domingo, 2 de dezembro de 2007

sobre a felicidade

Outro dia um amigo meu, colega de faculdade, disse pra eu ir mais devagar com a quantidade de café que costumo beber. Porque eu estava alegre demais. Eu disse que não era alegre, era feliz, e sorte dele de nunca ter me visto chorando, ou deprimida. Outra hora, a gente parou o almoço pra analisar o olhar de cada um, porque alguém disse que Thiago tinha os olhos tristes, e ele tem mesmo, apesar de ser um dos maiores tiradores de sarro do curso. E de mim disseram que meu olhar é feliz, que eu pareço estar rindo o tempo todo, mesmo quando faço aquela carinha de por favor, me ajude, minha vida depende disso. Que eu sou stressada, impaciente, neurótica, mas é difícil me verem triste.
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Não me esforcei nem um pouco pra negar, porque na hora eu estava realmente muito feliz, e também ninguém iria entender. Mas conhecendo minhas oscilações de humor, eu diria que provavelmente:
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a) a faculdade e o estágio me fazem um bem enorme, e é incrivelmente raro (mas não impossível, já aconteceu até) eu me decepcionar com uma coisa a ponto de todas as outras loucuras do CAC perderem a graça.
b) vou experimentar uma tristeza profunda e inconsolável daqui a um tempo, não sei quanto, e nem sei o motivo. Porque a montanha-russa da minha serotonina já está ficando perigosa de tanto que sobe, e - lei irrevogável - tudo que sobe tem que descer.
c) a vida nunca esteve tão certa. Mas não certa no sentido de comum, previsível e segura. As coisas simplesmente resolveram acontecer da melhor maneira possível, contrariando todas as expectativas.
d) é tudo culpa das doses cavalares de cafeína e da quantidade absurda de chocolate que tenho ingerido ultimamente.
e) estou com TPM ao contrário.
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E enquanto a felicidade não passa, vamos aproveitar \o/
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(soundtrack: Paul McCartney - Bluebird)