sábado, 24 de novembro de 2007

orelha.

Gosto de livros com orelhas. Com elas, dá pra ter noção da altura da história em que se está. E dependendo do livro, fico me sentindo meio melancólica por estar mais perto do fim do que do começo, ou mais entusiasmada para descobrir o final, pelo simples fato de usar a orelha direita em vez da esquerda pra marcar a página.
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Alguns livros sem orelhas são tão bons, e eu leio tão sem sentir, tão fácil, que acabam sem aviso. Me deixam um vazio, uma vontade de que a história tivesse continuado, porque não senti que chegou realmente ao fim. Tinha mais coisa. As orelhas evitam isso, além de serem bastante úteis antes de começar a ler. Gosto das que têm trechos da história, mais do que daquelas com biografia do autor. E não suporto orelhas que têm escritos outros títulos da mesma editora. Pra isso existe a boa e velha segunda, ou terceira ou quarta página. Porque também não suporto que coloquem na última.
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A última página de um livro é sagrada. É a última coisa vista, é o que fica, no fim das contas. E, é claro, as orelhas um pouquinho amassadas.
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E por quê isso agora? Bom, acabei de passar pra a orelha direita.
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e mais tarde tem o post oficial pós-leitura dele, que é delicioso.
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(soundtrack: trilha instrumental de Amélie Poulin)