo dia, não sei exatamente quando foi, a gente parou com a tradição da moqueca. Acho que foi aí que a infância foi embora. E a moqueca de hoje, dividida com Namorado e no meio de 486237 pessoas da família dele, estava uma delícia (e não fiquei com fome até agora). Mas queria ter gosto de infância e teve gosto de saudade.
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Que bobagem, era só uma moqueca de peixe num dia de domingo...
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(soundtrack: Corinne Bailey Rae - Like a Star)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

ano novo

Começou assim, com o pintinho do despertador apitando. E foi um dia feliz, o meu aniversário.
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O primeiro sem mamãe, e o primeiro com Namorado. O primeiro com Namorado matando aula comigo (e se depender de mim, a gente ainda mata muitas). O primeiro com um 2 na frente. O primeiro com comida mexicana e tequila. O primeiro no trabalho. O primeiro na faculdade, tendo aula (nos outros eu sempre viajava pra casa).
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Não foi o primeiro com surpresas, nem com mais de um bolo, nem com presentes que eu adorei, nem com carinho dos amigos, nem com os famigerados meaningless scraps do orkut. A propósito, acho que esse ano os scraps de aniversário vão ficar sem resposta meeeeeesmo. É a coisa mais artificial e mecânica que já inventaram na internet. Quem importa de verdade pra mim conseguiu se manifestar de outras maneiras (não que ninguém importe, dos que mandaram scraps, alguns eu dou o maior valor, e esses talvez eu responda), e não tô podendo me dar ao luxo de ser educada e passar a tarde respondendo um por um, porque na base do Ctrl+C Ctrl+V eu não respondo, acho muuuuito jegue, apesar de ser super digno, pra uma pessoa que não fala com você o ano todo e vem dar "parabéns tududibom felicidades".
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Mas enfim, senti falta de tanta coisa-de-todos-os-outros-aniversários que não dava pra ter nesse, de tanta gente, de tantos abraços e parabéns ao vivo. Teve um gosto forte de saudade, esse dia. Uma das definições de virar gente grande devia ser essa, deixar em cada parte da vida alguém pra sentir saudade.
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Mas não sei se me sinto gente grande ainda. Não inteira. Dizem que depois dos 20, a vida passa rápido. Pra mim, tanta coisa já passou voando... queria mesmo é parar pra aproveitar. Ou aproveitar sem parar, aposto que é melhor.
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Photobucket
Primeira foto do primeiro dia do meu ano novo (Namorado não tava bêbado quando tirou, acreditem. Só feliz, que nem eu).
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(soundtrack: The Cardigans - If There Is A Chance)

domingo, 13 de abril de 2008

getting better

Eles escreveram pra mim:

Dear Prudence, won't you come out to play?
Dear Prudence, greet the brand new day

The sun is up, the sky is blue
It's beautiful and so are you

Dear Prudence won't you come out to play?
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Dear Prudence, open up your eyes

Dear Prudence, see the sunny skies

The wind is low, the birds will sing

That you are part of everything
Dear Prudence won't you open up your eyes?
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Dear Prudence, let me see you smile

Dear Prudence, like a little child

The clouds will be a daisy chain

So let me see you smile again

Dear Prudence, won't you let me see you smile?
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(Beatles - Dear Prudence)
E ontem, Namorado me pediu um sorriso, e só me lembrei dessa música. É estranho, mas com ela, o mundo parece realmente ser mais bonito e valer à pena.

e o sorriso veio.
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E como diria Jady, no mais...
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cortei o cabelo. É. Eu sou pequena, e cabelo grande não combina comigo. Gostei, apesar de ainda estar achando um pouco estranho.
conheci o Aju. E a história merece um post inteiro, no maior estilo história pra contar pros netos.
assisti Across the Universe. Que acabou de desbancar Moulin Rouge do posto de musical preferido de Line Gilmore. Os arranjos são incríveis, Jude é deliciosamente inglês, e eu nunca tinha pensado em strawberry fields daquela maneira. Teve gente que odiou, que disse que estragaram as músicas, que usaram efeitos especiais demais, mas gente! é um musical, qual seria a graça de um musical sem músicas clássicas completamente remodeladas e exagero em todo o resto? Fora que o ano do filme é 1968, então (quase) todo o photoshop - ou o que quer que seja que eles usam - foi merecido.
descobri um blog suuuuuperlegal: Favoritos. É basicamente um blog de link pra outros blogs e sites interessantes, e é aí que está a graça. Eu só queria ter tempo pra ir fuçar tudinho, mas achei um step-by-step pra aumentar a produtividade no trabalho (e na vida e em tudo o mais) que me aconselhou a evitar as distrações, então o Favoritos vai ser mais um de meus pequenos prazeres culpados.
quase vi a Cris no Globo Repórter. Se alguém tiver vídeo ou link pra a matéria com ela, manda pra mim, faz favou?
tive uma surpresa boa: Lídia veio passar uma semana aquei em Recife, por causa da louca que deu nas companhias aéreas e só eu não soube. E a gente teve uma noite que nem aquelas das férias de fim de ano, de fofocas e conversas de mulherzinha. Deu saudade.
meu inferno astral está chegando ao fim. Sério, eu não aguentava mais, afe! Em umas 3 semanas fiquei sem tv, perdi minha carteira com TUDO dentro (e ainda estou sem muita coisa, o que é um enorme atraso pra minha vidinha ocupada), passei uns dias trash sem ter tempo nem pra almoçar com Namorado, fiquei deprê e com vontade de dormir até o dia que a vida voltasse a ser cor-de-rosa, o que é basicamente nunca. Mas sobrevivi, e as coisas estão voltando pro lugar.
Por causa do incidente com a carteira, fui essa semana tirar minha identidade. De novo. Todo aquele processo de tirar foto 3x4, pegar fila, assinar 2049869358 vezes em
2049869358 papéis diferentes, melar os dedos de tinta, nossa! Super me senti sendo fichada na polícia. A foto, by the way, ficou medonha.
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E vão desculpando a bagunça das idéias, mas acreditem: dentro da minha cabeça ainda está um pouquinho pior.

