sábado, 17 de junho de 2006

music and me

Tá. Eu sei que tá todo mundo esperando, mas não vou escrever sobre meu fantáaaastico, maravilhooooso, tuuuudo-de-bom curso de Design na UFPE. Nem sobre o Dia os Namorados meio esquisito... Não vou escrever mais uma vez sobre toooodo o processo de estar virando gente grande, porque uma hora abusa.
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O assunto de hoje é música. Não sei se já falei disso aqui, mas eu tenho uma relação muito especial com certas músicas, porque me fazem sentir de novo coisas que já estavam quase esquecidas. E é bem interessante, porque elas sintetizam uma fase minha, uma coisa que aconteceu e importou muito, uma série de sentimentos peculiares, enfim... deixem eu me organizar, que as idéias estão totalmente anarquizadas aqui dentro. Ok, vamos por partes:
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Eu faço pra mim, de tempos em tempos (quando meu gosto musical muda muito bruscamente, ou quando tenho que viajar e deixar meu pc/jukebox) cds de MP3 com as favoritas. E escuto exaustivamente. Aí recebo uma avalanche de influências, volto pro pc/jukebox e vou mudando, muitas vezes de forma muito sutil. E os cds vão ficando lá, se acumulando, guardando lembranças fortíssimas. Porque pra tudo que acontece comigo tem uma música, e com elas, as sensações são infinitamente mais intensas, e eu faço questão de sentir tudinho com todas as forças, porque sei que vou lembrar depois que tudo passar. Choro, dou risada, fecho os olhos e sonho, canto junto...
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Aí um dia, dá na telha escutar as músicas antigas (se 1 ou 2 anos for um tempo enooooorme...). Esses dias, por exemplo, o que tava tocando foi trilha sonora dos últimos 3 meses de 2005, que incluíram fim de 3º ano, férias, vestibular e uma paixão meio torta (muito torta). Tudo o que eu fazia era suspirar e fechar os olhos, pra ver se a música me fazia sentir certas coisas de novo. E fez, mas de um jeito calmo, diferente do furacão que me atravessou na época. Lembrei da escola, que me deixou uma saudade que toda vez eu penso que vai passar já já, mas não passa nunca. E dessa paixão torta. Aí ri. Não ia mais chorar, porque o choro é muito mais intenso do que o riso, e essa história toda já está adormecida demais pra tanto. Mas ri, tendo certeza que passou.
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Aí fiquei pensando se daqui a um tempo vou rir também de agora. Se tudo que é tão forte vai se resumir a um suspiro quando eu ouvir as músicas que me resumem hoje, muitas delas soundtracks daqui. E resolvi nunca, nunca abandonar o hábito de fazer meus cds originais (que, diga-se de passagem, só eu consigo curtir por inteiro).
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(soundtrack: Counting Crows - A Long December)