domingo, 30 de dezembro de 2007

pede pra sair, 07!

2007 não vai ter listinha de retrospectiva. Não, eu não me revoltei com o mundo. Sim, eu ainda adoro listinhas. Mas o ano foi de coisas que não dá pra listar direito, e que não cabem bem em palavras. Mas vou tentar.
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Foi um ano bom, um dos melhores. Não sei se teve algo a ver com essa coisa especial que tenho com o número 7, ou se foi simplesmente porque resolvi relaxar com algumas coisas, só sei que me senti feliz na maior parte do tempo.
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Ganhei, de uma tacada só, um estágio e um namorado. Fiz amizades valiosíssimas, uma das quais começou aqui mesmo, no blog, e rendeu 2 dias verborrágicos e inesquecíveis de muitas fotos e muitos abraços (né, Cauol?). Entrei de groupie numa banda, e aproveito a ocasião pra fazer o merchan de Arts'n Crafts, a banda da galera (que merecia um slogan melhor euma marca decente, já que é só de dizáines, mas como diz o ditado "casa de ferreiro...), que tá com cd novo quentinho-saído-do-forno e é só pedir pra Felipe, Celso, Canudo ou Hermano que eles gravam uma cópia original autêntica pra você, ou ir baixar no eMule, "Cributo a Silvio Gatis". Breve tem resenha do álbum aqui no blog, na qual eu obviamente terei que sacrificar minha língua ferina e meu humor sarcástico em favor dos meninos, porque o som deles é muuuuuito bom (mentira, é muuuuuuito trash, mas a gente tem que dar apoio, né...). Briguei, briguei feio. A ponto de mudar de turminha. Perdi uma amizade que estava começando, mas não ia valer a pena de qualquer jeito, porque não me fez falta. Viajei um bocado, estou viajando aliás, e disse certo quem falou que navegar é preciso. Me apaixonei. Chorei por causa de garotos. Entrei em confusão por causa de garotos. Me enganei com as aparências por causa de garotos. E encontrei um que fez meu coração finalmente querer sossegar e ser feliz sem complicar demais as coisas. Fui numa festa a fantasia, e vi de novo como sou perfeccionista até na hora de me divertir, porque meu vestido de Noiva-Cadáver-de-Tim-Burton ficou lindo. Senti saudades. Dei e ganhei presentes, e os melhores foram os que não tiveram motivo nem data especial. Li muito. Fui iniciada na Terra Média de Tolkien e mal posso esperar pra ter nas mãos os Contos Inacabados, cujo único defeito é justamente terem sido interrompidos antes do final, porque Tolkien moreu. Passei tardes incontáveis na Livraria Cultura e na Saraiva, e descobri que tenho um fraco por comédias românticas. Ouvi muita música boa e diferente. Aprendi a escutar álbuns inteiros. Sou beatlemaníaca convicta, continuo eternamente chicólatra, mas vi que existem muito mais coisas entre o dó e o si do que sonha a nossa vã filosofia, e estou ansiosa por mais. Tive minha bicicleta roubada debaixo do meu nariz (= estacionada no CAC) e experimentei uma coisa estranha e horrível, mistura de raiva com impotência. E dias depois comprei outra - é eu nunca aprendo... Esqueci como é ficar sozinha. Aprendi que família é importante, mas não é tudo. Fiquei mais independente e deixei muitas neuras de lado, apesar de ter gente por aí achando que eu tenho problemas sérios e que preciso de terapia. Ganhei 2 cartões de crédito e abri mais uma conta em banco. Recebi correspondência em casa, no meu nome (correspondência é diferente de carta, correspondência é coisa de gente grande). Senti o peso de estar virando gente grande, e senti saudade de quando não era. Descobri que gosto de gatos, e gosto de colecionar coisas. Assisti todos os episódios de Gilmore Girls, e nunca fui tão fã de Lorelai e Rory como agora. Esqueci que televisão existe, pelo simples fato de que existem coisas muito mais importantes - e interessantes - pra fazer na vida.
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No fim das contas, ri mais do que chorei, e 2007 termina com uma sensação boa de não ter perdido muito tempo, de ter experimentado, de ter sentido, de ter vivido, bem e muito. Bem muito. E que venha 2008, com gosto de gás.
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pôr-do-sol no Jacaré, um dos últimos do ano.
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(soundtrack: musiquinha do Fantástico - aaaaaai saudade das minhas músicas!)