quinta-feira, 26 de abril de 2007

um belo dia, no msn...

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Linoca diz: af, que postzinho,viu...
Bel diz: que foi? o próximo vai ser bem legal!!!
Linoca diz: ai ai...
(...)
Linoca diz: pronto, já comentei.
Bel diz: vou ver
Linoca diz: tá, mas não me bate, viu?
Linoca diz: kkkkkkkkkkkkkk

(...)
Bel diz: ai, que fofo!!! adoreeeii!! foi o melhor de todos
Linoca diz: kkkkkkkkk
(...)
Linoca diz: aff, eu sabia q vc ia ficar me enchendo até o fim dos tempos, até eu comentar
Bel diz: não até o fim dos tempos... mas até o fim do dia.
Bel diz: vou imprimir e colar no meu espelho!!!
Linoca diz: kkkkkkkkkkkkk... já sei! vou botar no orkut, de testimonial pra vc. já me desobrigo do testimonial... nossa, eu sou um gênio!!
Bel diz: nada dissooooooo
Linoca diz: nada disso por que???
Bel diz: pode mandar meu testimonial! uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa
Linoca diz: vc acabou de dizer q tava lindo e tal...
Bel diz: então. tá lindo. maravilhoso. Mas não é o testimonial do orkut
Linoca diz: afeeeeeee
Bel diz: que vc tá me devendo há anos
Linoca diz: bom, então já q é assim, continuo devendo :P
Bel diz: já sei!!! copia isso e cola lá no orkut :D
Linoca diz: hã? como?
Bel diz: copia o que vc escreveu no blog e cola num depo no orkut
Linoca diz: sim, então, não era justamente o q eu ia fazer? dãaaaa!
Bel diz: eu num tinha entendido
Linoca diz: testimonial = depoimento :D
Bel diz: pensei que vc nunca mais ia fazer um testimonial
Linoca diz: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Linoca diz:ué, como assim?
Bel diz: ah, deixa pra lá
Linoca diz: tsc tsc...
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(soundtrack: Chico Buarque - Mambembe)
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off the record: estamos, eu e Chico, em lua de mel. Fiquei um milhão de vezes mais inveteradamente fã depois de vê-lo ao vivo e saber que ele existe. Corri pra baixar as músicas que não tinha ainda, da setlist do show, pra tocar tudo na ordem e tentar ter de novo um tiquinho de nada da emoção daquele dia, e elas não saem dos meus ouvidos até agora. Achei, por acaso, uma versão de Mambembe em espanhol, e tive certeza que meu amor não podia ser outra coisa senão brasileiro. Arranjos diferentes, feelings diferentes, parcerias diferentes, mas a voz é a mesma, inconfundível, imutável. E é claro que isso é só uma fase, como é toda lua de mel, e que daqui a um tempinho vou voltar a ouvir coisas da minha idade. Mas nosso caso é eterno, e por agora, não tem nada mais perfeito pra mim do que a voz pequena e carioca de Chico, e seus sambinhas tímidos de amor.

