terça-feira, 18 de julho de 2006

unfinished business

Line Gilmore está se sentindo horrível hoje. E uma das pessoas mais importantes da vida dela, que deveria estar lendo isto, não está. Não vou pedir que leia, porque ele sabe que eu escrevo, e deve no mínimo suspeitar que alguma coisa se refira a ele por aqui.
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Ele me decpcionou um bocado, e sabe disso. E embora eu diga, e queira também acreditar que está tudo bem, qu o que aconteceu já passou, surpresa! Não está nada bem. A sensação que eu tenho é a de que, mesmo com tanta conversa de tantos lados, e tantas tentativas de colocar tudo em pratos limpos, ainda há negócios pendentes. Coisas que com certeza não vão ser resolvidas tão cedo, simplemente porque eu não estou nem um pouco afim de me machucar ainda mais, porque sei que se quiser ouvir a verdade, vou ouvir coisas muito dsagradáveis.
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Ele destruiu meu castelo de cartas. Me fez deixar de acreditar em muitas coisas que tornavam minha vida mais colorida. E algumas destruições são necessárias, porque estimulam as pesoas a construir castelos mais fortes. Mas essa não era, eu sei.
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Ele disse que fez coisas "pra me poupar". Eu não acredito. Se ele fez (ou deixou de fazer) certas coisas, foi simplesmente porque ficou com medo. E alguns medos são saudáveis, porque nos impedem de fazer grandes besteiras. Mas esse não era, e veio bem na hora errada.
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Eu queria muito que ele conseguisse ler meu pensamento lendo este post, mas mesmo que tenha chegado até aqui, eu duvido muito que consiga. Porque a sintonia que eu achei que a gente tivesse provavelmente nunca existiu de verdade, infelizmente. Se ele quiser voltar atrás e consertar algumas coisas, talvez faça toda a diferença pra mim. Talvez não. E isso é algo que quem tem que pagar pra ver é ele, não eu.
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Tudo isso é uma pena, mas pelo amor de Deus, não fiquem com pena de mim. Já basta eu. Fico tentando acreditar que algum dia stones will teach me to fly, mas agora, neste exato momento, não estou em condições de acreditar em nada. Tem gente que já está enjoada de tanto eu pedir um abraço (parece até que eu sou uma dessas pessoas que nunca foi abraçada na infância, credo!), mas hoje, more than ever, eu preciso. E o mais triste disso tudo é que o abraço que mais preciso é o que eu menos posso ter.

(soundtrack: Damien Rice - Cannonball)