sábado, 31 de março de 2007

quando acaba bem

As palavras não saem direito, preciso me organizar. Parece que a felicidade toda que eu senti sem explicação essa semana foi antecipada. Mas também, de qualquer jeito seria. Vou explicar:
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Faz uns 15 dias que eu cheguei levemente atrasada na sala de aula, e prof. Amilton tinha escrito no quadro um aviso de estágio, pra trabalhar com ele, Cloves -já falei dele aqui - e João no laboratório de Biodesign, lá na UFPE mesmo, pra começar dia 1º de abril (hoje). Pois eu comi o tal aviso com os olhos, e a cabeça começou a dar nó, e o coração começou a bater bem muito rápido, porque inexplicavelmente eu vi que aquilo era pra mim. Era o que eu tinha pedido tanto a Deus e Ele jogava no meu colo, sem aviso, sem explicação. O único pequeno problema é que minha viagem de férias já estava marcada pra começar dia 30 de março (ontem) e terminar dia 13 de maio. E pela lógica, eu não poderia viajar se fosse mesmo selecionada pra o estágio. Liguei pra mamãe, com a cabeça pegando fogo, contei a novidade e ouvi a voz ficar meio tristinha. Coisa de mãe boba mesmo.
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O fato é que fiquei mesmo bem dividida entre o melhor estágio que poderia aparecer e as férias que tanto precisava. Mandei meus trabalhos, histórico escolar, RG, CPF e essas burocracias todas, e esperei ( pirei por causa) do resultado. Se rolasse, ótimo. Se não, ótimo também, que aí eu passava 1 mês inteiro na capitania, com toda praia, acarajé, coca e mimos da família que tenho direito. Pois não é que consegui (em termos) os dois?
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Pois é, pois é, pois é. Depois de uma história longa e complicada, e de 4 dias sem dormir direito (não de nervoso, mas porque o tempo não dava mesmo pra terminar tudo que tinha de trabalhos pra entregar essa semana), consegui a bolsa, vou trabalhar com Cloves, Amilton e João, ser chamada de Guaxinim todo dia (Deus me ajude!), ganhar um dindin, e de quebra, vim passar uma semana na capitania, com praia, acarajé, pôr-do-sol, fotos boas, abraço de vô, licor de chocolate, zilhões de fimes e galões de coca-cola. Biba me pôs em contato com Amilton, e ele só disse "divirta-se e Gabriella assina a procuração por você". Pode deixar, prof. E Biba, você é uma santa.
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E foi nessa semana insana, mais especificamente na quinta-feira - foi anteontem, mas parece tão longe! - que vi de verdade o valor que têm os amigos. Os meus quebraram todos os galhos possíveis e imagináveis que eu tinha pra resolver antes de viajar. Me senti extremamente feliz quando entrei 7 da noite no ateliê, na quinta, e todo mundo me deu os parabéns e me desejou sorte e boa viagem, e me avisou pra ligar pra mamãe, que já havia colocado a turma toda em polvorosa por causa de um pepino que, no fim das contas, consegui resolver por fora. Biba, Karina, João, Emmanuel, Yasmim, Mariana, Déa, vocês não existem. E são parte da tal felicidade inexplicável, tenho certeza.
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A sensação de que tudo ia dar certo estava certa, pelo menos uma vez na vida. Parece que o inferno astral acabou. E estou em casa.
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trazendo na mala bastante saudade
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(soundtrack: Chico Buarque - Januária)