terça-feira, 24 de abril de 2007

outros sonhos

De repente, de uma hora pra outra, eu estava toda cheia de esperanças. Por uma coisa que já parecia sem remédio, porque parecia humanamente impossível conseguir, na véspera do show, um ingresso pra ver meu amor. Depois de ouvir histórias de gente que teve que acampar na porta dos pontos de venda, e estar lá as 4 da manhã pra conseguir uma entrada, 1 mês antes do show, e pior: de gente que esperou 13 horas na fila e os ingressos esgotaram antes, já estava aceitando razoavelmente o fato de Chico ser nada mais que um amor platônico, um ídolo distante, que a gente nem sabe se existe mesmo quando não vê ao vivo.
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Mas, como diz o mestre Joseph Climber, a vida é uma caixinha de surpresas. E por causa de tanta confusão que aconteceu, a produção do show resolveu abrir mais um dia, e segunda-feira da semana passada, já estavam à venda ingressos pro domingo, dessa vez sem chance pra cambista, exigindo documentos, tudo como devia ter sido feito desde o começo. E eu só faltei matar todos que não me avisaram disso. Anyway, comecei a ficar animadinha, e por 5 dias, tentei insistentemente me comunicar com a bilheteria do teatro, até que (ooooh!) no sábado à tarde, alguém teve a boa vontade de atender o telefone e dizer que sim, ainda havia ingressos.
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E lá vou eu, dentro de um animado Rio Doce - CDU, pra Olinda, acionar a família toda e mais um pouco pra realizar meu sonho, atravessar a Agamenon (a avenida mais punk que já atravessei, adrenalina pura!!), dar uma voltinha no Tacaruna pra achar um caixa do Bradesco, gastar meus dedinhos e os créditos do celular pra conseguir, já perto de 8 da noite, comprar o tão desejado (e caro) ingresso, e conseguir quem me levasse pra casa depois do show. E assim, num esforço conjunto de gente que talvez nem saiba do que estava fazendo, e com zilhões de variáveis que podiam dar errado, tudo encaixou direitinho.
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E no domingo, eu dormi mais pra o tempo passar rápido, e estava feliz como uma menina apaixonada. E cheguei lá mais de 2 horas antes do início previsto, e isso foi o ponto alto: ninguém avisou ao público do domingo que o show não iria começar às 21h, como tinha no ingresso, e sim às 19h. Realmente achei bem estranho o tanto de gente no saguão, quando pensei que fosse ficar solitária e ansiosa, esperando o movimento começar. Pois começou na hora em que pus o pé lá dentro. Nem deu pra tirar a clássica foto no painel enorme (que mamãe tem), nem encontrar ninguém, nem nada. Ora, eu fui ver Chico, e era só pra isso que estava ali.
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E ele começou dizendo que tinha voltado a cantar, porque sentiu saudade, e que estava na boca do povo, cantando. E o público, que misturava fãs de antigamente e de hoje, meninas e senhoras apaixonadas, socialistas endinheirados, foi ao delírio. Depois, quando cantou que ela bambeia, cambaleia, é dura na queda, custa a cair em si, foi uma das coisas mais emocionantes que já ouvi na vida, porque era justamente sobre o fiapinho de sonho que ficou em mim o tempo todo, pra vê-lo de perto. Não entendi uma palavra de O Futebol, que não conhecia, e pouquíssimas de A Bela e a Fera e Ela é Dançarina, embora essa seja uma das mais fofas. E fiquei toda besta porque, no meio de um monte de pseudo-fãs, eu sabia a letra de todas as músicas do disco novo e quase todas das outras tantas. Foram muitas, mais de 30. E aí duas doidas invadiram o palco. Queria que fosse eu uma dessas meninas, queria ter coragem. Chegaram junto, tiraram foto, uma tentou tascar um beijo nele, e só fiquei com vontade de gritar, tamanho era o despeito, pra a sujeitinha acordar, que ele não era o Bono.
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As palmas meio animadinhas pra a morena d'Angola que leva o chocalho amarrado na canela foram engraçadas. Ninguém sabia se devia ficar solene ou soltar toda a emoção de respirar o mesmo ar que Chico. Eu pelo menos não sabia. Não sabia se fechava os olhos pra deliciar ainda mais os ouvidos ou deixava os dois bem abertos, porque eu já sabia, meu Deus, tão fulgurante visão não se produz duas vezes no mesmo lugar. Fechei quando ele disse que o amor não tem pressa, ele pode esperar, porque simplesmente adoro essa maneira de encarar as coisas. Eu esperei, em silêncio, até achar quetinha alguma chance, e consegui ver meu amor dos olhos verdes.
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Vi a lua cris, vi o avesso da montanha, o cenário era a coisa mais genial do mundo. E ficou de todas as cores. E brilhava em todos os ritmos. Adorei as músicas que ele canta no feminino, especialmente a Palavra de Mulher, que diz que vai voltar. O ponto alto foi quando Wilson das Neves subiu no palco pra cantar junto, e Chico arriscou um sambinha, que acabou na coreografia de Coisinha de Jesus. Aí, a reverência já tinha ido pro espaço. E o teatro paralisou quando ele saiu na carreira, sem olhar pra trás e nem jamais dizer adeus.
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Mas todo mundo sabia que ele voltava, pra dizer que são 10 horas e o samba tá quente, deixa a menina contente. E foi aí que eu corri pro pé do palco (ou quase, que já tinha muita gente mais saidinha do que eu) e consegui ver que ele sorria e parecia feliz. Como se estivesse mesmo com saudade. E até arrisquei um sambinha, porque o clima me contagiou e meu vestido era rodado. E curti. Curti tudo, toda a felicidade, até o fim, até ele sair de verdade depois do segundo bis, sumir no mundo sem me avisar, e agora eu era louca a perguntar o que é que a vida vai fazer de mim.
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e por sonhar o impossível, ai...
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(soundtrack: Chico Buarque - Porque Era Ela, Porque Era Eu)

