terça-feira, 4 de julho de 2006

historinha suicida

Joãozinho amava Mariquinha, que amava Pedrinho, que não sabia direito o que queria. Joãozinho era fofo e perfeitinho, e Pedrinho era cruel e encheu a coitadinha de esperanças pra logo em seguida estraçalhá-las. E Mariquinha sabia disso, mas era boba como toda menina apaixonada. Um dia, Mariquinha, que não sabia mais o que fazer com tanto amor, se jogou da torre, que nem Ismália. Aí Pedrinho descobriu que amava mesmo Mariquinha, e Joãozinho viu que ela era muito errada pra ele. Pra Pedrinho, infelizmenté, já era tarde demais, e ele nunca mais viveu em paz, sabendo que perdeu o amor da sua vida por causa de um medo idiota de se envolver. Joãozinho ficou com o coração aos pedaços, porque queria cuidar de Mariquinha igual a uma boneca de porcelana, mas no fim das contas foi melhor pra ele. E Mariquinha... bom, a parte que foi pro céu virou um anjo, porque anjos não têm sexo e essas complicações todas (ou pelo menos ninguém sabe qual é o sexo dos anjos). E a parte que foi pro mar... quem sabe?

fim

off the record: estou me apaixonando de novo por Chico Buarque. Quer dizer, de novo não, porque meu caso com ele nunca acabou, só deu uma esfriada por um tempo. Desde que mamãe me deu o cd novo dele, Carioca (altamente recomendável), voltei a me deliciar com aquela voz minimalista, como quem canta no ouvido, sabem? Aí por acaso, esses dias, achei no meio dos meus cds um dvd com a discografia completa (uau!!), que ainda estou explorando com muito amor, e parece que só agora conheço Chico de verdade. Dizem que ele entra em turnê em janeiro de 2007, e é lóooooogico que eu vou assistir aqui em Recife!

(soundtrack: Chico Buarque - Dueto)