(soundtrack: Beatles - Dear Prudence)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

tensão-pré-aniversário

Preciso dormir mais.
Preciso comer melhor.
Preciso dar um jeito no meu cabelo.
Preciso rir à tôa.
Preciso tirar mais fotos, preciso tocar música, preciso desenhar.
Preciso fazer origamis.
Preciso ser espontânea de novo.
Preciso ouvir as músicas que eu gosto e estão esquecidas.
Preciso olhar pra dentro. E olhar pra as coisas como se fosse a primeira vez.
Preciso fazer nada sem culpa.
Preciso ter medo de coisas bobas, pra variar.
Preciso ver o mar.
Preciso tirar um tempo pra sentir saudade.
Preciso de menos compromissos.
Preciso não me preocupar em fazer direito.
Preciso não ser tão importante. Preciso andar sem compromisso pela cidade, que me faz tanta falta. Preciso me lembrar do que eu queria no começo de tudo, e de como eu era, porque posso até ser feliz na maior parte do tempo, mas agora não tá bom. Mesmo.
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(soundtrack: Oasis - Just Getting Older)

sábado, 5 de abril de 2008

ainnn 2

Fico tão agoniada quando não escrevo aqui. Não é que faça do blog uma obrigação, muito longe disso. É que, por mim, escreveria todo dia, escreveria mais, escreveria bem muito. Tantas coisas que vejo, penso ou invento e acho legal e me vem à mente “vou colocar no blog”. Só que aí começa a semana, aulas, estudar, malhar, e todos os verbos de ação que se puder imaginar (inclusive este, se for considerado de ação. por mim, é). E fico com o tempo corrido. E não gosto de vir aqui e escrever rápido, correndo só pra pensar “prontojáfiz”. Gosto de sentar e pensar, e ler os blogs amigos e comentar aqueles meus comentários enoooormes. E quando não consigo fazer (detesto dizer não tenho tempo. hate), fico agoniada. E faço bico. E falo um monte de “e”.

Carol disse e eu assino em baixo. E volto de verdade assim que passar meu inferno astral.

sexta-feira, 28 de março de 2008

causa e efeito

Por causa de você, eu lavo os pratos na hora em que eles ficam sujos, sem deixar se formar a Torre de Pisa em cima da pia. E meu quarto agora parece o de uma pessoa normal.
Por causa de você, eu acordo meus neurônios às 7 da madrugada, e me animo a não usar o mesmo jeans e as mesmas havaianas todo dia pra ir pro trabalho. Eu me olho mais no espelho.
Por causa de você, estou tentando aprender a fazer coisas gostosas na cozinha (tá, e em outros cômodos também), e os sanduíches não têm queimado muito ultimamente.
Por causa de você eu não esqueço mais o celular em casa como costumava, nem deixo ele 01794693 meses sem crédito, como costumava.
Por causa de você, passei a ficar sabendo a programação de todos os cinemas da cidade.
Por causa de você, eu não preciso mais de chocolate. E é culpa sua eu não ter mais tanto tempo livre nos fins de semana.
Por causa de você, estou comendo mais ou menos direitinho.
Por causa de você é que eu decoro placas de carro, e horários, e dias de prova.
Por causa de você, comecei a gostar de tomate. E de sanduíche da Subway. E (mais) de Amy Winehouse.
Por causa de você é que eu vou aprender dinamarquês, pra a gente falar só um pro outro.
Por causa de você, eu não quero ir embora. Porque é você quem eu vejo em cada canção de amor. Você me faz bem, me faz gostar mais de mim, me faz perder o medo das coisas boas. Te amo, menino-que-compra-pão.