sexta-feira, 20 de abril de 2007

casamento de viúva e as maravilhas do orkut

parte 1
Tem chovido bastante por aqui esses dias, e o que mais tenho feito é curtir o friozinho escutando músicas-para-dias-de-chuva, muito bem acompanhada por um belo cobertor e pelo meu capuccino de receita secreta. Aí, como adoro listinhas - eu juro que um dia paro com isso -, resolvi fazer meus top rock'n rolls de chuva e de sol, deixando bem claro que as músicas aí listadas não são definitivas nem incontestáveis. São só as que ando escutando um bocado ultimamente. E o engraçado aqui é que as bandas são praticamente as mesmas - quer dizer, toda banda tem músicas de chuva e de sol. Como as pessoas, nenhuma é totalmente feliz, nem totalmente deprê (tá, os emos são totalmente deprê, mas não contam como pessoas). E todas, de chuva ou de sol, são deliciosas, e eu juro que vou tentar pôr os links mastigadinhos aqui um dia. Entãaaao, lá vai:
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top 15 músicas pra ouvir em dias de chuva, ou em dias tristes em que a vontade de chorar está tão lá no fundo que não chega aos olhos, e elas ajudam. Dão vontade de chorar, ou de se encolher na cama mais ainda, sentir o ventinho frio e ficar só balançando a cabeça no ritmo.
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    • Air Supply - Goodbye
    • Amos Lee - Colors
    • Coldplay - Shiver
    • Coldplay - Trouble
    • Incubus - Love Hurts
    • Oasis - Sad Song
    • Oasis - Just Getting Older
    • Queen - Love of my Life
    • REM - Ill Take The Rain
    • Robbie Williams - Come Undone
    • Rolling Stones - Paint it Black
    • Rolling Stones - Gimme Shelter
    • System Of a Down - Lonely Day
    • Travis - Why Does it Always Rain on Me
    • Wilco - How to Fight Loneliness...
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Elevador Lacerda, de longe, em dia de chuva
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top 15 músicas pra ouvir em dias de sol, de preferência indo pra algum lugar bom, porque essas são melhores ainda em movimento. Perfeitas para dias cheios de coisas pra fazer ou apaixonados, porque todos os dias apaixonados são de sol.

    • Beack Boys - Dont Worry Baby
    • Beatles - Here Comes The Sun
    • Beatles - Good Day Sunshine
    • Coldplay - Under the Tracks
    • Counting Crows - Mr. Jones
    • Kath Bloom - Come Here
    • Oasis - Half The World Away
    • Oasis - The Importance of Being Idle
    • REM - Man On The Moon
    • Robbie Williams & Nicole Kidman - Something Stupid
    • The Cure - Just Like Heaven
    • The Walflowers - Im Looking Through You
    • Travis - Know Nothing
    • Travis - Flowers in the Window
    • Wilco - Summer Teeth
    • Wilco - When You Wake Up Feeling Old
      .
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Elevador Lacerda, de perto, em dia de sol
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E por enquanto, eu aproveito a chuva e o frio, tão raros por aqui.
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parte 2
Essa semana comecei a árdua tarefa de responder os scraps de aniversário que mais de 100 pessoas me mandaram. Como boa menina, gentil, educada e com um senso de humor bem peculiar, comecei com todo o ânimo. Só comecei mesmo... ainda tem mais de 60 recados desoladamente esperando resposta, a maioria escrito "parabéns, felicidades, saúde, paz, tudo de bom!" (que francamente, parece a receita das Meninas Super-Poderosas), e de gente que não dá o ar da graça há um século, mas pelo menos no meu aniversário teve a atenção de enxergar o lembrete e se deu ao trabalho de botar a pródiga criatividade pra funcionar no meu scrapbook, e ser mais um na multidão. Costumo dizer - já disse a várias pessoas - que parabéns de orkut não vale, primeiro porque na maioria das vezes não é espontâneo. E depois porque é tanta gente que se sente na obrigação de manifestar o enorme carinho pelo dono(a) do dia, que a maioria passa despercebida. Recebi, claro, vários scraps realmente importantes e autênticos, de pessoas que me querem bem, e foram os primeiros que respondi e apaguei. Ironicamente, os recados que estão ainda no scrapbook são os "menos importantes", vamos dizer assim. Mas é um trabalhinho exaustivo pra a criatividade tão escassa da garota, isso de ser engraçadinha, procurar referência de alguma coisa pra dizer pra a pessoa além de "brigada pelo carinho", que eu não sou de frases feitas.
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O lado bom da coisa toda foi ver de novo caras conhecidas e ausentes da minha vida há um século, e fazer uma coisa que adoooooro, e já estava caindo em desuso: bisbilhotar. Aaaaah, e como bisbilhotei!! Sem esforço nenhum, que as vítimas já estavam ali pra ser vistas mesmo. Fulano passou no vestibular, a outra terminou o namoro, Num-Sei-Quem tá com um álbum massa, e aquela menina não muda o perfil faz uns 2 anos. Vi coisas pra ter saudade, e meu lado sádico se esbaldou nas abestalhações, erros de português, fotos desastrosas, perfis suburbanos, tosqueiras e bizarrices em geral. Ah, como isso é bom! Ah, as maravilhas do orkut! Ah, o que o ócio não faz...
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(soundtrack: Chico Buarque - Olhos nos Olhos)