e por causa de você, os sorrisos aparecem.
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(soundtrack: Mallu Magalhães - Get to Danmark)

quarta-feira, 26 de março de 2008

wishlist

Seguinte: faltam pouco menos de 20 dias pro meu aniversário, e não sei se alguém tá planejando alguma coisa pra mim - porque já disse pra todo mundo que só vou ter festa se for surpresa, e dependendo de mim, basta uma coca-cola e alguma comida gostosa num lugar diferente pra eu sentir que comemorei. Mas se estiver, e se vier muita gente (num acredito muito não), e se forem comprar presente, aí vai minha pequena listinha de não-tem-erro:

  • qualquer camiseta/blusinha/coisa que dê pra vestir da coca-cola clothing....
  • *tapete, capacho, bolsa, porta-bijoux, despertador, porta-retrato, porta-retrato ou qualquer outra coisa da Imaginarium (não tem muito como errar, néam)
  • dvds de Gilmore Girls, qualquer temporada. De preferência todas. Ok, ok, deve ser um pouquinho caro, então aí vai uma idéia genial (e meio ilegal também, mas quem liga?), se você for viciado em GG tanto quanto eu: vá numa locadora, alugue a série inteira e copie tudo pra mim. Que eu sou fã, mas não sou xiita.
  • pingente de quartzo rosa. Tanto faz se for grande, pequeno, discreto ou escandaloso (se bem que é meio difícil algo feito de quartzo rosa ser escandaloso néam...). Já tive um que eu adoraaaaava, e perdi de um jeito muito idiota, e nunca mais fui feliz com colares vitalícios desde então.
  • utensílios domésticos (nunca me imaginei dizendo isso, mas o fato é que estou bem mais atenciosa com as coisas do lar ultimamente) legais e fofos e divertidos, e com design, se é que isso define alguma coisa...
  • almofadas. Qualquer tamanho, qualquer cor, desde que seja do meu gosto (tricky...)
  • perfume daqueles efervescentes, que você aperta e saem bolhinhas geladas. Usei o Carpe Diem há muito tempo atrás, e era uma delícia, mas agora Namorado usa, e combinar perfume é meio jegue.
  • canecas. Porque caneca nunca é demais. Na Imaginarium tem também (e eu devia ganhar uma comissãozinha né, porque sou praticamente a Garota-Imaginarium).
  • aparelho celular. Qualquer um, só pra eu ter onde colocar os 32809387 chips extras que uso pra falar com quem tá longe (ok, 2 chips extras, pra falar com mamãe e com Carol).
  • Barbie. Não, não é coisa de falta de infância. Eu tive minhas barbies quando era menina, sim. A questão é que dois dos meus projetos finais desse período serão criar outfits (roupinhas) pra Barbies - adoooooro meu curso! E vou ter que entregar as mocinhas. Entãaaao quero logo uma (ou 2, ou 3) pra ir treinando ^^.
  • livros de moda e de design, de papel bom e cheios de figuras, pra ver se eu me animo de estudar alguma coisa esse período. A Cultura tem uma seção enorme.
  • qualquer coisa dos Beatles. Qualquer coisa mesmo.
Claro que tem mais 23079024709618306 presentes que eu gostaria de ganhar, mas muitos não tem links, outros são muito específicos e eu teria que experimentar e escolher, mas no geral, qualquer coisa de mulherzinha e que combine comigo serve. Ou um belo depósito na minha conta, é claro. Ou ainda, dada a presente situação, algumas (muitas) horas livres. Tô seriamente precisando.
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(soundtrack: Lily Allen - Alfie)

terça-feira, 25 de março de 2008

não-post.

Caramba, parece que me deu um surto de non-blogging nesses últimos dias. Vão desculpando aí, é porque estou vivendo. Páscoa foi boa, não comi tanto chocolate como a Lile e não fui pra Gravatá, que é O-Point na Semana Santa, mas só os dias sem ver a cara do pc do estágio e das cadeiras do CAC valeram. Comprei os copos da Coca-Cola êeeeeeeeeeee!!! A propósito, Jady devia ganhar uma comissão da Tok&Stok, porque o tanto de gente que babou e acabou comprando os copos depois que viu no blog dela não foi pouco. Recebi uma surpresa boa e não tive hora pra acordar. E ainda estou desejando que o fim de semana não tivesse acabado (mas se ele se chama fim, tinha que ter alguma lógica, né). E minha cabeça não tá prestando pra muita coisa ultimamente. Qualquer dia eu volto de verdade com minhas sacadas geniais e meus posts que emocionam todo mundo. Auf wiedersehen.
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(soundtrack: Grant Lee Phillips - Wave of Mutilation)

quarta-feira, 19 de março de 2008

modinha

Não sei se já falei aqui, mas esse período estou com váaaaaarias disciplinas voltadas pra moda. 4, especificamente. E como toda boa nerd (e que nem gosta do assunto, néam), enchi meus feeds de sites/blogs/fóruns sobre o assunto. Num desses, me aparece a seguinte matéria: Cartela de cores para o verão 2008/2009 - fotos de vestidos e looks nas cores que serão tendência.
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Legal, penso eu, adoro saber das coisas antes de todo mundo. Porém, quando vou lá ver as cores-que-serão-tendência-para-o-verão-2008-2009, lá estão: verdes, azuis, vermelhos, amarelos, laranjas, corais, roxos, cinzas, marrons, neutros, cáquis, rosas, ... ad infinitum.
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*múltiplas interrogações*
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Esse povo tá zoando comigo.
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E agora fiquei doidinha pra saber quais cores não serão tendência para o verão-2008-2009, porque parece que só sobrou o preto, basicamente. Isso me cheira a coisa de cartomante fajuta. Pois eu a-poooooosto que quando chegar mais perto do verão-2008-2009, eles vão escolher uma dessas (a que for mais tendência, obviamente) e dizer que acertaram. Odeeeeeeeeio quando tentam fazer a gente de besta.

(soundtrack: The Cure - Cut Here)

domingo, 16 de março de 2008

ensaio sobre namorar

Era sexta-feira, comecinho da noite, e eu estava voltando pra casa depois de um dia inteiro sem parar um minuto, e pensando em postar sobre como namorar pode ser... digamos... stressante às vezes. Não por causa de Namorado especificamente, que ele tem cumprido o contrato bem direitinho, mas no geral. Comigo, em particular.
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Porque é ótimo quando vocês estão juntos, de férias, na praia, e você é a única coisa que ele tem pra dar atenção, e vice-versa. Mas depois de voltar pra a vida real, que tem aula, estágio, casa pra arrumar, celular que descarrega, horários que não batem e otras cositas más, a história vai ficando complicada.
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Porque eu quero ficar com ele e não dá tempo, porque a gente se cansa de tudo, e tudo tem que ser friamente calculado se eu quiser almoçar com ele, porque eu quero estar linda, bem-humorada e sexy o tempo todo, mas em vez disso ele só me vê cansada ou nervosa e com os dedos melados de resina branca (que não sai). Porque eu quero monopolizar a atenção dele o tempo todo mas não tenho coragem, e no fim do dia fico frustrada por não ter ligado pra ele, nem ele pra mim, e sem entender por quê essa besteira se os dois estavam com saudade. E fico pensando se ele também ficou com medinho de me monopolizar. Porque eu brinco e não sei até que ponto ele levou a sério, e fico com medo de ter feito besteira, e acabo estragando a brincadeira que ele estava levando numa boa. Porque eu quero falar com ele qualquer besteira que seja, mas às vezes não tem desculpa nenhuma, e eu sou do tipo que só abre a boca quando tem algo importante/interessante a dizer, e aí não falo. Porque a casa tem que estar pelo menos arrumadinha pra se ele vier, e isso me cansa e não é pouco (mas por outro lado é bom, porque finalmente eu tomei jeito e estou me organizando melhor com o trabalho do lar *cof cof*). Porque às vezes eu quero que ele diga a coisa certa na hora certa, e que seja incrivelmente romântico na mosca, mas ele obviamente não lê meus pensamentos, e só é quaaaase romântico, e eu fico pensando em como sou exigente demais e em como mulher é complicada. Porque eu não sei se dou um beijinho, dois beijinhos ou um abraço na mãe dele, porque nunca tive muita experiência no assunto. E não sei se chamo ela de tia, de dona ou pelo nome, e na minha cabeça isso toma proporções enormes. Porque eu tinha que prever certas situações e não consigo. Porque eu tenho esses dias de ficar insegura, ou achando que fiz besteira, ou que não sou interessante o suficiente, e ele vai enjoar de mim a qualquer momento, e essas coisas down que aparecem de vez em quando na minha cabeça. Porque eu queimo meus neurônios pensando na melhor maneira da gente se ver, e pra onde a gente vai, e que horas volta, e pra onde volta, e por aí vai.
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Mas aí ele passou o fim de semana comigo, e disse a coisa certa na hora certa, e me fez esquecer de todas essas coisas de horário comercial. E eu me lembrei bem do comecinho, quando deixei acontecerem as coisas com ele sem pensar muito, e não tinha certeza de nada, e pensava que podia estar entrando numa fria, e ficava com medo. Pois hoje o medo foi embora e a certeza fez jus ao nome e ficou. A gente vai dar certo, sim.