sábado, 14 de abril de 2007

=D

Pergunta: O que acontece quando Dona Inspiração não comparece e as idéias de Line Gilmore não se organizam, mas o blog não pode ser deixado às traças?
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Resposta: uma listinha de happenings!!!
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Então, como viajo de volta amanhã, com certeza e sem surpresas, lá vai a listinha dos dias na terra do vatapá:
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1. viagem absolutamente tranquila, sem nenhum minutinho de atraso (justo na semana do apagão dos controladores), nem problemas com código da passagem, nem excesso de bagagem, nem mala extraviada, nem carrinho emperrado, nada. Comecei a desconfiar.
2. um dia só em que consegui matar uma cacetada de saudades: família (mãe, pai, vô, vó, irmãozinho e Mel), comida de Vera, majestoso comércio de Iléos, praia, professora de desenho, pôr-do-sol, acarajé, coca-cola (qualquer 12 horas dá pra ter saudade de coca-cola), dormir assistindo dvd... ufa.
3. adeus à famigerada alergia a frutos do mar, num ato destemido de comer 2 poãs (ou patolas, como queiram) e várias patinhas de caranguejo sem uma ampola de antialérgico do lado, só mamãe e um espelhinho de carteira pra ver se a boca ia inchar. Não inchou, e desde então já dizimei grande parte da população de camarões da cidade.
4. stresses de faculdade que vieram na mala. Trabalhinho sacal pra terminar até segunda, e que só terminei na terça às 2 da manhã, e tinha que mandar pra a profa. por email, email esse que não ia nunca, e quando finalmente foi, ela não recebeu, e a isso se deve a esculhambação que foi minha nota, eu suponho (tá, é desculpa de quem fez o trabalho sem o mínimo embasamento teórico).
5. dias de completa morgação. Não sei se já fiquei tanto tempo na horizontal, ou se já desarumei tanto a cama de minha mãe, ou se já vi tantos filmes em tão pouco tempo (nem todos novos e nem todos bons, mas o pior é que eu gosto): Happy Feet, Os Infiltrados, Xeque-Mate, Flyboys, The Breakup, Muito Bem Acompanhada, Nunca Fale com Estranhos, Volver , a trilogia O Senhor dos Anéis, Nárnia, e provavelmente mais algum que não lembro agora. Isso fora as horas rolando na cama e assistindo a uma entrevista insólita de Clodovil num desses programas de de manhã.
6. Encontro de Amigos com Cristo. Um fim de semana punk, mas que valeu a pena. Me fez lembrar de coisas como a Feira de História e o Café com Literatura, onde todo mundo trabalhava feito um bando de condenados, mas a gente ganhava uma média 10 no final. Foi mais ou menos assim.
7. encontrar um amigo em especial, no mesmo Encontro de Amigos. Jairo e eu nos conhecemos, em tese, desde os respectivos ventres de nossas mães, e já fomos coleguinhas de EBD e, bem mais tarde, de escola. Eu devo a ele zilhões de risadas (é um senso de humor bem peculiar), e ele me deve um copo d'água muito bem tomado "lá em casa". E a gente devia manter mais contato, mas só acontece assim, em coisas de igreja. Mais um motivo pra eu ter gostado tanto do EAC.
8. quase-viagem, quase-despedida e quase-perda-de-um-monte-de-dinheiros. Meu prof. do estágio falou, já quase na hora marcada da viagem, que dava pra eu ficar mais uns dias, por conta de leseiras da UFPE e da empresa que fez a parceria. Lógico que minha mãezinha não ia me deixar ir embora, sabendo que dava pra ter ficado uma semana mais em casa. Mas a mala já estava arrumada e eu já tinha empurrado um acarajé-de-despedida pra dentro. Quer saber? Dane-se a mala e o acarajé. Eu teria que fazer tudo de novo daí a uma semana. Deu-se início, então, a uma odisséia de telemarketings pra conseguir trocar a passagem pro dia certo (por acaso, meu aniversário, amanhã), com direito a corrida desenfreada até a rodô pra conseguir trocar sem pagar alguns milhões de multa/taxa/whatever. Conseguimos.
9. mãe tonta e doente a semana inteira. No fim das contas, o trabalho todo pra me deixar aqui mais uns dias só serviu pra me deixar morgando em casa o tempo todo, procurando fotos pra o painel que vou montar e vendo filmes repetidos. Adorei.
10. peregrinações infrutíferas à loja da Oi, na utópica tentativa de conseguir um aparelho de grátis, de presente de aniversário pra mim, já que a conta da família tem um tempinho e rende muitos dinheiros pra a companhia do simples assim. Durante o processo, foi desenvolvida uma relação afetiva intensa com os diversos operadores de telemarketing que tiveram o (des)prazer de nos atender, eu e mamãe. Depois de pérolas do tipo "Você quer saber mais o quê, a marca do meu sapato, da minha calcinha, o nome dos meus pais?" e muitas horas de orelha esquentando, conseguimos ovo. Yep, nothing. Esse bando de fdp (fazem de pirraça)...
11. Cake. Só em casa, com algum tempo e internet numa velocidade decentee, consegui descobrir direito a banda de que tanto Biba e Yasmim falavam. Os caras são mesmo muito bons, e todas as músicas tem um tom meio sarcástico que eu adoro. E dá vontade de sair dançando, o que é mais legal ainda. Entraram pra a toplist Never There, as versões de Perhaps, Perhaps, Perhaps e de I Will Survive (conseguiram fazer a música não soar como o hit gay que é) e The Roof is on Fire - burn mf, burn!!
12. desde o EAC, mergulhei até o joelho nos 60's - vesti até saia de bolinhas e pus aqueeeeeele batom vermelho, gooooorgeous! Saí catando músicas de Beatles, Wonders, Chuck Berry e outras gostosuras oldies. E fotos de Twiggy, e estampas geométricas estonteantes, e bibelôs à venda no e-bay... era uma época em que eu queria mesmo ter vivido.
13. me ferrei completamente na matrícula do próximo período. Como minhas notas não foram assim-muito-lá-essas-coisas, o ranking na turma foi lá pra baixo, o que atrapalhou um bocado na hora de conseguir as disciplinas boas (o sistema é meio chato de explicar, mas basta saber que eu não sei o que será de mim na UFPE, matriculada só em 2 disciplinas, uma delas optativa). Crap. E isso foi justamente numa sexta-feira treze. Eu disse que tinha começado a desconfiar...
14 (só pra não ficar no 13). manhã deliciosa de compras de aniversário. Adoro ganhar coisas que eu fico namorando na vitrine e escolho. Entre elas, a sapatilha super-hiper-mega-ultra-fofa com estampa de pele de croco da foto, presente de vovó.
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E tem mais um bolo de coisa que não lembro agora (e provavelmente naõ vou lembrar depois), ou que não vale a pena comentar, ou que é segredo. E como amanhã é meu niver, e tenho que estar linda e radiante como uma manhã de sol, vou-me-embora, but not before a little glass of wine.
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E (surpreeeeesa) layout novo, eba! Pra comemorar, né. Tá meia-boca (tanto o layout como o post), mas meu dia não pode passar me branco. Então, parabéns pra mim nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida, mas não tantos que me deixem entediada e doente-querendo-morrer. Tin tin!