Photobucket
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(soundtrack: Frejat - Segredos)

off the record: hoje faz 4 meses que tudo começou, da maneira mais inconsequente possível (da minha parte). E eu nunca iria imaginar.

quarta-feira, 12 de março de 2008

01090609610

Aí eu faço um post superbonitinho de aniversário, e logo depois largo o blog às traças. E fico me sentindo horrível por isso. E quando resolvo postar, não é nem porque a inspiração veio e vou escrever coisas geniais, engraçadas ou irresistivelmente emocionantes. Foi só o pingo de vergonha na cara que mandou dizer que existe (ainda). Tanto que vou colocar aqui uma coisa completamente inútil.
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Pois então. Este site pertence a uma criatura (ou a várias criaturas) aficcionadas por código de barras. Tem camisetas, canecas, pop art, tudo o que é pensável de fazer com as talis linhazinhas. Inclusive um barcode-calculator-tabajara, que eu usei, porque adoro essas besteiras. E como sou muito competente e esperta, só não consegui descobrir quanto tô valendo no mercado ultimamente... então, se alguém por acaso tiver um leitor ótico ou paciência ou curiosidade pra tentar me pagar no banco, me avisa quanto é, ok?
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Photobucket
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(soundtrack: Feist - Gatekeeper)

quinta-feira, 6 de março de 2008

dois anos atrás

Dois anos atrás, eu morava numa cidade com pouco mais de 200 mil habitantes.
Dois anos atrás, eu estava apaixonada.
Dois anos atrás, eu tinha os cabelos pretos e compridos, e quase lisos.
Dois anos atrás, minha escrivaninha era lilás (eita, rimou!).
Dois anos atrás, eu mal sabia fritar um ovo.
Dois anos atrás, eu escutava Los Hermanos sem parar. Tá, e Engenheiros do Hawaii *vergonha*, mas só porque estava apaixonada.
Dois anos atrás, eu estava começando a aprender a mexer no Photoshop, e fazia coisas legais e diferentes, apesar de ingênuas, com fotos minhas.
Dois anos atrás, eu tinha um fotolog.
Dois anos atrás, eu contava os dias pra ir embora de casa.
Dois anos atrás, eu virava noites conversando no MSN.
Dois anos atrás, dia 6 de março de 2006, eu criei um blog. Já tinha tido outros, que não duraram mais de 3 meses, e não sabia no que ia dar. Fiz mais porque tive uma idéia genial pra o layout, porque estava inspirada, e porque era fã das Garotas Que Dizem Ni.
Dois anos atrás, eu não fazia idéia.
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Ok, posso estar sendo repetitiva, mas não canso de dizer: meu blog é meu divã. E fazem parte dessa terapia todos os amigos que descobri nesses dois anos, blogueiros ou não. E todos os curiosos, que lêem sempre, mas nunca comentam, e até quem só vem aqui uma vez, lê o blog inteiro e nunca mais volta. Blogar me abriu os olhos pra um mundo completamente novo e enorme. E esse lugarzinho se tornou um registro perfeito, detalhadíssimo e com todas as emoções a que tive direito das coisas mais importantes de 2 anos da minha vida. Quem me conhece sabe a necessidade que eu tenho de memórias palpáveis (ou quase), e de lembrar delas, pegar, ver, ouvir, sentir. Mudei de cidade, me apaixonei, fiquei feliz, triste, nervosa, stressada, com medo, ri, chorei, critiquei, elogiei, me arrependi, desabafei, inventei histórias, e que bom que não deixei tudo isso passar em branco.
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Dois anos depois, minha escrivaninha é vermelha, meus cabelos são castanhos, eu moro na 3ª maior cidade do Brasil, estou apaixonada, meu gosto musical melhorou consideravelmente (e descobri o last.fm), sei fritar ovo e outras coisinhas, sei mexer bem direitinho no Photoshop, abandonei o fotolog, e ainda sou fã das Garotas que Dizem Ni.
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E depois do discurso de aniversário, vem o bolo (a parte mais legal, êeee): quem acompanha isso aqui desde o começo sabe que o blog já teve váaaaarios layouts. Uns duraram muito tempo (o último ficou no ar por quase um ano), outros passaram por aqui rapidinho, mas todos, em determinado momento, conseguiram me traduzir de uma maneira única. E pra comemorar o aniversário, temos cara nova pro blog, êeeeeee! E não vou explicar o conceito, o uso das cores, os significados por trás de cada coisa, porque isso não é trabalho de faculdade. É meu lugar, e pronto. E todos são muito bem-vindos.
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Photobucket
e agora eu faço um desejo e assopro.
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(soundtrack: Kimya Dawson - Tree Hugger)

segunda-feira, 3 de março de 2008

Pequenos nis totalmente desconexos # 67105498

Quando muita coisa acontece e eu não consigo organizar tudo num texto só, o resultado é o seguinte:
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Terminei de ler A Menina que Roubava Livros. Esse é um daqueles livros que a gente fica guardando, lendo aos pouquinhos, pra não acabar logo. Demorei uma semana pra tomar coragem e ler as últimas 20 páginas. É lindo, triste e cheio de poesia. E acho que vai demorar pra eu ter nas mãos um romance que chegue no nível desse.

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Assisti Juno essa semana. E a única coisa que consegue descrever o filme direito é isso: ^^. Muito fofo. A trilha sonora é uma delícia (já disse que adoro Belle and Sebastian, né? Pronto, é toda mais ou menos nesse estilo), e miacabei com o uniforme de corrida de Bleeker, e o vocabulário de Juno, e o humor inteligente, e o jeito como Namorado ficava carinhoso, assim do nada. Foi o primeiro filme-de-mulherzinha que a gente viu junto, e não contem pra ninguém, mas tenho certeza que ele gostou.
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Começaram as aulas. Mais precisamente 2 horas de aula em uma semana. É, duas, não 20. Porque esse pessoal que faz design é tãaaaao relax que ninguém se dá ao trabalho de aparecer pra assistir (ou dar) aula na primeira semana. Só esta que vos fala. E sei que não é normal reclamar de não ter aula - e pra mim foi até bom, porque eu tinha outras coisas pra fazer nos horários - mas realmente não gostei. Me senti profundamente enganada, porque escolhi disciplinas tãaao legais e estava louca pra começar. Aliás, pensando bem, estou ainda, né, já que não começou...
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Descobri um blog. Da mesma dona do Para Francisco. Ela é mignon, cheia de tatuagens e entende muito de moda. E todos os dias tira fotos da roupa com que vai pro trabalho (aliás, o trabalho dela é super legal também, pra ela poder vestir essas roupas cool) e publica no Hoje Vou Assim. E eu super quis fazer a mesma coisa, mas adivinha só, eu não tenho tanta roupa assim pra fazer o blog ser interessante, e em mais ou menos um mês ou dois, a coisa ia perder a graça. Um dia, quando eu ganhar bem muito dinheiro e for uma mega dizáine de sucesso, mato a vontade.
...
E por último, ganhei um selo da Intense:
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É o primeiro que este humilde blog recebe, e sinceramente, não sei se sou muito dessas coisas, e por isso não vou passar pra frente, porque não tenho tantos contatos assim. Mentira, porque tenho muitos amigos blogueiros legais e não quero excluir nenhum deles. Mentira, é porque estou com preguiça de linkar. Mas gostei, viu Intense? Brigada =D
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(soundtrack: Cat Power - Sea of Love (da trilha de Juno))

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

love love love

Tipo de coisa que só se escreve de alguém que amou você até o fim da vida, que foi seu pra sempre:


Eu me lembro de observar o movimento de suas mãos a cada vez que ele preparava alguma coisa na cozinha. E elas cantavam. Dançavam carinho. A cada ingrediente, um beijo: na maçã do rosto, na testa, na ponta do nariz. Na colherada de arroz, essas mãos nos serviam declaração de amor.
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Sim, porque esse não era um privilégio meu. Suas mãos assim faziam para cada um de quem ele gostava. Cozinhando para quinze, vinte pessoas, passava o tempo na cozinha, ora conversando com um, ora com outro, ora sozinho com o amor que lhe temperava os pratos. E aquele era seu deleite e sua alegria. Amar com as mãos: servir os pratos um a um, colocando em cada um deles o seu gosto pela vida.
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Suas mãos também desenhavam. Selecionavam músicas e me puxavam para dançar. Escolhiam flores para os mais surpreendentes buquês. Ao escrever, entregavam o charme suave do escritor. Mãos que ora remavam, ora acendiam o cigarro. Mãos que me enxugavam lágrimas. Mãos que contavam piadas. Mãos que me abraçavam forte na hora de dormir, e que não adormeciam enquanto não cobrissem minha orelha. Que discavam meu número e davam à voz o seu lugar. Compunham mensagens com uma doçura antiga, num mundo moderno e celular – posicionando cada ponto e cada vírgula, sem perder um dedo de autenticidade. Mãos espontâneas e bailarinas. Mãos que passeavam pelo ar, cheias de vida e de amor.
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Mãos que me seguravam o rosto no beijar. Eu era dele a cada beijo. Éramos um do outro num amor que nada tem a ver com posse.
É um pedaço deste post, deste blog. (a história da dona é super interessante, vale a pena futucar o blog toooooodo, com um lenço - ou um balde - do lado) Me deixou completamente boba e emotiva, só de pensar que esse tipo de coisa existe ainda, e que alguém consegue traduzir tão bem em palavras essas formas pequenas e simples de amor.

Sim, estou romântica. E que bom que tem alguém de verdade pra me dar motivo.

(soundtrack: Chico Buarque - Tatuagem)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