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^^
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(soundtrack: Air Supply - All Out of Love)

segunda-feira, 9 de abril de 2007

arrivederci

Vou-me embora de Pasárgada às 21:56 de hoje, pelo que diz na notinha da passagem. A mala volta bem mais cheia (e arrumada, graças a dona Didi, minha santa vovozinha) do que veio. E entre muitas coisas boas e algumas chatas que aconteceram comigo, não tem tanto a ser dito, estranhamente.

Como mamãe diz, só vim dizer que "vou num vim". A criatividade resolveu dar uma voltinha, e só o que posso fazer é esperar a danada. Talvez daqui uns dias as palavras fluam que nem diarréia, uma beleza. Mas agora só posso adiantar que valeu muuuuuuito ter vindo passar esses dias em casa. Volto feliz, mas com a melancolia que me é peculiar nessas horas. Normal. Me desejem boa viagem e boa sorte.
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como anda minha cabeça ultimamente.
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(soundtrack: Kid Abelha - Órion)

quarta-feira, 4 de abril de 2007

mau humor

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Eu vi que ele estava mesmo apaixonado quando armou um circo por causa dos talheres. Era inadmissível que estivessem todos com o cabo de plástico marcado por aquele queimadinho-de-encostar-na-panela, justo no dia em que ele resolveu preparar um jantar pra ela. Aliás, era inadmissível serem talheres com cabo de plástico! Deviam ser todos de ouro puro, dignos das mãozinhas de seu amor. Logo ele, que nunca nem olhava pros talheres.
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Ele já estava diferente há um tempo. De bom humor, escutando músicas de amor, malhando, tomando banho de piscina e de sol até descascar a pele estupidamente branca com a qual sempre teve o maior cuidado do mundo... era notável que estava (está ainda) naquela fase em que o mundo fica colorido e perfeito, e não se enxerga nada um palmo à frente do nariz. Só ela. Morri de inveja. Não dela, mas da felicidade irracional que vem de brinde com uma paixão dessas. E secretamente, botei o mais morbidamente obeso dos olhos-gordos. Eu naõ queria ser assim, juro.
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Mas desejo sim que a história complicada dos dois dê a ele muita dor de cabeça, e não o contrário. Que ele entregue o coração pra ela fazer o que quiser, e não o contrário. Que ele fique cego e abestalhado de amor por ela, e não o contrário. Pra que, depois do breve tempinho andando nas nuvens, seja ele a sentir toda a dor e frustração, e vazio, e infelicidade (que é muito difeente de simples tristeza), quando não der certo, e naõ o contrário. E que ele gaste os tubos em talheres de inox. À toa, obviamente. São meus mais sinceros votos.

(soundtrack: Michael Jackson - Thriller [é, isso mesmo, Thriller.])