complicada e perfeitinha

Daí que tá todo mundo postando sobre suas próprias peculiaridades pessoais particulares (fui redundante?), e eu quero também. Porque uma dessas peculiaridades pessoais particulares é que eu copio boas idéias descaradamente. Eu sei que isso é muito feio vindo de alguém que tem obrigação de ter boas idéias próprias (e às vezes tenho mesmo), mas fazer o quê, quando vejo uma coisa interessante e genial que eu sei que dá pra eu mesma fazer, daquelas coisas que não entendo como não fui eu que inventei, imito meeeeeeeeesmo, algum problema? Segue a listinha então.
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Eu tenho uma coisa de repetir as letras escrevendo, de acordo com a intensidade da palavra. Faço isso direeeeeto, e não sei se é chato pra ler, mas é divertido escrever assim.
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Como sobremesas bem devagar. Absurdamente devagar, ao ponto de parecer que não tô gostando. Muito pelo contrário, quanto mais gostosa a sobremesa, mais eu tento estender o prazer de comer. E se tiver casquinha/cobertura/qualquer parte especial, guardo pro final. Porque eu adoro comer.
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Eu adoro comer. É mais prazer do que necessidade pra mim (tipo, a comida está mais na boca do que no estômago, sabe?), e por isso não como muito, mas experimento um bocado. E é raro eu pedir a mesma coisa no cardápio mais de uma vez, a menos que seja milk shake de ovomaltine do Bobs.
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Meu cabelo é um reflexo da minha auto-estima do dia. Normalmente, quando está preso num coque sem graça, é porque não acordei linda e não quero muito ver espelhos. Quando faço um rabo-de-cavalo, estou um pouquinho melhor. Mas quer me ver bem? Bem mesmo, linda, poderosa, miachando? Cabelo solto e penteado de lado, perfeito pra dar aquela jogada pra trás. E adoro quando alguém ajeita minha franja e tira da frente dos olhos.
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Faço playlists estranhas. Tipo misturar Marisa Monte, Beatles, Maroon 5 e Rihanna (é, Rihanna. Confesso. Gosto de junk music de vez em quando, ê-ê-ê) no mesmo balaio de gato. E nunca salvo minhas playlists. E me arrependo às vezes, porque algumas saem realmente geniais.
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Tenho umas listinhas bizarras de coisas pra fazer espalhadas por todos os pedaços de papel que estão ao alcance. Não consigo chegar nem na metade da maioria delas. E acabei de descobrir que a porta do meu armário de cozinha funciona qui nem qui um quadro branco, e dá pra escrever nela com pincel e apagar, que não mancha. E a área útil dela já está, obviamente, toda ocupada.
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Guardo milhões de coisas inúteis na cabeça. Jingles e frases de propaganda, nomes de atores de Hollywood, introduções de músicas que não escutei mais de 2 vezes, coisas das aulas de biologia (o líquido tende a se deslocar do meio hipotônico para o meio hipertônico, quem lembra disso levanta a mão), alguma coisa que alguém falou num filme. Porque tudo que realmente importa já foi escrito nos bloquinhos e post-its e armários de cozinha.
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Ao contrário da grande maioria das mulheres, eu levo um bom tempo pra enjoar do meu cabelo. Coisa de um ano, por aí. Fico esse tempo todo sem mexer nele, só aparando as pontas. Mas quando resolvo mudar, seja lá pra o que for (cortar/pintar/enrolar/whatever), a mudança não passa despercebida nunca.
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Não bebo nada morno. Gosto das coisas bem quentes ou bem geladas. E no caso das geladas, coloco gelo em tudo, mesmo sem precisar. Porque a melhor parte de beber qualquer coisa com gelo é chupar o gelo depois. E bati o recorde de gelos numa frase só.
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Vej coisas interessantes na internet, coloco nos feeds pra ler com calma depois e sempre esqueço. O que também acontece com muitas das boas idéias que penso em copiar.
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Quando descubro uma música boa e apaixonante, escuto um milhão de vezes e enjôo dela em dois dias. E depois vou procurar covers da mesma, pra continuar escutando depois da overdose.
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Eu me mexo demais. Falo me mexendo, tenho pernas nervosas, não paro quieta na cadeira do trabalho, dou uns chutes em quem estiver dormindo do meu lado de vez em quando - mamãe já acordou com uns roxos estranhos -, e quando estou muito quietinha, fico fazendo alguma coisa com os dedos. Namorado pode até achar que é carinho, mas é só necessidade de me mexer de alguma maneira. (é nãaaaaao, é carinho mesmo, amor).
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Leio coisas que escrevi há muito tempo, ou mesmo há não tanto tempo. Emails (enviados ou não, por falta de coragem), textinhos, agendas, posts, conversas de MSN. E nessas horas, sempre aparece uma saudade de fininho. Por exemplo, voltei pro começo deste post pra ler, e vi que tá enorme, e vou parar por aqui, antes que me internem.
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E nem citei meus vícios cafeínicos e o magnetismo que tenho com paredes e quinas de mesa, que isso nem conta mais. Se alguém lembrar de qualquer coisa mais, me avisa, tá?
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(soundtrack: Beatles - Free as a Bird (a obsessão musical da vez))

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

desejos atrasados para Carolina

Esse post foi escrito sexta, dia 22, pra ser publicado na hora exata do aniversário dela, meia noite de sábado (anteontem). Eu super não devia ter esperado, porque Dona Conexão resolveu fazer uma brincadeira de mau gosto, e logo quando eu estava numa praia deserta sem nenhuma lan house por perto. Mas acho que vale ainda, né Cauol? Então vamos fazer de conta que saiu na hora certa.
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SÁBADO, 23 DE FEVEREIRO DE 2008
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desejos para Carolina
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Hoje é aniversário dela. E eu quis desejar a ela tudo de bom, apesar de ser totalmente redundante e clichê, porque ela merece, apesar de ser totalmente redundante e clichê também. Porque ela me fez lembrar como são as amizades simples e bonitinhas de meninas, e de como eu precisava dela esse tempo todo e não sabia. Porque ela se tornou indispensável, e é uma parte enorme da melhor parte de mim. Porque a gente deu tão certo tão rápido.
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Mas aí Frejat fez isso antes (desejar tudo de bom que alguém pode desejar pra alguém que ama), e de uma maneira muito mais bonita. E é o que eu desejo, Cauol, pra você. Sem tirar nem pôr. Desejo um aniversário feliz, e também todos os dias do resto da sua vida. E que você divida todos comigo.


Eu te desejo não parar tão cedo
Pois toda idade tem prazer e medo

E com os que erram feio e bastante
Que você consiga ser tolerante

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Quando você fica triste

Que seja por um dia e não o ano inteiro

E que você descubra que rir é bom

Mas que rir de tudo é desespero

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Desejo que você tenha a quem amar

E quando estiver bem cansado

Ainda exista amor pra recomeçar

Pra recomeçar
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Eu te desejo muitas amigos

Mas que em um você possa confiar
E que tenha até inimigos

Pra você não deixar de duvidar
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Desejo que você ganhe dinheiro
Pois é preciso viver também

E que você diga a ele pelo menos uma vez

Quem é mesmo o dono de quem
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Desejo que você tenha a quem amar

E quando estiver bem cansado
Ainda exista amor pra recomeçar

Pra recomeçar

(soundtrack: Frejat - Amor pra Recomeçar)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

ela disse (quase) tudo

Roubado da Clara McFly. E comentado. Porque o espírito de Amélia (a que era mulher de verdade) baixou em mim esses dias.

Morar sozinha é...

atravessar três quarteirões à meia-noite para comprar inseticida, porque tinha uma barata no quarto ou deixar o quarto hermeticamente trancado e ir dormir na sala, e espirrar o inseticida todo pela frestinha da porta na manhã seguinte.

dançar “Rehab” igual a uma chacrete enquanto faz um chá enquanto experimenta roupas novas.

agüentar um chuveiro obscenamente quente ou obscenamente frio por uma semana, até que seu irmão (seu pai, que seu irmão não entende dessas coisas ainda) vem dormir na sua casa e, encarecidamente, conserta o chuveiro para você.

atravessar a sala e a cozinha pelada, no escuro, para pegar uma calcinha limpa na lavanderia. E ficar se escondendo atrás das roupas penduradas para não ser vista pelo vizinho ou abrir a janelinha do banheiro que dá direto pra a lavanderia e se esticar toda pra alcançar o varal que, por sorte, não estava completamente suspenso por pura preguiça.

fazer o maior exercício para beber um gole de água direto do galão. De cinco litros.

preparar um risoto um miojo... ops! esqueci que não como mais miojo... ok, nuggets às onze da noite, só porque está com vontade.

acompanhar o risoto miojo/nuggets/farofa de calabresa com suco de uva servido em taça de cristal.

pagar 30 paus para um eletricista consertar uma mísera tomada com mau-contato, após frustrada tentativa de fazer você mesma o serviço (com uma faca de manteiga, por falta de ferramentas - ei, eu tenho ferramentas! Onde estão mesmo?...).

subir dois andares um andar, de escada, carregando seis quilos em produtos de limpeza (que no último lance pareciam doze) no muque.

esperar o quanto quiser para comprar desenhar *a mesa certa* – e, enquanto isso, comer no chão.

colar fotos direto na parede com durex.

arrumar a cama só quando está com vontade ou quando chega visita.

consertar o mecanismo de abertura da janela munida de uma faca de manteiga (ainda sem encontrar a caixa de ferramentas) e uma corda de varal.

ler e reler um contrato de aluguel sozinha. Absolutamente sozinha. E achar legal (não tanto...).

consertar o forro da bolsa com grampeador, porque, assim como “caixa de ferramentas”, “filtro”, “mesa de jantar” e “sofá”, “caixa de costura” ainda não existe nos domínios domésticos recém-ocupados. Opa, nos meus existe! Aliás, tenho caixa de costura desde antes de possuir domínios domésticos. Por outro lado, não tem grampeador... E está bom assim.

sempre dizer, sem ter de consultar ninguém, quando está bom.

E ainda:

não deixar Namorado subir e ver o tamanho da bagunça que você simplesmente não estava a fim de arrumar.

fazer uma super-hiper-mega faxina no apartamento escutando Life In Cartoon Motion, de Mika (disco imbatível pra a hora da limpeza) e dançar com a vassoura. No sábado de manhã.

olhar com mais carinho pra a seção de utilidades domésticas no supermercado, e considerar (apenas considerar) gastar menos com roupa e mais com porcelana.

(soundtrack: Jim Sturgess - All My Loving)